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Me mantive na borda, rondando-a até encontrar uma posição favorável

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Me mantive na borda, rondando-a até encontrar uma posição favorável. Arzu está acompanhada de outra mulher, pela conversa e sorrisos devem ser amigas íntimas.

- Olhe que lindo esse vestido Arzu! Deveria levá-lo aposto que seu capo não irá resistir.

A peça que a outra ergueu mais parece uma fantasia que não deu certo, cheia de penas e brilhos. Somente não conhecendo Alev para imaginar que ele se sentiria atraído por uma mulher vestindo aquilo.

- Que magnífico amiga! Vai ser ideal para a nossa reconciliação depois que colocar meu plano em prática.

- Tem certeza que dará certo? Ele parece bem feliz com o casamento, afinal nunca mais procurou você...

- Não seja boba! O capo não irá pensar duas vezes quando souber do nosso bebê...

Bebê! Precisei me apoiar em uma prateleira. Essa notícia me atingiu como um soco no estômago, jogando-me ao chão e me deixando sem ar. Minhas mãos já tremiam e as lágrimas ameaçavam cair quando as duas riram escandalosamente e continuaram conversando.

- Está confiante de que ele vai cair em sua mentira, mas tenho minhas dúvidas... E se mesmo assim ele não largar a esposa? Um capo pode ter quantos filhos bastardos quiser.

- Já pensei em tudo, deixe comigo e verá como botarei a empregadinha a correr. Digamos que terei um desejo de grávida de vê-la sumir.

As duas megeras caem na risada novamente. Agora, todas as sensações anteriores foram esquecidas e o ódio me cegueia.

- Me diga Arzu... E se ele exigir um teste? E se descobrir sua farsa? Sabe que talvez te mate em um ataque de fúria...

- Quando estiver em seus braços novamente, vou tratar de engravidar logo, depois minto que nasceu prematuro. Quanto a me machucar, não há perigo, pois o capo não fere mulheres.

- Mas eu sim - Saio do meu esconderijo. - Essa história acaba hoje.

Depois do choque inicial, Arzu retomou seu ar irritante mas sua amiga continuou apavorada.

- Pretende acabar comigo empregadinha? Você e quem mais?

- Eu e elas - mostrei minhas duas mãos a frente do corpo e em seguida arrastei Arzu pelos cabelos para dentro da sala onde Seher provava o vestido.
Por sorte minha amiga já estava de saída pois não gostaria de estragar seu momento apesar de ter certeza que ela me ajudaria a dar uma surra em Arzu vestida de noiva e tudo.
Mesmo assim, quando entrei com minha inimiga aos berros, Giulia me olhou como se não acreditasse antes de rir.

- Vou cuidar a porta para você Anna, demore o tempo que precisar...

Após um bom tempo onde Arzu gritou, implorou e depois gemeu até se calar por completo, estava com minhas mãos e braços doloridos. Os nós dos dedos manchados de sangue eram uma mínima demostração do estado em que minha oponente se encontrava.
Levantei-me do chão onde estava debruçada sobre o corpo dela, ajeitei minha roupa e alguns fios de cabelo que estavam fora do lugar depois coloquei Arzu de pé e empurrei-a para fora.
Uma pequena multidão se reuniu ali, talvez atraídas pelos gritos ou desconfio, convidadas por Giulia.
Reconheci alguns rostos, ótimo. Uma comoção geral tomou conta do lugar ao visualizarem a mulher ao meu lado.

Paixão MafiosaOnde histórias criam vida. Descubra agora