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Acordei em um susto. Lembro de tudo que aconteceu: Lucca me levou até um local abandonado, me deu uma injeção de algum tipo de tranquilizante e eu apaguei. Inferno! Caí em um golpe! Burra! Burra e burra! Logo eu fui me deixar levar pelo conto do príncipe encantado!
A pergunta é: porque? O que ele quer? Dinheiro só pode, se for isso, é um maldito sortudo pois meu pai é capaz de entregar toda sua fortuna para me ter de volta sã e salva.
Além é claro, de reaver todo dinheiro, afinal Lucca nunca sairia vivo dessa. Ele realmente não sabe com quem se meteu.

Olho ao redor, parece que estou em uma espécie de chalé. As paredes e o piso são de madeira rústica, estou sentada em uma cama grande e limpa, a mobília é pouca e também feita da mesma madeira, um trabalho artesanal com certeza, esculpido à mão.
Faço o mínimo de movimento, deve haver alguma câmera por aqui com alguém de vigia. Vou até um canto do quarto e me agacho. Deito a cabeça como se estivesse chorando. Enrico me ensinou que em uma situação de perigo, a última coisa a fazer é se deixar levar pelas lágrimas, elas não resolvem nada além de mostrar ao oponente sua fraqueza.
Lentamente abro o zíper da bota e alcanço o coldre onde guardo meu punhal junto a panturrilha. Se alguém me observar de fora, não fará ideia de estou armada.

Nesse momento ele entra.
Seus passos estão confiantes, então o sem vergonha me confessa que seu nome não é Lucca mas sim Savas, uma droga de membro da Yasa da qual sou prisioneira agora.
A raiva invade todos os poros e eu o derrubo saltando sobre ele em seguida com o punhal contra seu pescoço.
Eu nunca matei ninguém, nem sequer uma formiga. Sei aplicar a força e pressão necessárias para que outro indivíduo perca a vida mas olhando para ele minha motivação falhou... Mesmo nunca tendo feito isso, se preciso for, em uma situação de vida ou morte, para me salvar, sei que sou capaz de acabar com alguém. Mas Lucca...
Não! Ele não é o que pensei, tudo foi uma mentira...

Sentindo meu momento de dúvida, ele segura em meu punho para me desarmar, e apesar de lutar com toda minha força, acabo perdendo meu punhal, então parto para o corpo a corpo e dou um soco em seu rosto.
Imediatamente sou virada no chão e me fico presa sob ele.
Como posso em algum momento da minha vida ter cogitado estar apaixonada por um ser que agora só me desperta uma fúria maior a cada respiração?
Talvez tenha sido os olhos... Ou o sorriso... Os lábios... Sim, esses lábios que me deixaram com vontade de ter meu primeiro beijo...

E aconteceu. Estou sendo beijada! Como se lesse minha mente ele está devorando minha boca com seus lábios firmes e sedutores, sua língua quente me invadindo e deixando meu corpo fraco, amolecido e ansiando por mais.
Do nada, ele salta de cima de mim e vai até a porta depois volta e pega meu punhal me analisando de cima a baixo.

- Tire a roupa.

Sua voz baixa e rouca ecoa através do meu corpo. Tento manter a postura, levanto o queixo e o encaro de frente mas por dentro estou desesperada.
Sei o que ele irá fazer e prefiro mil vezes a morte do que isso.
Penso em meu pai, em sua agonia e de Enrico, em minha mãe desmanchada em lágrimas e resolvo que irei passar por isso como uma verdadeira Fiore. Não será um bastardo da Yasa que vai me quebrar. Eu não vou dar o que ele quer. Não haverá choro, nem gritos, muito menos irei implorar.

Paixão MafiosaOnde histórias criam vida. Descubra agora