10

1.2K 99 17
                                    

                             ~~~

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


                             ~~~

Pensei fortemente em recusar sua ajuda, mas por fim aceitei, pois a dor em meus pés cheios de arranhões e cortes por ter corrido descalça pela floresta está cada vez pior.
Savas sentou-se na cama e puxou minha perna com uma delicadeza surpreendente repousando meus pés no colo. Lentamente seus dedos espalharam o remédio gelado que fez meu corpo arrepiar por inteiro. Milagrosamente a dor foi aliviando com seu toque e me permiti relaxar fechando os olhos.

Suas mãos subiram pelas panturrilhas apertando e massageando cada centímetro de pele.
Nessa altura minha respiração acelerada já me entrega: eu o desejo. Quero o toque de Savas em mim.
Mãos grandes e calejadas serpenteiam por minhas coxas afastando-as. Agora é a respiração dele que está audível por todo quarto.
Continuo com os olhos fechados mas sinto seu corpo mais próximo do meu. O calor que emana dele me atinge e eu estremeço esperando seu próximo passo.

Minha camiseta é erguida até a altura dos seios. Ele para e espera. Eu abro os olhos. Savas está pairando sobre mim, suas mãos pedindo permissão para tirar minha roupa e seus olhos prometendo que valerá cada segundo em que estiver nua, então eu mesma termino de retirar a peça e deito novamente, sem desviar o olhar dessa vez.

Ele está sério, sem seu sorrizinho debochado, noto que seus músculos estão contraídos, que faz força para se segurar e ir devagar comigo me fazendo sentir ainda mais atraída.

A boxer preta tem o mesmo destino da camiseta e estou pela primeira vez nua na frente de um homem. Empurro para longe a voz da razão que vem gritar no meu ouvido: "isso é um erro, ele é o inimigo".
Não quero pensar em nada. Não consigo ter raciocínio coerente com Savas entre minhas pernas, indo com sua boca de encontro à minha intimidade.

De meus lábios escapam gritos e gemidos que deixariam escandalizados os vizinhos se houvesse algum.
Não tinha ideia de que poderia existir um prazer desse nível, que usando os lábios e a língua um homem fizesse uma mulher se sentir como me sinto agora.

Estou flutuando... Cada vez mais alto... A cada gemido... A cada elevação descarada do meu quadril contra sua boca...
Subo sempre mais, o céu não é um limite... Meu estômago se contrai, um aperto, uma fisgada que me faz contorcer contra ele sentindo a barba arranhando minhas coxas...

Seguro em seus cabelos para mantê-lo firme no lugar mas ele é mais rápido e se solta erguendo a cabeça e colocando dois dedos sobre meus lábios.
No início achei que era um sinal de que deveria fazer silêncio mas então ele forçou a entrada e eu os recebi na boca.
A expressão de prazer de Savas ao sentir seus dedos em contato com minha língua foi gloriosa então resolvi brincar e os chupei com força fazendo ele fechar os olhos e soltar um gemido tão alto quanto os meus.
Senti que havia despertado uma fera quando ao me encarar novamente suas íris brilhavam com algo escuro misturado ao desejo. Os dedos saíram de minha boca e encontraram minha parte íntima onde sem cerimônia penetraram me abrindo e fazendo sentir um misto de dor e prazer.

Savas encontrou meus lábios dessa vez para um beijo e sua língua exigente deu início a uma perfeita sincronia junto a minha enquanto um vai e vem frenético dos seus dedos me faz estremecer violentamente, o aperto em meu estômago cada vez mais forte, minhas pernas se elevam com vida própria e enlaço a cintura dele. Seus beijos descem por meu pescoço, mordiscando minha pele até chegar aos meus seios e suga-los com força levando o restinho da minha sanidade.

Estou no céu.
O nó que sentia dentro de mim se desfaz e eu me desmancho gritando o nome dele em uma mistura de prazer e satisfação plena.
Savas se retrai devagar enquanto eu ainda estou de olhos fechados voltando das nuvens... Tento respirar normalmente, minhas pernas estão fracas e trêmulas e um sorriso brota em meus lábios.

Olho para ele e sua expressão é confusa... Como se fosse sua primeira experiência íntima e não a minha. Seus olhos não são os mesmos, envolto às pupilas castanhas agora há algo quente, não somente desejo cru e sim um sentimento novo, um que ele não está conseguindo assimilar, é doce, frágil, nada do que já vi antes nele.
Savas avalia meu rosto por um tempo, a testa franzida, os questionamentos na sua mente gritando tão alto que quase posso escuta-los... Olhos nos olhos como se eu tivesse as respostas para questões que com certeza ambos não queremos resolver.
A realidade é dolorosa demais, é cruel e sem final feliz... Savas parece acordar de seu transe e concordamos em silêncio que certas coisas devem ficar guardadas dentro de nós, naquele cantinho onde verdades e segredos duelam para se manter em harmonia.

Exausto, meu corpo clama por descanso, após todo prazer que recebi é como se uma injeção de torpor invadisse meu sistema.
Deito-me virada para a parede, não quero parecer uma adolescente boba que irá esperar algum gesto de carinho da parte dele. Não é porque me fez gozar que Savas se tornou o homem ideal. Com certeza irá levantar e ir embora, me deixando sozinha.
Hoje não terei tempo para pensar pois o sono já está quase vencendo a batalha mas amanhã, quando a realidade desabar em minha cabeça, poderei me sentir suja e sem moral por ter permitido que ele me tocasse.

Espero.
Aguardo que ele vá mas não ouço nenhum movimento.
De repente o colchão afunda atrás de mim e sinto seu corpo colado ao meu.
Savas está deitado na cama comigo, de conchinha, seu rosto entre meus cabelos e um braço prendendo firme minha cintura.
Uma piadinha vem à minha mente mas se perde na névoa do sono antes de sair pelos lábios.

- Durma minha Principessa.

E como se estivesse somente esperando seu comando, adormeço profundamente.

Paixão MafiosaOnde histórias criam vida. Descubra agora