cap 42- verdades sejam ditas

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Depois de pensar um pouco, resolvi ir ver como a Vi estava e depois ir ver o  Felipe, fui para o quarto aonde a Vi estava, ela estava com uma máscara de oxigênio no rosto, Bruno estava ao seu lado apreensivo, segurando sua mão, então resolvi perguntar o que tinha acontecido.
-Samanta: O que aconteceu com a Vi Bruno?
-Bruno: não sei Sam, ela simplesmente desmaiou do nada no banheiro e depois desmaiou lá na frente do hospital, não tenho ideia do que aconteceu.
-Sam: Você acha que talvez ela possa estar com a síndrome vasovagal?
-Bruno: síndrome o quê?
-Samanta: É uma síndrome que faz com que a pessoa perca a consciência, vamos dizer assim, ela é um desmaio provocado pela diminuição da pressão arterial e dos batimentos cardíacos por ação do nervo vago que é localizado na região da nuca ela é causada pela demora na chegada de sangue ao coração e ao cérebro.
-Bruno: Eu nunca ia saber oque é isso, E por sinal como você sabe isso?
-Sam: sei lá, meu cérebro guarda umas informações estranhas, mas no geral, a Vi tá bem?
-Bruno: Sim, foram só os desmaios msm
-Sam: tá bom, então eu vou lá ver como o Felipe tá.
-Bruno: tá bom, vai lá, eu tbm iria, mas não consigo tirar os olhos de cima da Vi.
-Samanta: tá bom, qualquer me avisa viu?- Ele confirmou com a cabeça, então sai em direção ao meu quarto, para ver Felipe, ele estava com uma agulha no braço, tomando soro e sangue, ele deve ter perdido muito sangue durante a cirurgia, fiquei sentada na cadeira de rodas, ao lado da cama dele, após algum tempo a enfermeira me trouxe um coquetel de remédios, os tomei e fiquei ali parada olhando pra Felipe, na espera de que ele acordasse, abaixei o olhar e fiquei olhando fixamente para seus pés, ou eu fiquei louca, ou ele se mexeu, fiquei em pé, fazendo algum esforço, o olhando fixamente, ele então começou a abrir os olhos lentamente, virando sua cabeça na minha direção.
-Felipe: Sa...man...ta? -Ele falou pausadamente, quase sem sair a voz direito.
-Samanta: Felipe?- Meus olhos se encheram de lágrimas e o abracei cuidadosamente, depositando algumas lágrimas em seu peito, senti seu braço me envolver lentamente.
-Samanta: Você ta bem? O que fizeram com você?
-Felipe: Calma, eu tô bem, aposto que não fizeram cmg metade do que fizeram com vc- Ele disse com a voz rouca e baixa.
-Enfermeira: Não força muito a voz, vc acabou de passar por uma cirugia nas cordas vocais.
-Samanta: quando vamos poder voltar pra casa?
-Dr Adriano: vai demorar uns dias, vcs tem feridas muito.
-Dra Adisson: inclusive mocinha, vc nem devia estar fora da cama- disseram eles entrando no quarto, me fazendo levar um susto, a médica então se aproximou de mim e me ajudou a subir na minha cama, nosso quarto era compartilhado.
-Dra. Adisson: não fica levantando, pq vc não tá nada bem viu? Não se esqueça que vc sofreu um aborto e está com 3 costelas quebradas.
-Felipe: aborto?- ele falou em um tom mais alto do que estava falando até aquele momento, abaixei a cabeça e evitar olhar pra ele.
-Dr Adriano: ei, fica em silêncio, não estraga meu trabalho, ou vc pode ficar mudo.
-Felipe: eu não ligo, eu quero saber mais sobre esse aborto- ele esforçava a voz ao máximo para se fazer ser ouvido por todos.
-Dra Adisson: tudo bem pra vc falar pra ele?- eu apenas acenti com a cabeça, dando permissão pra ela contar.
-Dra Adisson: ela chegou aqui muito ferida, quase morta pra falar a verdade, fiz tudo o que pude, mas o bebê não resistiu- olhei pra médica e mudei o olhar pro Felipe, o olhando de canto de olho, ele fez gestos com a mão, como se perguntasse se o bebê por acaso era dele.
-Samanta: não, não era seu, ele só tinha uma semana- abaixei a cabeça novamente e puxei a coberta pra cima de mim, estava com frio, não foi pela forma assustada e preocupada que Felipe olhou pra mim.
-Dra Adisson: perdão, não sabia que vcs eram um casal.
-Samanta: tudo bem, nós não somos um casal- disse me virando de lado, pra evitar fazer contato visual com o Felipe que não parava de me olhar.
-Dr: Adriano: tá agora fui eu que boiei, é melhor vcs descansarem, vou ver a amiga de vcs, aquela ruiva.
-Dra Adisson: eu tbm tô no caso dela, vc tem alguma suspeita do que pode ser?- eles saíram do quarto, então não pude ouvir a continuação da conversa, mais a noite eles levaram a cama da Vi pro nosso quarto, colocando ela ao meu lado, me deixando assim no meio dos dois, Vi ainda estava desacordada, Felipe tentava comer sopa vegetariana que o hospital disponibilizou pra ele, eu percebia seu desconforto ao engolir, a cada colherada era uma careta, eu estava comendo uma sopa de tomate estranha que me trouxeram, não me deixavam comer sólidos, por causa dos pontos, a Vi recebia comida por uma sonda, a qual passava por seu nariz, falei pro Bruno ir pro hotel e descansar, que nós ficaríamos bem, após um tempo de negociação, ele concordou e foi, não consegui ficar acordada, o cansaço foi mais forte que eu, então acabei pegando no sono, quando era por volta de 00:30 eu acordei com muita vontade de ir ao banheiro, então me levantei lentamente e com muita dificuldade, estava com muita dor, mas não queria pedir mais remédios, eles me deixaram grogs, me andando lentamente até o banheiro, enquanto arrastava meu soro, entrei no banheiro e fiz minhas necessidades, ia saindo do banheiro, quando ouvi alguém entrar no quarto, abri só um pouquinho a porta do banheiro, pra poder ver o que estava acontecendo, ela faz alguma coisa no quarto e saiu de maninho, sem fazer barulhos, sai do banheiro e fui ver o que ela havia feito no quarto, assim que sai, já vi que ela havia desconectado o soro dos dois e desligado os aparelhos que estavam conectados a eles, fui até a cama e apertei o botão pra chamar as enfermeiras e o médico que rapidamente chegaram e conectaram todos os equipamentos novamente, eles me pediram características da pessoa que havia visto entrar no quarto, eu disse que estava escuro e não conseguia ver mas percebi que seu cabelo era loiro, pois a luz da lua que vinha da janela refletia em seu cabelo claro, mas era só isso que dava pra ver, então me disseram que não havia ninguém que trabalhava no hospital que tinha cabelo loiro e tbm não havia nenhum paciente no nosso andar que tivesse cabelo loiro.
-Enfermeira: será que era um dos sequestradores? Pra sei lá tentarem terminar o que começaram?
-Samanta: mas pq mexeriam na Vi? Ela não tem nada haver com isso.
-Enfermeira: vai ver no escuro ela pode ter achado que ela era vc.
-Dr Adriano: faz sentido, bom pelo menos na minha concepção.
-Dra Adisson: mas vc tá fora da cama de novo? Vou ter que te amarrar?- ela disse entrando no quarto e então me ajudou a voltar pra cama.
-Samanta: eu precisava ir ao banheiro, desculpa.
-Dra Adisson: tá bom, mas evite se levantar, ou os pontos podem se abrir, aí vc vai ficar com uma cicatriz horrível.
-Samanta: só isso? Pensei que meu órgãos fossem cair no chão, ou sei lá o que.
-Dra Adisson: bom há uma possibilidade de que isso aconteça, aí vai de vc.
-Wallace: encontrei essa mulher no estacionamento, ela estava falando ao telefone, que tinha conseguido e que o Felipe e a Samanta iam morrer- ele disse entrando, segurando os braços de uma mulher loira nas costas.

*Continua*

Eai gente, estão gostando desses capítulos em conjunto? Mais um capítulo escrito com a ajuda da GabrielaFelipe253 , 400 comentários e tem outro, bjs.

Femanta- Seria Tudo Um Sonho? 3° Temporada.Onde histórias criam vida. Descubra agora