Capítulo 6

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Carrasco

   – Dispensou a loira, Ferrugem? – perguntou Carrasco encarando os olhos arregalados do ruivo que acabara de bater de frente com ele.

Rafael se afastou um pouco e tentou passar por Carrasco. Ele colocou o braço em cima dos ombros dele.

   – Espera, porra! – falou Carrasco, um pouco bêbado. – Só tô levando um papo contigo,caralho! Ih, mané, tua lata tá vazia.

Rafael tentava se soltar do braço de Carrasco, mas, ao sentir isso, Johnny o prendeu com um pouco mais de força. Sinalizou para uma empregada colocar mais bebida para o ruivo.

   – Eu tô de boa, Carrasco. – disse Rafael, ficando sério. – Na moral. Só vou comer alguma coisa!

   – Tá com essa cara porque tá com fome, cuzão? Olhah o “churras’ aí, porra! – Carrasco bebeu o resto de uísque do copo e pegou uma linguiça inteira no tabuleiro que estava na mão de um dos seus seguranças. Enfiou-a na boca de Rafael. – Ta aí, porra! Cai de boca na minha linguiça! Na real, a minha é o dobro dessa aí.

Rafael fechou ainda mais a cara, visivelmente com raiva daquilo. “Isso, molecão. Reage pra eu te comer na porrada aqui ‘mermo’.”, pensou Johnny. Nanda agarrou o rosto dele e disse:

   – Acho que tá bebendo demais já, Carrasco! – Ela olhou para Rafael e fez um gesto para ele ir logo para perto dos meninos. – Vem comigo! Você já tá todo suado!

Carrasco riu e a abraçou.

   – Qual foi, princesa? Tu não se amarra num negão suado, não?

   – Ninguém merece. – disse Nanda, baixo, segurando Carrasco. – Alguém me ajuda a levar ele pro quarto? Ele tá precisando tomar um banho.

Dois seguranças se aproximaram e apoiaram os braços de Carrasco nos próprios ombros. Estavam levando-o para o quarto da área VIP, mas Carrasco ergueu a cabeça e, dando um tapa fraco no rosto de um deles, disse:

   – Esse, não, porra! Tá um barulho do caralho! Eu consigo andar. Me solta, porra! – Ele empurrou os seguranças e desceu as escadas.

Sentia apenas uma tontura leve, não estava tão bêbado assim. Nanda começou a ir atrás dele, mas ele mandou que ela ficasse com os amigos. Passou pela sala e viu o jogador transando com uma das garotas que o acompanhavam no sofá.

   – Aí, viado, se tu gozar nessa porra de sofá, vai pagar outro. – Deu um tapa na bunda do jogador, que riu e continuou transando.

Carrasco subiu as escadas e, ao chegar no alto dela, virou-se para olhar as pessoas transando e se drogando na sala. Sacudiu a cabeça e continuou procurando no meio delas. Achou o garçom que tinha lhe oferecido bebida mais cedo e deu um assovio. Todos olharam para ele. Então, apontou para o garçom e fez sinal para que ele subisse. Deu as costas e foi direto para o quarto.

   – Calor do caralho! – resmungou Carrasco, deixando o copo perto de um vaso de planta na mesinha ao lado da porta do quarto.

Entrou no quarto e tirou a bermuda, ficando completamente nu, indo até o banheiro. Abriu o chuveiro no frio e entrou debaixo, sentindo a água escorrer por seus músculos e o calor diminuir. Fechou os olhos com as mãos apoiadas na parede e lembrou de Pietra rindo com Ferrugem.

“Ela é foda…”, sorriu enquanto pensava.

Lembrou de Ferrugem batendo de frente com ele e como o verde dos seus olhos ficavam ainda mais destacados quando estava assustado. Gostava daquela reação, impor respeito. Aquilo fazia ele se sentir o macho alfa. A cara que Ferrugem fez quando ele enfiou a linguiça na boca dele tinha algo que provocava algo em Carrasco. Passando a mão pelo peitoral e descendo-a até o membro, sentiu que estava ereto. Começou a alisá-loe apertá-lo, mas foi interrompido por batidas na porta do quarto.

O infiltrado no morro (Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora