Tentar se salvar as vezes é como se matar aos poucos. Ninguém que se foi, será mais um na lista das vítimas do grande mistério que essa cidade enfrentou. Você será parte das pessoas mais fortes e corajosas que permaneceram vivos até o próprio limite...
doutrinação religiosa, homofobia, agressão verbal e física, homicídio, uso de drogas ilícitas
DOMINGO, 12h40
CASA DOS SINK
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Naquele domingo, Sadie acordou decidida do que realmente planejava fazer a muito tempo. O dia parecia de alguma forma muito mais diferente do que qualquer outro dia normal, talvez fosse seu medo pela reação que seus pais tivessem mesmo que ela já soubesse qual seria, talvez fosse sua ansiedade para assumir logo que ela realmente não era a filha que eles esperavam e talvez fosse algo bobo também. Se vestir de preto, era considerado para Sadie luto ou um pressentimento de que algo ruim aconteceria e lá estava ela, usando um vestido preto.
Pela primeira vez, Sadie se arrumou um pouco mais do que o costume e se despediu de Emily que prometeu estar ali com ela independente do que acontecesse naquela casa de família. Durante todo o caminho, ela foi ouvindo algumas músicas para tentar se acalmar e assim que se viu na porta de sua casa, ela respirou fundo e colocou seu celular e seus fones dentro de uma bolsinha que Emily a emprestou antes de sair e logo respirou fundo tocando a campainha.
Ela disfarçou um sorriso que no fundo era verdadeiro e logo se aproximou abraçando Lori. Talvez aquela fosse a última vez que elas se abracassem.
— Você está tão linda, filha! Nem parece a Sadie que morava aqui a um tempo atrás.
— Obrigada mãe, você também está muito linda hoje. Eu queria me vestir melhor porque é uma ocasião especial pra mim. — a ruiva adentrou a casa. — Estão todos aqui?
— O seu pai e o Mitchell estão voltando da escola bíblica dominical, mas enquanto isso podemos nos sentar na sala e conversar um pouco.
— É uma boa idéia!
Jacey estava terminando de se arrumar quando desceu e cumprimentou sua irmã, logo ficando na sala também.
— Como estão as coisas com você e sua amiga?
— Estão bem... Eu estou trabalhando menos, mas tive um aumento por um milagre e estou conseguindo manter tudo. O mais importante que são as contas, aluguel e despesas estão em ordem.
— Que bom! Jacey sentiu muito sua falta durante esse tempo. Por que se afastou tanto da gente?
— Porque talvez fosse necessário. Aconteceram algumas coisas que não são ruins, mas você sabe que o meu pai é muito difícil e eu não ia conseguir ter paciência com ele como sempre tive até certo ponto.
