Capítulo 5

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– Como você sabia onde eu estava? – Com certeza ele vai ficar estressado por tanta pergunta, mas a culpa é dele.

– Meu irmão é obcecado por você, sabia que estariam juntos, então rastreei o celular dele. – Fala normalmente.

– Estranho. Vocês são estranhos. O que você quer de mim? – Falei, já ficando com raiva.

– Você faz muita pergunta, mulher! – Altera a voz. Não é ele quem tem que ficar com raiva. – Eu quero te conhecer, mas não é o que você está pensando. Estou entediado. Não gostei da forma em que aquilo no banheiro acabou, não queria te deixar chateada ou algo assim. Porra, sei lá o que eu estou fazendo, não devia ter nem me aproximado de você. Nem eu e nem meu irmão. – diz me deixando um pouco confusa.

– Olha, não é você que tem que ficar com raiva, e só estou confusa. Você deixou bem claro que aquilo não se repetiria. Não fiquei chateada, eu estou acostumada com coisas assim, não ligo. A foda foi boa e cada um para o seu lado.- Explico para ele.

– Entendo, meu irmão disse que você é desapegada. – Falou olhando dentro dos meus olhos por um breve momento e desviando para a estrada. – Não devia deixar um desconhecido te tocar daquele jeito. – Muda de assunto. Ele está falando do home em que eu estava um pouco antes de me puxar.

–Agora me diz o por quê de eu não poder deixar um homem me tocar em uma balada, no meio da pista de dança? Se eu deixei aquele homem me tocar foi porque eu quis.

– E se fosse um assassino? – Ele pergunta.

– Eu não pretendia sair com ele dali. – Falo normalmente dando de ombros. Ele passa a mão na boca, mostrando seu estresse. – Se ele fizesse alguma coisa, eu ia me defender. Não sou uma garotinha ingênua. – Digo por fim e ele não fala nada. Permanece com o cenho franzido, sua mente em outro lugar.

                                                                                Dante Stefano

Talvez eu tenha feito merda. Não era para eu ter me aproximado tanto da Antonella, para o nosso bem. Foi bom, não me arrependo, mas não pode se repetir. Não posso coloca-la em perigo. Só por isso a tratei daquele jeito. Por mim se repetia... ela é perfeita. Entendo um pouco meu irmão. Ele é problemático, se souber o que fizemos, provavelmente vai surtar. Ainda tem meu pai, não quero que ele saiba, não quero decepciona-lo mais uma vez.

Mas quando saí daquele baile, não resisti, tive que ir atrás de Antonella. Um homem como eu, treinado para autocontrole, se deixando levar por uma mulher, é surpreendente. Agora, com a proximidade de meu irmão e a minha, a mulher pode estar em risco. Vou evitar o máximo deixar ele se aproximar dela. Não sei se o mesmo a faria mal, mas sei quem pode. Está sempre em risco. Vai ser questão de tempo para que descubram quem ela é.

Hoje não acho ter problema de eu ficar ao seu, ela parece ser alguém interessante. O fato de a mesma não querer se apegar a ninguém, me intriga. Deve ter sofrido no passado. É um desperdício, uma mulher tão linda, não querer nada com alguém, mas ela deve aproveitar bem sua vida, no fundo sei que está certa, Srta. Clifford é livre. Me atrai por ser diferente. A vibe livre dela é contagiante. Ela tem total confiança em si e não vejo a hora de saber mais sobre Antonella. O que eu sei é só por fora, da boca dos outros. Sei mais que qualquer um de sua vida, mas não o mais importante, quem ela é por dentro.

Quando tive a ideia de busca-la naquela festa, não estava preparado para ver um homem a tocando, aquilo me deixou com raiva, então decidi dar um susto nela, sem pensar direito, para não quebrar a cara do homem, na sua frente.

Agora que estou com ela, pensarei como se eu estivesse no trabalho, aquele que muitos sabem e mantém em silêncio absoluto. Preciso agir com cautela. 

A CEO e o MafiosoOnde histórias criam vida. Descubra agora