Continuação...– E então... Quais são suas perguntas? – Colin quebrou o silêncio quando chegamos na parte de trás da mansão, onde havia uma mesa média com pães, bolos e frutas posta sobre ela, algumas cadeiras ao redor. Um café da manhã a céu aberto.
O sol brilhava na enorme piscina, com espreguiçadeiras a sua volta, onde a mesa estava logo ao lado. A vista dalí fica ainda mais perfeita com o enorme lago que havia a diante. Antes de descermos da varanda, tirei as sandálias ficando descalça. Sentir a grama gelada nos pés sempre me deixou relaxada, quando esta tocou meus pés e entre meus dedos, soltei um suspiro leve e olhei ao redor, reparando cada belo pedaço do lugar.
– Me conte tudo. Como pretende fazer com que Dante te dê o que quer? – falei, ignorando seu olhar esperançoso de que eu daria uma palavra sobre o que achei deste belíssimo canto de sua mansão. Eu não daria esse gostinho.
– Bom, espero que ele esteja pronto para negociar, você é a única opção. – Sua resposta apenas me deixou mais curiosa, me trouxeram mais perguntas.
– O que quer dele? Talvez eu não faça tanta falta dependendo do que for. – Eu não tinha certeza do que disse, mas continuei: – Como eu posso ser a única opção?
– Isso é o que você sempre faz questão de deixar claro, parece que a incomoda. – Falou, me deixando desconfortável. – Dante é impenetrável, não é atoa que sua máfia é a mais poderosa. Andamos rodeando há dias o mais próximo que conseguimos, sem que ele percebesse, apenas para achar uma fraqueza que pudesse ser usada contra ele, e aqui está você. — Nos sentamos à mesa, cada um de um lado, de frente para o outro. Eu cruzo as pernas e me encosto na cadeira, com a postura ereta.
– E eu fui a única? Há quanto tempo está tentando me... sequestrar? – Ele apoiou o antebraço na mesa e com a outra mão, pegou uma uva.
– Desde os primeiros contatos que teve com Enrico. Ele sempre foi o mais fácil de ser rastreado. Percebemos a obsessão que tinha por você. Então decidimos pesquisar... Impressionante, por quanto tempo ficaram escondidos, digo, sua família. Não é fácil deixar a máfia, com tantos inimigos querendo destruí-los. – fez uma pausa enquanto mordia o pedaço de um pão de queijo. – Sobre Dante: o pai, fora de alcance, o irmão, inútil, a mãe... Não havia mais ninguém, e Dante sabia disso. Percebeu algumas coisas, uns vacilos meus, por isso queria tanto te manter segura. – Então não eram só teorias, medo... Ele sabia, sabia que estavam me caçando.
Me calei e olhei para meus pés pensativa...
– O que tanto quer com ele? – Abri a boca, finalmente. Sentindo meu peito apertar.
– Esse pequeno detalhe, infelizmente, não posso contar. Bom, acho que isso é tudo. – Ele gesticula rapidamente para mim e para a comida sobre a mesa e fala: – Não vai comer?
– Não estou com muita fome.– Respondi me virando para o lago.
– Mas precisa comer – olhei para ele de novo – , é fraca que quer enfrentar Teresa? – ergue uma sobrancelha em brincadeira e sorri de lado. É belíssimo. Mesmo assim, sempre que penso e reparo na sua beleza... Dante me vem em mente. Quem eu quero mesmo, não está perto de mim.
– Não pretendo enfrentar ela novamente. – Falei enquanto pegava uma fatia de bolo de cenoura com cobertura de chocolate. Não sou treinada o suficiente para alguém do nível dela, conheço meus limites. A não ser que não tenha opção.
Tch-tch
Fez um barulho com a boca e balançou a cabeça em negação.
– Que decepcionante, a Antonella recuando? – debochou. Juntei as sobrancelhas irritada. – Teresa me contou alguns detalhes sobre você. Um pouco da sua história. Mas ainda não sei como aquilo aconteceu? Digo, sobre você se drogar e repetir um homem... – Colin soltou uma risada divertida. Revirei os olhos olhando novamente para o lado.

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A CEO e o Mafioso
RomanceAntonella Clifford, com 25 anos herda a empresa de seu pai, tornando-se a nova CEO da empresa Clifford's, na Itália. Com a morte do mesmo, Antonella se vira com tudo o que foi ensinada para manter a empresa de pé, mas não deixando de se divertir com...