cap 22- que porra é essa Thiago?

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Foi então que resolvi tentar o enforcar tbm, alcancei seu pescoço e apertei meu dedão na jugular dele, algo que eu sabia que fazia a pessoa perder a respiração rapidamente, ele então começou a tossir e soltou meu pescoço e pegou minhas mãos, as puxando com força e segurando em cima da minha cabeça.
-Samanta: se vc acha que eu não vou lutar, vc tá enganado- falei com a voz meio rouca pelo enforcamento.
-Thiago: e eu tbm não vou te deixar contar tudo pra Vanessa.
-Samanta: me solta, sai de cima de mim- comecei a fala gritando, pra ver se assim ele se assustava e me soltava, nesse momento alguém apareceu na porta.
-Xxx: vc é surdo? Ela mandou vc soltar ela- olhei rapidamente pra porta e vi Felipe e Wallace parados ali, Thiago então saiu de cima de mim e foi dar um soco em Felipe, mas Wallace pulou na frente dele e começou a bater no Thiago, Felipe veio em minha direção e me abraçou.
-Felipe: calma, vai ficar tudo bem, eu tô aqui tá bom?
-Samanta: como vc sabia que eu estava em perigo?
-Felipe: Wallace me disse que assim que te deixou aqui, viu um homem sondando sua casa, então eu resolvi vim ver se estava tudo bem.
-Samanta: obrigada por ter vindo.
-Felipe: vou chamar a polícia e vou te levar pro hospital.
-Samanta: não precisa de hospital não, eu tô bem.
-Felipe: seu nariz tá sangrando, é melhor irmos, vai que quebrou- passei a mão no meu nariz e só então percebi o tanto de sangue que estava saindo do msm.
-Samanta: tá bom, só vou me vestir antes.
-Felipe: tá bom, eu te espero aqui- fui pro meu quarto e coloquei um short jeans e a blusa do gado na terra plana, prendi meu cabelo em um coque alto e peguei um lenço colocando o msm no meu nariz, que não parava de sangrar, quando sai do quarto, a polícia já estava na sala, eles me fizeram algumas perguntas e levaram Thiago preso, Felipe então me levou pro hospital, após o raio-x comprovaram que eu tinha quebrado meu nariz, então o imobilizaram, também colocaram um curativo em um pequeno corte que havia feito na minha testa, quando ele me jogou no sofá acabei batendo a cabeça na mesinha, fazendo o corte, estava com alguns hematomas roxos nos pulsos e no pescoço, pela forma agressiva que ele me segurou e me enforcou, depois de horas de exames detalhados e minuciosos, fui liberada, Felipe não quis me deixar ir pra casa, então me levou pra casa dele, fui até o quarto ao qual sempre fico, parei frente ao espelho e fiquei olhando as marcas das mãos dele no meu pescoço, meu nariz roxo e super dolorido, com a tala, o corte na minha testa, meus braços todos marcados, não consegui aguentar e algumas lágrimas rolaram pelo meu rosto, nesse momento Felipe entrou no quarto e me viu chorando, ele então se aproximou de mim e me abraçou.
-Felipe: não precisa chorar, já acabou tá bom? Eu tô aqui com vc- eu retribui o abraço, o abraçando forte, ele apoiou o queixo na minha cabeça, ficamos naquela posição, em completo silêncio durante alguns minutos, então nos separamos e Felipe me puxou até a cama, ele se sentou na cabeceira da cama e eu me deitei, colocando a cabeça em seu colo, ele ficou fazendo cafuné na minha cabeça.
-Samanta: como eu vou contar tudo isso pra Vanessa?
-Felipe: não vai ser fácil, mas vc vai ter que contar.
-Samanta: eu sei disso, ainda mais pq ele está preso né, será que ela vai ficar com raiva de mim?
-Felipe: pq ela ficaria com raiva de vc? Foi o marido dela que te atacou
-Samanta: sim, mas ela vai dizer que eu provoquei ele e que eu fiz isso de propósito, pq eu tenho ciúmes do casamento dela.
-Felipe: pq ela diria uma coisa dessas? Não faz sentido.
-Samanta: pq ela já fez isso outra vez- Felipe parou o cafuné e ficou me olhando confuso.
-Felipe: como assim ela já fez isso outra vez?
-Samanta: quando eu era mais nova, tinha cerca de 11 ou 12 anos, ela tinha uns 16 ou 17 anos, ela tinha um namorado que vivia lá em casa, ele dormia lá de vez em quando, um dia eu acordei no meio da noite e vi que ele estava entrando no meu quarto, ele entrou e trancou a porta- fiquei em silêncio apenas lembrando da cena.
-Felipe: eai? O que ele fez?
-Samanta: ele pegou uma corda de pular que eu tinha e amarrou as minhas mãos na cabeceira da cama, tbm colocou um pano na minha boca pra mim não gritar- eu abracei a cintura de Felipe, que me abraçou de volta, eu chorava que chegava a soluçar.
-Felipe: ele fez o que eu tô pensando que ele fez?
-Samanta: sim, quando eu contei pra minha mãe e pra Vanessa o que tinha acontecido, ela disse que eu estava provocando ele, pq eu andava de short curto dentro de casa.
-Felipe: ué, é sua casa, vc vai ficar como? De calça comprida o tempo todo?
-Samanta: ela disse que eu tinha feito isso pra provocar ele, pq ele era o cara mais popular da escola, eu nem estudava na msm escola que eles, eu só tinha 11 anos, o que eu podia fazer pra provocar ele?- afundei meu rosto na barriga de Felipe, que ficou em silêncio fazendo carinho no meu cabelo
-Felipe: olha, isso não foi culpa sua, não é pq sua irmã disse isso que vc tem que acreditar que é verdade, como vc ainda falar com ela, msm ela fazendo esse tipo de coisa?
-Samanta: pq eu preciso ficar perto dos meus sobrinhos, a Vanessa é instável e ela pode do nada resolver que vai abandonar eles.
-Felipe: então vc aceita que ela tenha te tratado tão mal, por causa dos seus sobrinhos?
-Samanta: sim, eu até coloquei meu nome como mãe adotiva, pra poder adotar eles caso alguma coisa aconteça.
-Felipe: vc não existe sabia? Eu posso ser vc quando eu crescer? No seu lugar eu nunca mais nem conseguia olhar na cara dela.
-Samanta: tem algumas coisas que temos que aguentar- Felipe se deitou direito na cama e eu apoiei minha cabeça em seu ombro, ficamos em silêncio até cairmos no sono...

*Continua*

Esse cap não vai acabar com suspense, ele é mais fofo, só pra vcs poderem dormir sem ansiedade, 300 comentários e tem outro cap, bjs

Femanta- Seria Tudo Um Sonho? 3° Temporada.Onde histórias criam vida. Descubra agora