Tentar se salvar as vezes é como se matar aos poucos. Ninguém que se foi, será mais um na lista das vítimas do grande mistério que essa cidade enfrentou. Você será parte das pessoas mais fortes e corajosas que permaneceram vivos até o próprio limite...
homofobia, doutrinação religiosa, abandono parental, traumas emocionais, tentativa de suicídio
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Sadie mal podia esperar mais tempo para seu tão sonhado encontro com Emily Skinner. Era difícil assumir sentimentos amorosos por alguém que você conhecia a muito tempo. Algumas pessoas achavam fácil, mas Sadie considerava sua criação muito violenta e chata, então infelizmente era bem difícil esclarecer as coisas com alguém querido. Aquele encontro não tinha como intenção principal ser amoroso e ter beijos ou nada do tipo, era apenas uma oportunidade de muitas para que as garotas se conhecessem ou melhor dizendo, se reencontrassem com oportunidades de se conhecerem melhor depois de tantos anos juntas.
Sadie nunca sabia como se vestir para nenhuma ocasião, então com a ajuda de Sophia ela apenas partiu seu cabelo de lado, colocou uma blusa de manga fina rosa choque e um short jeans com tamancos baixos confortáveis. Emily estava vestida de uma forma mais "afeminada" - como Sadie preferiu descrever no dia seguinte - e então sorriu de lábios juntos quando viu a loira se aproximar.
— Oi Emily! Como vai?
— Eu vou animada para ser sincera. Seu convite para que a gente saísse salvou completamente meu dia.
— Está acontecendo alguma coisa de ruim na sua casa?
— Digamos que tem a ver com uma confusão que teve na empresa onde trabalho, mas não quero falar sobre isso agora. — Skinner explicou e ajeitou uma mecha do seu cabelo atrás da orelha. — E você? Como vai?
— Estou com medo de ter ou não algum emprego amanhã... — ela brincou. — Meu chefe não sabe que saí mais cedo por esse motivo.
— Eu não quero causar problemas. Pensei que estaria de folga como me disse no telefone...
— As vezes é necessário inventar algumas desculpas para convencer pessoas como você a se aventurarem. — Sink provocou. — Você é bastante responsável para uma jovem de Fredericksburg. Digamos que metade da população adolescente tá pouco se fodendo pra essa cidade.
— Eu acho que Fredericksburg é uma cidade boa até demais para não ser tão reconhecida. Ganhamos salários que teríamos que trabalhar feito mulas pra conseguir. De certa forma conseguimos pagar nossas contas.
— Ou talvez não...
— Tem algo acontecendo na sua casa?
— Graças a Deus não... É só a Sophia que tá com uns problemas financeiros pra conseguir lidar com a vida adulta. Fora que ela tem um amigo muito especial pra ela que sempre tá precisando da ajuda dela. Eu tentei convencê-la de emprestar dinheiro, mas ela preferiu não ter mais dívidas.
