CAPÍTULO 13 - de volta a infância

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uso de drogas ilícitas, alucinações, negligência parental, homicídio

Já fazia alguns dias que Wyatt havia pegado a responsabilidade de dar respostas a Nick e Finn em relação aos medicamentos que obrigavam Jack a tomar para permanecer na clínica. Ele sabia que uma hora ou outra ele teria que tentar experimentar qualquer droga que tivesse naqueles comprimidos, então naquela noite, ele vestiu sua roupa de dormir e foi até o outro lado da rua batendo na janela da van.

— Sophia, pode abrir agora? — ele questionou.

— Pode falar. — ela respondeu abrindo a janela em seguida. — O que foi?

— Preciso do seu celular pra essa noite.

— Meu celular? Pra que?

— Eu preciso fazer uma coisa ali e preciso de uma prova pra anotar depois. Fica tranquila que não vai colocar minha vida em risco.

— Não vai gravar vídeo fazendo sexo né? — a garota brincou arrancando risos do mesmo. — Tudo bem, mas vê se não dorme tarde porque amanhã tem trabalho e escola.

— Tá bom, mamãe! — ele riu e pegou o celular da mesma, indo até sua cabana.

Agora Wyatt estava apenas com si mesmo e na companhia de Deus como ele acreditava. A pílula estava guardada em sua mochila em um saquinho como amostra e assim ele colocou o celular para gravar antes de colocar a substância na palma de sua mão e colocar em sua língua esperando que os efeitos começassem. Após 20 minutos, Wyatt começou a enxergar os primeiros sinais dos efeitos daquela droga. Alguns objetos de decoração que tinham cores chamativas, começaram a ficar mais saturadas e visivelmente Wyatt estava incomodado pois fechava seus olhos repetidas vezes.

Ele se sentou na cama e viu que ainda estava vendo as cores muito fortes e sua boca estava começando a ficar seca, mas ele estava "maluco" demais para tentar fazer qualquer coisa. Para Wyatt, aquilo era uma novidade pois era a primeira vez que estava tendo aquela sensação diferente de ver tudo ao seu redor se mexendo, não sabia o que estava se passando do lado de fora e nem do espaço espaço tinha ao seu redor. De repente, toda aquela sensação começou a dar certo incômodo no garoto que se lembrou dos piores momentos de sua vida que incluíam o desprezo de Doug e sua família paterna. Ele olhou acima de seu corpo e lá estava Doug parado em frente a sua cama. Sua aparência era assustadora, pois Doug estava com a aparência de como morreu no acidente. Seu rosto ensanguentado, suas roupas rasgadas e queimadas, e seu corpo físico totalmente machucado.

— Papai? É você?

— Eu não sou o seu pai! — o homem afirmou. — Nunca fui seu pai.

— Você é meu pai. Eu vi o seu teste lá em casa. Eu sou seu filho.

— Wyatt infelizmente eu não estava lá para ver. Eu nunca abri aquele teste porque sentia que era mentira tudo que a Jennifer queria usar como justificativa.

— Por que fez isso comigo? Mesmo que eu não fosse filho biológico seu, eu sou apenas um inocente... Nada do que aconteceu antes do meu nascimento foi culpa minha. — o garoto reclamou em lágrimas.

— Wyatt, sua mãe podia aparentar ser uma mera inocente também, mas era tão mentirosa e perversa quanto eu. Eu sei o que sua mãe fazia quando Eli morreu.

𝐌𝐈𝐃𝐍𝐈𝐆𝐇𝐓 𝐆𝐀𝐌𝐄 ☬ it & st castOnde histórias criam vida. Descubra agora