Prólogo

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MARVIN

18 anos antes...

Passo as mãos no cabelo tentando manter a calma, o choro do meu filho era alto e me deixava louco, ele é apenas um bebê, mas eu com toda certeza sei que não estava preparado pra ser pai. Viro e olho pra minha esposa. A minha esposa.

Eu destruí a vida pela por puro egoísmo, fui egoísta quando não pensei nela. No que se tornaria a vida dela e o pior não era bem por mim, foi pela minha família, pra mostrar para meus pais o quanto eu era macho, e acabei fazendo isso.

_ Eu quero divórcio_ Eliza me olhou e eu peguei nosso filho no berço coloquei a cabecinha dele apoiada no meu ombro balando de um lado pro outro.

_ Que?_ Indaga e eu dou de ombros_ Como.. como quer se divorciar?

_ Isso tá insuportável pra mim e pra você Eliza_ Ela riu e deixou uma lágrima cair em seu bochecha.

_ Você não pode fazer isso comigo_ Seus olhas demonstravam pânico_ Eu tive um filho a dois meses...eu não consigo sozinha!

_ Tenho certeza que consegue, mas nunca vai estar sozinha_ Eu falo_ A gente tá infeliz!

_ Você só pensa em você_ Me acusa_ Por que quer separar? Ahhh_ Ela riu_ Porque você é viado?_ Ela abriu os braços e eu me afastei vendo ela vir pra perto de mim_ Não sou boba Marvin, mas não vou deixar você fazer essa porra comigo, eu nunca vou assinar nenhuma porra de divórcio_ Aponta o dedo na minha cara.

Eu não posso negar eu nunca cheguei a amar a Eliza, obviamente eu nutria muito carinho por ela, mas não era amor, e nem chegaria a ser. Quando eu tinha quatorze anos eu entendi quem eu era, o meu pai era um militar e minha mãe foi professora de literatura, eu cresci num mundo pequeno, onde eu deveria crescer, casa...com uma mulher, deveria trabalhar e ser quem sustentaria a família, deveria ter filhos, só que eu nunca olhei pra uma mulher como a maioria dos homens olha, eu só as achava bonita, e muitas vezes eu desejava fazer o que elas estavam fazendo, me arrumar, eu estava decidido, mas aí eu percebi que se eu contasse a minha família da minha orientação sexual eu seria visto como um bastarde e eu sempre tive muita necessidade de deixar os outros felizes então eu decidi que não seria gay, como eu ia fazer isso?...

Eu conheci a Eliza, sabia que ela gostava de mim, então começamos a namorar, cada minuto do lado dela era uma tortura pra mim, beijar dar carinho era ruim, e eu me sentia mal por ela, eu estava usando ela e me sentia um luxo por isso, mas eu recebia o apoio do meu pai. Me lembro da nossa primeira vez, fui a pior coisa que eu fiz, ela era virgem e me escolheu pra ser o primeiro na vida dela, foi ruim, eu sei disso, eu não sabia o que fazer e ela também não, nem gozar eu consegui, ela se sentia tão mal, achando que a culpa era dela e não era. Fui isso por quase dois anos e ela descobrir que estava grávida, então nos casamos, nosso filho nasceu, mas agora a situação é insuportável.

_ Eu não quero discutir com você Eliza_ Falo e Arregalo os olhos quando ela pega nosso filho dos meus braços de maneira bruta_ Vai machucar ele!

_ Cala a boca!_ Gritou e colocou ele no berço_ Eu nuca vou te perdoar pelo que você tá fazendo comigo!

_ Eu sinto muito_ Falo baixo_ Eu nu.ca vou abandonar vocês, eu juro_ Ela me olhou por alguns segundos enquanto as lágrimas caiam.

_ E eu nunca vou perdoar você_ Ela diz e eu balanço a cabeça concordando, não posso pedir isso pra ela.

_ Tudo bem_ Sentei na cadeira do nosso apartamento e fiquei o olhar no chão...

                           ....😥....

Eita! Vem comigo nessa!

Eu espero que vcs gostem dessa nova história, um desafio pra mim, meu primeiro romance gay! Aí meus Deus!

Vem que vem, que vem....

SAINT E MARVIN- Livro 3"Série filhos" Onde histórias criam vida. Descubra agora