Acordei me sentindo dolorida e as pernas fracas, segurei o sorriso com as lembranças dessa noite, não sabia que horas eram e nem se estava de dia, já que as cortinas blecaute tapavam tudo. Me movi sentido o lençol deslizar pela minha pele nua, o cheiro amadeirado de Dante adentrando meu corpo para pegar o meu celular, não o encontrando em seguida. Voltei a deitar suspirando fundo, me virando para ele que dormia de bruços e seu rosto virado para mim. O analisei por uns segundos, sentindo uma pontinha de ansiedade - o que acontece agora?.
Olhei para a mesa de cabeceira do seu lado da cama me inclinando um pouco por cima dele, não pude evitar que meus seios arrastassem de leve e por fim apertassem contra suas costas. Então senti seu corpo se mover e um barulho rouco vir de sua garganta. Se virou para mim antes que eu conseguisse pegar seu celular.
As mãos de Dante agarraram minha cintura, já de frente para ele e me apertou contra seu corpo. Com um sorriso, o homem esticou a mão e buscou seu celular na mesinha. Dois dedos seguravam o aparelho que me entregou olhando dentro dos meus olhos. Algo se ascendeu em mim, e um simples ato me fez sentir mais segurança.
- Agradeço - ri baixo.
Liguei a tela e vi que já eram nove horas, olhei para Dante que me apertou ainda montada em cima dele, nossas intimidades quase se encostando. Seu rosto virado e os olhos fechados novamente. - Tem senha, pode ligar pro meu celular pra eu saber onde está? - eu claramente estava com preguiça de procurá-lo, ainda mais quando sentia a ereção matinal de Dante... ou talvez nem seja por esse motivo que esteja duro.
- 00069 - soltou baixo, o número que disquei logo em seguida para desbloquear o celular.
Meu nome estava salvo como "Leoa" em sua lista de contato, estava salvo como um dos favoritos, sorri com isso. Quando ia iniciar a ligação, ouvi sua voz excitante.
- Ele está no sofá, lá em baixo.
Apenas balancei a cabeça e coloquei de volta o dele na mesinha. Naquele momento, soltei um suspiro me concentrando em onde eu estava, sobre um corpo enorme e musculoso, cheiroso e delirante. Lembrei da madrugada agitada e depois do momento em que aquilo começou.
- Dante - chamei, tentando sair de cima dele, mas o homem me travou.
- Fica - disse me olhando atentamente.
- Com o que você sonhou ontem?
Ele suspirou fundo e se agitou, me deixou sair de cima dele quando vi que estava estressado e deitei ao seu lado, mas se sentou fazendo a coberta deslizar pelo seu corpo e reparei que, com uma mão, pegou uma parte da coberta e cobriu apenas o membro semiereto. Deixei meus olhos vagarem pelas suas coxas grossas aparentes, subindo para o abdômen lentamente e seguindo para o peito largo, por fim seu rosto que continha um sorriso divertido e um olhar ardente. Senti minhas bochechas ficarem quentes, mas ignorei me erguendo e sentando de frente para ele. O olhei nos olhos e alisei sua nuca.
- Me conta. Pareceu muito abalado.
Suspirou. Senti o silêncio que ficou, ainda fazendo carinho nele.
- Eu matei muita gente - fez uma pausa, como se pensasse nas palavras certas -, mas me agoniou um sonho quando me vi sobre uma poça de sangue e era o seu. Você atirada no chão à minha frente, eu olhava para trás vendo todos aqueles que matei. Lembro do medo que senti de te perder enquanto matava cada um. Mas não adiantou. - Dante envolveu minha cintura e continuou - Agora as coisas que faço parecem erradas e mais pesadas quando penso em você. Aguentei muita coisa no automático, desde sempre, e agora... a única coisa que me preocupa é sua segurança.
Puxei sua nuca e apertei meus lábios contra o seu, sentindo a macies deles. Ele envolveu meus cabelos com uma mão e acariciou.
- Isso me preocupa: que fique tão focado em me proteger que vire um problema muito maior. Outras coisas também importam, Dante.
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A CEO e o Mafioso
RomansaAntonella Clifford, com 25 anos herda a empresa de seu pai, tornando-se a nova CEO da empresa Clifford's, na Itália. Com a morte do mesmo, Antonella se vira com tudo o que foi ensinada para manter a empresa de pé, mas não deixando de se divertir com...