4

1.3K 108 3
                                        

                              ~~~

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

                              ~~~

Encontrei Lucca no final do corredor, onde nos vimos pela primeira vez. Estou ofegante, a adrenalina invadiu meu corpo, me sinto animada e com medo, tudo ao mesmo tempo. Será algo completamente diferente para mim dar uma escapada com ele que como sempre está calmo e sorridente apesar de notar algo estranho em seus olhos, talvez sinta a mesma ansiedade que eu.

- Tudo certo. Ordenei aos seguranças pra ficarem na porta que irei demorar muitas horas pesquisando.

- Ótimo. Vamos.

Lucca segura firme em minha mão enquanto me conduz até uma porta estreita que fica no fundo da biblioteca, ao cruzarmos por ela entramos em uma espécie de depósito onde vários objetos empoeirados estão guardados.
Rapidamente ele abre uma janela e me puxa através dela.
Estamos agora no pátio da faculdade, mas em um local desconhecido pelos alunos, principalmente eu. Atrás de uns arbustos está a moto que irá nos conduzir em nossa aventura. Lucca me alcança um capacete e uma jaqueta preta enquanto ele mesmo veste a dele.
Duvido que eu tenha ficado tão bonita quanto ele, aliás duvido que qualquer outra pessoa fique tão sexy de jaqueta de couro e capacete.
Subo na moto e deslizo minhas mãos por sua cintura apertando firme, ele me olha de canto e sorri.

- Pronta?

- Pronta!

E a máquina ruge sobre nós, deslizando pelas ruas.
A sensação de liberdade é indescritível! Todo mundo deveria andar de moto de vez em quando... Sentir o vento no rosto, deixar o cabelo bagunçado, o corpo leve, flutuando...
Abro os braços e sinto a pressão querendo me derrubar, levar para longe, voar... Me firmo no assento e fecho os olhos... Por um tempo fico escutando somente o ronco do motor, sem pensar em nada, sem preocupações.
Abraço Lucca com mais força, cruzo os braços em seu peito colando meu corpo ao dele e encostando a cabeça em seu ombro. Sinto ele estremecer ao meu toque mas fico calada, esperando pelo momento em que vamos deixar vir à tona tudo que estamos sentindo.

Percorremos um longo caminho através de uma estrada quase deserta. Passaram-se várias horas e comecei a me preocupar, então cutuquei o ombro de Lucca.

- Onde estamos indo? Ainda vai demorar muito?

- Já irá terminar.

Estranhei um pouco sua resposta e o tom de voz, mas talvez para prestar atenção na estrada falou algo breve.
Não demorou para avistar um posto de gasolina que mais parecia saído de um filme de terror.
Por ali não cruzava uma viva alma a muito tempo, tudo estava abandonado, sujo e quebrado, exceto por um carro estacionado mais para o fundo.

Lucca parou a moto e descemos. Ele foi direto ao outro veículo abrindo a porta e vasculhando o porta luvas.
Me aproximei decida a pedir que me levasse de volta. Não estava gostando nenhum pouco desse passeio, não foi nada do que esperei, ele estava agindo estranhamente, fora meus instintos que começaram a gritar para fugir assim que pisamos aqui.
Cheguei ao seu lado, ele ainda tinha metade do corpo para dentro do carro mas quando ouviu meus passos se aprumou.

Um segundo depois uma fisgada me fez olhar para minha coxa onde Lucca havia cravado uma seringa. Tentei me mover mas não consegui...
A última coisa que vi foi algo em seus olhos que fez meu sangue gelar... Já havia visto essa expressão antes quando meu pai e Enrico chegavam após um ataque, e até em alguns do nossos homens...
Aquele olhar significava morte.

Paixão MafiosaOnde histórias criam vida. Descubra agora