Ficamos no chão por um tempo, um grande zumbido tomou conta de nosso ouvidos, fazendo com que não consigamos nos levantar, comecei a tossir com a poeira e fumaça, consegui me levantar com muito esforço.
-Samanta: vc tá bem meu amor?- falei segurando as bochechas de Davi.
-Davi: tô sim.
-Felipe: vc tá bem?
-Matias: tô- vários tiros de tanque continuaram atingindo o prédio, Felipe foi ver alguma coisa e voltou gritando.
-Felipe: volta, volta.
-Samanta: o que?
-Felipe: estão entrando por aqui, temos que nos esconder- vimos alguns escombros, ao qual dava pra entrarmos em baixo e entramos, Felipe puxou o corpo de um dos nativos, ao qual havia morrido com o primeiro tiro, tapando assim a entrada, de repente vários deles entraram na sala, atirando e matando até os que eram nativos tbm, eles começaram a cutucar a todos, os que se mexiam, levavam tiros, um deles veio até aonde estávamos e cutucou o homem ao qual estava nos tapando, meu coração estava acelerado, um cutucão mais forte e ele cai, revelando assim nosso esconderijo e a gente morre em um piscar de olhos, os meninos me abraçavam com força, enquanto eu tapava os olhos deles, então começaram a sair da sala, a esvaziando em seguida.
-Felipe: tá tudo bem, eles já foram- ficamos em silêncio ouvindo as sirenes tocando.
-Davi: titia, eu quero fazer xixi- fiquei em silêncio um momento o que faríamos? Não dava pra ir em um banheiro no meio de uma chacina.
-Samanta: tá tudo bem querido, pode fazer na calça.
-Davi: mas eu não sou um bebê.
-Samanta: eu sei que vc não é um bebê, mas dessa vez pode tá bom? Só dessa vez.
-Davi: mas...
-Samanta: eu juro que não tem problema.
-Felipe: tá tudo bem Davi, pode fazer tá bom?- ficamos em silêncio apenas olhando um pro outro.
-Samanta: Fefo, ninguém sabe que estamos aqui, ninguém vai vim ajudar a gente.
-Felipe: precisamos ir até a embaixada americana, nós vamos conseguir te legal? Nós vamos chegar lá.
-Samanta: tá bom- ficamos ali sentados por horas, os meninos acabaram dormindo e esperamos até anoitecer pra poder sair do nosso esconderijo, saímos andando, então vi um mapa na parede e o peguei, mas estava escrito todo em árabe, eu não entendia uma palavra.
-Samanta: droga, eu não consigo entender esse mapa.
-Matias: tia o que vc tá procurando?
-Samanta: a embaixada americana- olhei pela janela e vi vários nativos colocando 4 americanos de joelhos, um ao lado do outro, então veio um carro em alta velocidade e atropelou todos eles.
-Matias: tia aqui tem uma bandeira americana- desviei meu olhar e vi pra onde ele estava apontando.
-Samanta: isso, muito bem Matias- Felipe veio até nós.
-Felipe: achou alguma coisa aí?
-Samanta: achamos aonde fica a embaixada americana, mas não tenho ideia de aonde a gente está no mapa.
-Felipe: nós estamos mais ou menos aqui- ele falou apontando pro mapa.
-Samanta: ótimo, estamos perto, são cerca de 5 quarteirões daqui- ouvimos o um barulho e demos um pulo, ficamos em silêncio e então um dos nativos apareceu no nada e começou a gritar, Felipe correu até ele e o derrubou no chão, tapando sua boca.
-Felipe: para de gritar, eu tô com dias crianças aqui, vc não pode gritar, tá bom?- ele fez que sim com a cabeça, então Felipe o soltou e foi saindo de cima dele, mas assim que ele tirou a mão de sua boca, ele voltou a gritar, então Felipe pegou um pedaço de ferro que tinha ali e começou a bater com ele na cabeça do homem, que com 3 golpes estava caído no chão, provavelmente morto, fiquei olhando pra ele espantada, com medo do que havia acabado de ver, os meninos estavam abaixados, então não viram a cena, eu travei, fiquei paralisada olhando pro homem que Felipe havia acabado de matar na minha frente, senti algumas lágrimas rolando pelo meu rosto, Felipe se levantou com sangue respingado na sua blusa e em seu rosto, uma enorme poça de sangue se formou sob a cabeça do homem, então Davi chamou minha atenção me fazendo parar de olhar aquela cena.
-Felipe: precisamos trocas de roupas, estamos muito americanos e nossos rostos estão por toda parte- então começamos a tirar as roupas das pessoas mortas, nunca imaginei que fosse fazer isso na minha vida, mas deu certo, achamos uma chave em meio aos corpos, então nos vestimos com as roupas mais nativas, colocando "máscaras" para tapar nossos rostos, assim como todos estavam e descemos, peguei as chaves e fui moto por moto, até achar a certa, quando um homem apareceu atrás de mim, falando em árabe, eu fiquei em silêncio e apenas ergui a mão, ele continuou falando e eu abaixei a cabeça, então ele foi embora, liguei a moto e gritei pra Felipe e os meninos descerem.
-Felipe: tinha que ser uma moto?
-Samanta: não reclama e sobe na moto, aproveita que eu sei pilotar- Davi se sentou sobre o tanque da moto na minha frente e Matias entre mim e Felipe, então saímos do prédio, Felipe foi com o mapa na mão pra sabermos pra onde ir.
-Felipe: só mais 2 quarteirões- continuamos andando em linha reta, passando por vaidosa corpo jogados na rua.
-Felipe: vira aí a direita- virei a moto e demos de cara com uma multidão de nativos, que estavam vindo na nossa direção, com tochas e paus nas mãos, além de armas, facões...
-Felipe: da a volta, da a volta.
-Samanta: pra onde?
-Felipe: vamos voltar de onde viemos.
-Samanta: não dá.
-Felipe: encosta a moto, da a volta.
-Samanta: não dá, abaixem as cabeças... andem abaixem as cabeças- eles abaixaram as cabeças e então lentamente fomos nos aproximando da multidão, ouvindo tiros atrás de nós, fomos nos aproximando cada vez mais e eles nos deram passagem, nos deixando passar por entre eles, eu ia andando lentamente, colocando o pé no chão pra moto não cair, acho que nunca tive tanto medo na minha vida, era como se fosse um desfile de carnaval, tinha os carros alegóricos cheios de corpos, alguns arrastando pessoas pelas ruas, começou a juntar varias pessoas e perdi o controle da moto, tombamos de lado, mas não nos machucamos, tentei levantar a moto sozinha, mas não estava dando conta, então um nativo parou na minha frente e me ajudou, subi na moto e Davi subiu na minha frente, logo em seguida Felipe e Matias, o nativo olhou nos meus olhos e me olhou espantado, droga, ele me reconheceu, claro tem fotos nossas espalhadas por todo lugar nessa porcaria desse lugar, ele semi serrou os olhos e me olhou com ódio...*Continua*
Eai? Foi uma boa ideia eles terem saído do prédio aonde estavam? É com vcs 500 comentários e tem outro capítulo.
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Femanta- Seria Tudo Um Sonho? 3° Temporada.
Fanficcontinuação das 2 primeiras histórias, está como uma série, bem vindos a 3° temporada de Femanta