— Você sabe qual é minha história. Vou te poupar ameaças, sabe do que sou capaz. Então, eu pergunto, você responde; Eu mando, você faz. Se completar tudo direitinho, sai vivo para planejar qualquer outra babaquice contra mim. Se caso falhar... não queira falhar.— Eu poderia mandar meus homens entrarem aqui, vocês são seis e estão dentro da minha base.
— Exatamente, e eu entrei sozinho. — Lhe lancei um sorriso, não de orgulho, mas um que diz que sei o que estou fazendo. — Já somos seis, você não esperava isso. Tem tantas coisas que você não espera, meu amigo. — Abri mais o sorriso e dobrei uma perna sobre o outro joelho.
Ele abaixou o olhar rapidamente para a mesa e voltou a me olhar.
— É uma possibilidade, me matar. Mas não é atoa que anda se juntando a outras máfias para me destruir. Você é pequeno, mesmo comigo morto você perde.— Quais são suas perguntas, Dante.
— Entrou em contato com a Cosa Nostra? — Eu estava com um leve receio deste momento. Logo percebi sua hesitação.
— Para resolvermos negócios...
— Há quanto tempo?
— Alguns meses.
— Você foi atrás das três máfias, e uma eu já derrubei. As outras duas, Cosa Nostra e... qual a outra? — Ele respira fundo, parece pensar bastante na resposta a seguir.
— Sacra Corona Unita. — Ele ferveu de ódio por ter de falar. Soltei uma risada baixa.
— O que pediu a ele?
— Achei que soubesse de tudo — Desconfiou.
— Não dos detalhes. — Esquivei.
— Contei meus planos, não sou o único a querer te destruir Dante. Agora com essa mulher que está na sua vida há anos, sabemos que os negócios podem ficar bem menos vantajosos para nós no futuro. Matteo de Luca pareceu bastante inclinado a me ajudar, e assim concordou. — Ele parecia um pouco mais confiante ao falar. Mais ameaçador.
— E o que pediu para Colin? — Eu estava chegando ao lugar que queria, e tinha que ser rápido ou a ficha cairia e ele passaria a reverter a situação. Lutaria.
— Colin está alí a meu comando, o que eu mandar ele vai fazer, sem dúvida. — Tentei não demonstrar minha reação. Colin não é de abaixar a cabeça, a não ser que...
— Quem são as meninas que você mantém em cárcere? — Senti um frio na espinha. A preocupação já instalada. Eu poderia fazer um estrago aqui, poderíamos ambos sair machucados, mas quando se trata de crianças...
— Não achei que fosse um homem que se intromete nos assuntos dos outros, Dante. Achei que quisesse saber só aquilo que lhe convém de fato. — Ele tentou desviar o assunto.
— Responde a porra da minha pergunta, estou perdendo a paciência. — A voz ainda controlada, a postura ainda firme, e nada transpareceu para ele. Entretanto, seu olhar desceu de novo para a mesa, o braço se moveu levemente. — Pega essa arma e você vai ser perfurado por balas o suficiente para te manter vivo, mas sofrendo o bastante para nos ver matando todos os seus homens e não poder fazer nada! — Ele relaxou novamente, respirando pesadamente.
— As meninas estão aqui faz umas semanas, talvez. — Ele franziu os lábios, ódio fervilhante naqueles olhos. — Você sabe o que fiz, Dante. E meu único erro foi ter deixado você entrar aqui. Te subestimei. — Ele queria finalizar a conversa.
— Você errou quando pensou pela primeira vez que poderia contra mim. Sabendo quantos tentaram... e quantos falharam. — Inclinei meu corpo para frente, o olhar focado. — Ligue para Matteo, agora.

VOCÊ ESTÁ LENDO
A CEO e o Mafioso
RomansaAntonella Clifford, com 25 anos herda a empresa de seu pai, tornando-se a nova CEO da empresa Clifford's, na Itália. Com a morte do mesmo, Antonella se vira com tudo o que foi ensinada para manter a empresa de pé, mas não deixando de se divertir com...