Tentar se salvar as vezes é como se matar aos poucos. Ninguém que se foi, será mais um na lista das vítimas do grande mistério que essa cidade enfrentou. Você será parte das pessoas mais fortes e corajosas que permaneceram vivos até o próprio limite...
violência física, drogas ilícitas, traumas emocionais, homofobia, menção a sexo, palavras de baixo calão
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Era uma manhã nublada quando Nick acordou completamente desanimado e se arrumou para o trabalho, já que não tinha muitas alternativas. Wolfhard podia se lembrar que desde a noite passada estava tendo uma sensação estranha como se estivesse sendo perseguido por alguém e ele sabia que naquela cidade sua família podia estar sendo perseguida por um motivo em especial. Nick não sabia como tomar controle daquele sentimento já que não podia simplesmente ligar na clínica e dizer "não vou trabalhar hoje porque desde ontem estou sentindo que estão me perseguindo". Por mais que sua família fosse conhecida, eles ainda não tinham todo o poder e por isso em algumas situações eles não eram prioridade em absolutamente nada.
Depois de tomar um café, o rapaz saiu pelas ruas frias enquanto olhava para o céu escuro e desejava que estivesse na cama podendo permanecer por lá e passar o dia todo brincando com Finn como a anos atrás, só que tudo estava diferente. Finn agora já era um homem que estava apaixonado e estava colocando sua vida em risco por alguém que nem mesmo o conhecia. Assim como Finn, o tempo mudava radicalmente e provavelmente daqui a pouco o sol estaria raiando por todas as redondezas. Aquele tempo, não estava sendo confortável para Nick, pois, além de estar se sentindo perseguido ele também estava sentindo uma coisa bem pior. Ele não sabia que algo muito ruim tanto para ele quanto para todos estava prestes a acontecer, mas antes...
Antes ele seria afetado.
Nick colocou os fones de ouvido e continuou sua longa caminhada até seu local de trabalho. Ele não era do tipo de pessoa que gostava de usar um único único de ouvido para não correr o risco de não ouvir quando alguém supostamente o chamasse, então aumentou os fones no máximo e continuou. Um carro passava exatamente do seu lado, mas ele não deu muita bola e continuou seguindo em frente. Era provável que alguém estivesse chamando pelo seu nome, mas ele não podia ouvir, nem ver a não ser que olhasse para trás, mas ele podia sentir. Ele podia sentir assim como sentiu um golpe forte na parte de trás da cabeça e viu tudo ficar escuro. Por alguns minutos, Nick desejou nunca ter usado aqueles fones de ouvido e feito de tudo que pudesse para evitar o que tanto aguardavam para a família Wolfhard.
Depois de um tempo, finalmente Nick abriu os olhos e pode enxergar a sua volta. Sua cabeça ainda doía, mas ele não sabia dizer onde estava porque tudo estava escuro e tudo ainda era muito novo. Seus olhos finalmente reconheceram o que parecia um galpão e algums homens se aproximando dele, todos mascarados e bem armados.
— Onde eu estou?
— Isso não importa agora. O importante é que saiba por culpa de quem está aqui. — um deles respondeu. — Tem apenas uma chance!
