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Lealdade. Honra. Vingança. Amor...
Qual sentimento mais importante no mundo da máfia?
Vamos descobrir juntos quais segredos e surpresas envolvem nossos personagens que juram não ter coração, até encontrar a pessoa que vai bagunçar todo seu mundo.
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- Aconteceu alguma coisa? Lucca está bem?
- Não se preocupe, era sobre trabalho mas infelizmente teremos que voltar.
- Vou aproveitar e arrumar as coisas, quero vir para nossa casa o mais rápido possível.
Nossa casa ela disse... Essa mulher que tinha tudo, acostumada ao mundo se curvar aos seus caprichos, hoje, chama de lar esse chalé simples e sonha com o futuro ao meu lado... Por isso, por Giulia e meu filho que ninguém nunca mais irá nos separar, seja Dom Fiore ou quem for.
Ao chegarmos na mansão, ela sobe as escadas correndo para ver Lucca e eu vou até o escritório de Alev onde entro como sempre sem bater na porta, e encontro meu irmão diferente. Ele está angustiado eu diria, andando de um lado para o outro, mordendo o lábio inferior, gesto que reconheço de infância como sinal de nervosismo. Desde a morte da mãe que ele perdeu seu coração, se tornando uma máquina fria. Nunca demostra nada, nunca se perturba, sempre mantém a pose independente das circunstâncias então vê-lo assim me deixa apreensivo.
- O que aquele velho queria?
- Uma espécie de acordo. Ele não faz questão nenhuma do neto, nem se refere a ele como tal. Disse que podemos fazer o que quisermos com a criança mas exige a filha de volta. Somente Giulia sem Lucca.
- Nunca! Ninguém sairá daqui! Esse maldito que se foda! Acabo com ele eu mesmo!
- Não creio que haverá insistência. Pelo que percebi quem quer isso é Enrico, ouvi seu rosnado ao fundo me dizendo para devolvê-la, mas o velho não quer o neto... Uma conta que nunca irá bater. Na verdade creio que será um alívio para a Itália se nenhum dos dois voltar, pelo menos enquanto Dom Fiore estiver no poder.
- Foi somente isso que ele falou?
- Não. Ele também quer outra coisa... Anna. Ela ainda é empregada dele. Sua propriedade como diz. O desgraçado a comprou ainda criança. Ele tem um documento, uma droga de papel que comprova ser seu dono.
~~~
Subi as escadas saltando os degraus, correndo até o quarto de Lucca. Ao entrar, reparei que ele dormia tranquilamente em seu berço e Anna estava olhando através da janela. Chamei por ela duas vezes antes que seu rosto virasse para mim vermelho de tanto chorar. Meu primeiro pensamento foi para Alev, que apesar de tratar-nos bem tem uma certa implicância com minha amiga, que é recíproca, então os dois já discutiram várias vezes.
- Anna, o que houve? Brigou com Alev novamente? O que ele fez?
- Não foi ele... Seu pai, Dom Fiore, ligou para cá e exigiu meu retorno para a Itália...
- Não! Não deixarei que ninguém leve você, não se preocupe.
- Eu não quero que brigue por mim Giulia... Lucca precisa de você e de Savas por perto... Eu vivi os melhores dias ao seu lado... A nossa amizade é a única coisa que lembrarei para sempre. E quanto ao meu pequeno, diga a ele que... Que eu o amo como se fosse meu filho...