cap 14- asilo

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Meu coração quase para de bater, fiquei paralisada, então eles viraram para a beirada do rio, a qual os nativos estavam com as armas apontadas pra nós.
-Xxx: parados aí, não atirem, eles estão em águas vietnamitas agora, se atirarem vamos aceitar isso como um pedido de guerra, agora esse barco está no Vietnã, baixem suas armas- eles então recuaram e saíram andando, respirei aliviada, enquanto o barco passava por baixo da ponte, assim que cruzamos a ponte vários barcos vieram em nossa direção para nos ajudar.
-Samanta: acabou? Acabou, aí meu Deus, acabou- comecei a gritar feliz, então ficamos em pé e começamos a comemorar, nós chorávamos, mas nossas lágrimas agora eram de alegria, um barco encostou perto de nós e então colocamos os meninos nele e passamos pra ele em seguida, nos levaram até a beirada do rio, aonde fomos recebidos por ambulâncias que nos levaram até o hospital, fomos todos atendidos, eu e os meninos estávamos bem, eu estava apenas com alguns hematomas e ralados pelo corpo, minha costela estava quebrada, mas eles não podiam fazer nada quanto a isso, apenas colocaram uma espécie de cinta em mim, meu nariz tbm quebrou com o soco que haviam dado no msm, então colocaram o curativo e então me deram alta, fui pro quarto do Felipe com os meninos.
-Samanta: oi, como vc tá?
-Felipe: tô bem e vcs?
-Samanta: bem, só alguns ferimentos superficiais, nós cuidamos tanto dos meninos, que eles não tem 1 arranhão- fomos até a cama dele, então Davi subiu e se deitou no ombro direito de Felipe, o ombro esquerdo estava enfaixado, devido ao tiro, me sentei no sofá e Matias se deitou, colocando a cabeça na minha perna.
-Matias: tia, agora conta a história de quando eu nasci.
-Samanta: tá bom... Quando chegou o dia de vc nascer, eu achei que seria uma boa idéia filmar seu nascimento, então eu comecei a falar "respira, vai empurra mais" aí ela me olhou com aquele olha de raiva dela, sabe tipo quando vc faz alguma besteira?
-Matias: sim, aí eu nasci?
-Samanta: sim, aí vc nasceu.
-Matias: e bateram em mim.
-Samanta: sim, mas eles batem em todos os bebês, pq o bebê tem que chorar.
-Davi: mas ele não chorou.
-Samanta: isso aí, ele não chorou, então bateram de novo, de novo e de novo.
-Matias: mas eu não estava respirando
-Samanta: sim, aí a enfermeira me disse "melhor desligar a camera senhora" aí sua mãe começou a gritar, vai Matias respira, respira Matias, por favor.
-Matias: aí eu respirei?
-Samanta: é, aí vc respirou, aí eu te levei pra sua mãe e ela disse "não se preocupa Matias, vc tá bem, vamos manter vc seguro"- então abaixei a cabeça, ela prometeu cuidar dele e o deixar seguro, aonde ela está agora? Pq não está cumprindo a promessa que fez ao filho.
-Matias: não fica triste titia.
-Samanta: eu não tô triste meu amor, eu tô feliz, eu tô feliz que estamos vivos e que estamos todos juntos agora- então comecei a fazer cafuné na cabeça dele, que fechou os olhos, ficamos em silêncio por um tempo, fiquei olhando para aquele ser tão pequeno e indefeso que estava deitado no meu colo, o que minha irmã tem na cabeça? Como ela pode deixar essas crianças tão pequenas sozinhas? Essa foi a gota d'água, cansei de ficar resolvendo as merdas que ela faz, percebi que Matias estava dormindo, então olhei pra Felipe que estava me olhando e limpei uma lágrima que escorria pelo meu rosto.
-Samanta: eu vou adotar os meninos.
-Felipe: o que? Mas e sua irmã?
-Samanta: eu tô cansada de resolver as burradas dela, nós dois e os meninos quase morremos por culpa dela, eu tô cansada de sempre ter que sair correndo pra resolver as besteiras que ela faz, não vou deixar meus sobrinhos passarem por isso de novo.
-Felipe: mas e se sua irmã aparecer? Ela vai deixar vc ficar com os meninos?
-Samanta: ela me ofereceu eles da última vez, mas eu não podia ficar com eles, o Davi não tinha nem 1 aninho ainda e o Matias tinha 2 pra 3 aninhos, como eu cuidaria deles trabalhando em tempo integral?
-Felipe: então, agora vc pode? Não entendi.
-Samanta: agora o Matias já pode ir pra escolinha e o Davi pode ir pra creche.
-Felipe: bom se vc tem certeza dessa decisão, tem vários quartos lá em casa, eles podem ficar lá.
-Samanta: não precisa Fe, obrigada de coração, mas vou alugar uma casa, não posso ficar morando de favor com vc.
-Felipe: Samanta, nós acabamos de passar por uma guerra, eu fui baleado e dói mais do que parece, já passamos por tanta coisa juntos, eu me apaguei a esses meninos, minha casa fica muito silenciosa e triste quando eu estou sozinho.
-Samanta: tem certeza? Eles podem dar trabalho.
-Felipe: eu do conta, além do mais, eles já me ama- começamos a rir e passamos o dia jogando conversa fora, passando alguns dias estávamos na casa de Felipe, já no Rio de Janeiro, os meninos dividiam um quarto ao lado do meu.

-Felipe: eu do conta, além do mais, eles já me ama- começamos a rir e passamos o dia jogando conversa fora, passando alguns dias estávamos na casa de Felipe, já no Rio de Janeiro, os meninos dividiam um quarto ao lado do meu

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Eles estavam amando toda a atenção que estavam recebendo, eu estava sentada no sofá da sala mexendo no cll, quando Davi chegou com um livro na mão.
-Davi: mamãe, lê pra mim?- eu ouvi direito? Ele me chamou de mamãe? Não sabia o quanto eu precisava e queria ouvir isso, até realmente ouvir isso, meu coração se encheu se alegria.
-Samanta: vc me chamou de que Davi?
-Davi: de mamãe, não pode?
-Samanta: claro que pode meu amor, só não estava esperando por isso- dei um beijo na testa dele e o puxei o sentando ao meu lado no sofá, pegando o livro de sua mão.
-Davi: é que vc agora é nossa mãe, não é? Vc que vai cuidar da gente.
-Samanta: sim, eu que vou cuidar de vcs- eu acho que nunca senti tamanha alegria quanto agora, comecei a ler o livro pra ele e quando percebi ele estava dormindo, o deitei direito no sofá e o cobri, já que estava meio frio na sala, peguei meu cll e fui responder algumas mensagens, quando Felipe se sentou ao meu lado.
-Felipe: eai? Como vai indo?
-Samanta: muito bem, acredita que o Davi me chamou de mamãe?
-Felipe: acredito, ele me chamou de papai quando fui ajudar ele a tomar banho.
-Samanta: nós realmente vamos criar eles?
-Felipe: sim, óbvio, já me apaixonei por esses meninos- a campainha tocou.
-Samanta: deixa que eu atendo- disse me levantando e indo rumo a porta
-Felipe: tá bom mamãe- olhei pra ele e comecei a rir, abrindo a porta em seguida, meu sorriso se desmanchou instantemente e se tornou em um olhar de ódio.
-Samanta: o que vc faz aqui?...

*Continua*

Quem será que está na porta? E pq a Samanta ficou tão brava? Agora é com vcs 500 comentários e tem o próximo capítulo.

Femanta- Seria Tudo Um Sonho? 3° Temporada.Onde histórias criam vida. Descubra agora