Tentar se salvar as vezes é como se matar aos poucos. Ninguém que se foi, será mais um na lista das vítimas do grande mistério que essa cidade enfrentou. Você será parte das pessoas mais fortes e corajosas que permaneceram vivos até o próprio limite...
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14h30, SÁBADO
26 DE MARÇO
Aquele momento, era o mais esperado por George e Cylia. Estar sendo levado para a sala de cirurgia para finalmente tentar curar aquele maldito câncer de pulmão, era sem dúvidas uma das melhores sensações. Do lado de fora, Cylia esperava ansiosa para que aquela cirurgia terminasse logo e para que Jay saísse do quarto dizendo estar tudo bem com George, mas ela não imaginava que tudo seria colocado a perder por um descuido da parte dos médicos.
Ninguém imaginava que tudo fosse mudar sem nem mesmo a operação começar e ninguém imaginava que todos os instrumentos médicos a serem usados estariam lá, mas um deles entretanto, impediria que George sobrevivesse até o fim da cirurgia.
Tudo estava pronto quando um dos médicos presentes na sala, aplicou a anestesia em George e assim todos esperaram até que o mesmo adormecesse e pudesse estar preparado para que começassem e a operação o mais rápido possível.
A operação estava andando normalmente até que se dessem conta de que tinha algo errado. Fazia quase uma hora que todos estavam concentrados na cirurgia e o coração de George começou a falhar. Era estranho porque até então, o mesmo estava normal. O frequencímetro indicava que o coração de George estava parando aos poucos e assim que tudo parou, Jay se preparou para fazer a massagem cardíaca que deu errado.
Uma das esperanças restantes do médico, era que o desfibrilador fizesse alguma coisa para que a reanimação fosse o suficiente, mas também não adiantou. Era como se tudo aquilo, estivesse escrito para dar errado. Jay não entendia como aquilo tudo tinha acabado sendo que George aparentava estar tão bem.
O pior seria a reação de Cylia quando soubesse que toda sua felicidade em poder viver com o avô por mais alguns anos, foi para o ralo.
Jay suspirou enquanto ajudou os outros companheiros a desligar os aparelhos e saiu do quarto segundos depois para dar a terrível notícia para Cylia que ao vê-lo, correu da cadeira até ele e o olhou nos olhos.
— Já terminaram? Mas não está muito cedo?
— Cylia eu sinto muito, mas... O George não resistiu!
— O que? Você tá brincando né? — ela perguntou ainda desacritada, sentindo as lágrimas já virem. — Jay... Não pode ser, e-ele estava bem.
— Estava, mas ele deu uma parada cardíaca e fizemos de tudo para que ele pudesse sobreviver. Estava correndo tudo bem e no meio da cirurgia tudo deu errado. Fizemos massagem, usamos o desfibrilador e mesmo assim não conseguimos o trazer de volta. — ele explicou. — Sinto muito...
