26

398 26 0
                                    

Deitei a cabeça no peito de Alev e me permiti desfrutar do momento

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Deitei a cabeça no peito de Alev e me permiti desfrutar do momento. Ambos continuávamos nus, os corpos suados e saciados não ousavam fazer qualquer movimento cansados demais depois de tanto esforço.
Outra vez caímos naquele silêncio confortável, meus cabelos acarinhados entre seus dedos e o coração batendo descompassado contra meu ouvido, se tornaram uma combinação que penetrou em minha alma me levando a flutuar... Assim, adormeci.

No outro dia acordei na cama de Alev, sozinha.
Ainda sem roupas, enrolei-me no lençol e corri para meu quarto torcendo para não ser vista por ninguém. Depois de tomar um banho e estar vestida, fiquei sentada na cama sem coragem para descer e mostrar o rosto. Agora que me rendi ao desejo, que sei como é estar com ele, tornou-se pior disfarçar o quanto gostaria que esse casamento fosse real.

Se ao invés de casar comigo somente com a intenção de ajudar Alev realmente nutrisse sentimentos por mim, poderíamos ser, quem sabe, um casal feliz.
Nunca me apaixonei antes, minha vida foi somente trabalhar e, o sonho do casamento para mim era algo distante e impossível. Sempre soube que não sou uma moça como as outras, não tenho família ou um pai que me arrume um noivo, que zele pelo meu futuro, então, a realidade seria envelhecer e morrer trabalhando para os Fiore.

Apesar disso nunca fui alienada, como empregada escutei coisas que as donzelas de família ficariam escandalizadas, os guardas e as cozinheiras mantinham diálogo na minha frente, sem se preocupar em proteger meus ouvidos castos, desde muito nova aprendi o que se passa entre um homem e uma mulher.

Ouço uma batida na porta seguida por Giulia que vem até mim sorridente.

- Bom dia! Pensei que havia esquecido de mim pois nem uma despedida decente mereci.

- Me desculpe. Tudo foi muito rápido. Alev praticamente nos expulsou para ficar sozinho com você e Savas aproveitou já que também queria ficar a sós comigo...

Minha amiga ganhou um tom vermelho na face, com certeza lembrando o quão bom foi estar com seu amado. Mas então Alev mandou-os embora para ficar somente comigo...

- Pode abrir o jogo Anna! Conte-me tudo que rolou entre vocês. Estou morrendo de curiosidade!

- Nós jantamos... Ele me deu esse anel... E... Foi isso...

- Só? Nada mais? Nenhum beijo sequer? Alev não tentou seduzi-la?

- Não...

- Bom, confesso que esperava mais emoção e ação também. Talvez ele esteja te respeitando e vá tentar algo depois do casamento. Mas esse anel... É lindo...

Enquanto Giulia tece elogios sobre a jóia eu reflito o porque não consigo contar a verdade à ela que é como minha irmã e sempre tratou-me com carinho, mas eu não pude lhe dizer que seu cunhado e eu já tivemos mais intimidade do que deveríamos.
Na verdade, tenho dificuldade em verbalizar esse sentimento, sei que se falar sobre, se tornará ainda mais real e preciso tirar isso da minha mente antes que seja tarde demais. Antes que me apaixone e me torne uma tola sofrendo por amor.

Paixão MafiosaOnde histórias criam vida. Descubra agora