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- Shiii

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- Shiii... Fique calma Anna...

- Calma como Alev? O que aconteceu? Onde está ferido? Quem fez isso?

Muitas perguntas, como sempre minha esposa é curiosa demais. Não consigo responde-la, as palavras se juntam em minha cabeça mas não passam pelos lábios... Difícil... Não consigo...

- Alev? Responda! Por favor! Vou te levar para o hospital!

- Hospital não...

Não posso ir, não devo, chame o doutor em casa Anna, ele sabe... Ela não me ouve... Eu só penso, não falo...

Minha esposa chora, quero levantar e abraça-la mas estou sem forças, meu corpo não obedece aos comandos. Estou perdendo sangue desde ontem a noite, foi um milagre conseguir dirigir até em casa, se não fosse pelo motivo que tenho para voltar, por Anna e o amor que sinto, com certeza a essa hora estaria morto. Isso me lembra de algo importante, o motivo de ter sido baleado...

- Anna...

- Sim, diga, o que posso fazer?

- Meu bolso... Pegue...

Suas mãos delicadas tateiam meu corpo até encontrar o papel.

- Está livre agora... Ninguém mais é seu dono...

- Onde conseguiu isso?

- Eu te amo Anna... Sua vida é sua... Se quiser ir embora... Ou ficar...

Por favor não vá... Fique. Me ame. Fique comigo. Ao meu lado. Deixe-me te amar. Te fazer feliz. Quero tentar Anna. Quero uma vida com você. Fique...

Nenhuma de minhas súplicas foi ouvida pois caí em sono profundo.
Não faço ideia de por quanto tempo fiquei desacordado. As vezes sentia dor, em outras sonhava, escutava sussurros, choro...
Em um desses momentos recordei minha decisão de ir até a Itália pegar o maldito papel onde diz que Anna é propriedade daquele velho miserável.
Quando voltamos da academia, dei tempo à ela de tomar um banho e se arrumar e fiz o mesmo no andar de baixo.
Enquanto a água do chuveiro caía sobre meu corpo, pensava em como contar que a amo, que me apaixonei desde o primeiro instante por sua língua afiada, seus cabelos vermelhos, suas sardas no nariz, sua petulância irritante e seu coração puro.

Mas depois do modo que as coisas aconteceram , o que Anna passou no dia do casamento com Arzu, preciso de algo forte, grande, importante. Minhas tentativas de ganha-la com presentes não tiveram muito sucesso, pois minha esposa é uma mulher diferente das que estou acostumado. Não é o tamanho ou o preço que a encanta e sim o valor sentimental.
Ao chegar em nosso quarto a encontrei dormindo vestindo uma de minhas camisetas o que fez meu coração doer dentro do peito. Eu a amo e isso já está gravado em minha alma. Se ela me negar, se não me aceitar, se repudiar meus sentimentos, terei que ir embora. Manterei o acordo, continuaremos casados e vou protege-la contra tudo, mas, viver ao seu lado, dividindo a cama, dividindo a vida, somente se for com amor, senão estarei morrendo por dentro a cada dia.

Paixão MafiosaOnde histórias criam vida. Descubra agora