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Fui prensada contra a parede, minhas costas tão coladas a extensão daquele corpo grande e rígido que nem uma partícula de poeira conseguiria passar entre nós

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Fui prensada contra a parede, minhas costas tão coladas a extensão daquele corpo grande e rígido que nem uma partícula de poeira conseguiria passar entre nós.
Alev deslizou o indicador sobre minha coluna deixando um rastro de fogo em minha pele e me fazendo apertar uma coxa na outra. Quando falou, sua voz era rouca e baixa mas nada carinhosa como das outras vezes, o alerta de perigo gritava a cada palavra.

- Primeiro, você levantou da minha cama. Queria te ver lá quando voltasse pra casa.

Em um puxão meu vestido rasgou-se e fiquei com ele suspenso somente pelas alças em meus ombros. Quis me mexer para retirar o que sobrou da roupa mas Alev me grudou ainda mais contra a parede.

- Isso não será para você só pra mim. Não goze, está proibida.

Será que ele não percebeu meu estado? Já estou quase tendo um orgasmo só de escutar sua voz raivosa em meu ouvido.

- Depois, seguiu por toda Istambul desfilando esse corpo que é meu.

Aliviando um pouco a pressão em minhas costas ele segurou meus seios em suas mãos grandes e ásperas e os apertou com força me fazendo gemer.

- Esse corpo é meu. Repita Anna.

Mas eu estava mais interessada em seu aperto que beirava a dor mas ao mesmo tempo me fazia estremecer por inteiro. Sem paciência para esperar uma resposta, ele cravou as unhas em mim e soltei um grito.

- Diga.

- Meu corpo é meu.

- Sempre me desafiando...

Ouvi o barulho do cinto sendo aberto e a calça de Alev indo ao chão. Minha intimidade pulsava com a ânsia do que estava por vir. Ele encostou-se novamente em mim, cutucando a ereção em minhas nádegas. A calcinha que era nova se desfez entre seus dedos. A respiração dele era pesada e mesmo mostrando-me um lado seu que não conhecia, podia jurar que Alev estava se segurando para não despejar toda sua fúria sobre mim.

- Porque não consegue me obedecer como uma boa esposa?

- Não sou sua esposa.

- Resposta errada. Abra as pernas.

Mas antes que pudesse executar qualquer gesto dois dedos me invadiram e eu além de afastar as pernas, empinei o quadril para ele. Seus movimentos foram duros e rápidos arrancando gemidos e palavras sem nexo da minha boca.

- Sabe porque está tão molhada assim? Porque eu estou te tocando. Eu e ninguém mais entendeu?

Sim, eu sei essa resposta desde o primeiro dia que vi Alev na frente. Vivi entre muitos homens, soldados e seguranças, todos eles adorariam deflorar uma empregada virgem mas nunca senti por nenhum deles o mesmo que sinto por meu futuro marido. Esse desejo, essa loucura, essa necessidade de entregar tudo para ele e mais ainda de tê-lo para mim, é a certeza de que independente das consequências fiz a escolha certa.

Quando senti que estava prestes a explodir seus dedos me abandonaram e resmunguei em protesto. Meu corpo foi virado e fiquei de frente para ele. Sua expressão era uma miríade complexa de sentimentos, quase dolorida, como se fosse impossível para um homem normal suportar. Em minha frente não havia mais o Alev irritante e debochado, aqui estava o capo, alguém acostumado a dor ordens obedecidas cegamente.

- Mãos acima da cabeça.

- Quero tirar sua camisa.

- Não. Você...

Sua boca retorceu de desgosto e me perguntei o porque mas antes de obter respostas meus braços foram erguidos para cima e minha clavícula atacada por beijos famintos que deixarão minha pele roxa com certeza.

- Gostou de ser paquerada? Minha noiva aceitando bebidas e flertes de outro!

Seu rosto muito perto do meu, encarou-me pela primeira vez no fundo dos olhos. Os dele estavam, sem palavra melhor para definir, loucos. Vi neles posse e também dúvida.

- Diga Anna, gostou daquele sujeito? Ele é seu tipo de homem?

- Claro que não! Foi só uma brincadeira... Não acredito que colocou um guarda para me vigiar o dia todo!

- Um? Botei sete dos meus melhores soldados no seu encalço me dando atualizações a cada quinze minutos.

- Alev isso é... Uma loucura... Eu só saí...

- Você é minha Anna. Cuido do que é meu.

Em seguida sua boca caiu em meus seios deixando-os vermelhos entre mordidas e chupões. Arqueei o corpo e colei a parte de trás da cabeça na parede, já não confio mais em minhas pernas bambas para me manter. Quis muito abaixar os braços e mergulhar as unhas em suas costas, mas achei melhor não abusar da sorte. Já exigi mais paciência dele do que suspeito que qualquer outra pessoa tenha feito.
Meu quadril se projetou de encontro ao seu numa súplica por alívio.

- Alev... Por favor...

- Diga quem é o dono do seu corpo.

Respirei profundamente, ele se afastou de mim, certamente esperando uma resposta contrária. Se eu disser que não sou dele, além de ser uma mentira, ficarei sem o prazer que necessito desesperadamente. De que adianta negar algo a esse homem? Ele já teve tudo de mim sem pedir, e darei ainda mais se ele quiser.

- Meu corpo é seu. Eu sou sua. Sua e de mais ninguém.

Pude vê-lo tremer violentamente, sua respiração tornou-se ainda mais rápida e curta, a cabeça de meu noivo pendeu para trás meu nome saiu rasgado de seus lábios em uma mistura de adoração e fúria.
Ele se jogou sobre mim e era tudo que eu precisava. Desci os braços e minhas mãos arrancaram a camisa fazendo saltar botões por todos os lados e deixando nu aquele peitoral gostoso e lisinho.
Alev se encaixou na minha entrada e empurrou com força me fazendo saltar para cima e para baixo contra a parede.
Enganchei minhas pernas em sua cintura e ele conseguiu ir mais fundo.

- Você foi a uma boate... Vestindo um pedaço de pano...

Suas estocadas eram duras e a cada delito meu que ele recordava se tornava mais furioso.

- Bebendo e dançando... Fodidamente perfeita... Todos os homens babando...

Enterrei minhas unhas em seu ombro. Não foi nem um pouco parecido com a romântica primeira vez, mas descobri que gosto de algo mais bruto e selvagem. Quando senti meu orgasmo vindo me apertei ainda mais contra ele querendo me fundir em seu corpo, não sendo suficiente a proximidade.

- Minha. Minha Anna.

Essas palavras foram o gatilho que me fizeram explodir em volta dele que se derramou dentro de mim em seguida.

Ficamos na mesma posição esperando a respiração se normalizar. Alev colou a testa na minha e eu depositei pequenos beijos em seus lábios.

- Você cortou a franja.

- Gostou?

- Não sei. Tiraram um pedaço seu sem meu consentimento.

- Alev, é só cabelo.

- Mas ele é meu, assim como o resto.

Em silêncio fomos ao banheiro e tomamos banho juntos. Depois enrolados em roupões caminhamos até o seu quarto. Alev me deitou e depois se colocou atrás de mim abraçando-me. Quando já estava quase dormindo ouvi sua voz.

- Foi demais pra você? Está dolorida?

- Um pouco... Mas eu gostei.

- Que bom. Durma agora. Amanhã temos uma festa de noivado.

- De quem?

- Nossa é claro.

Paixão MafiosaOnde histórias criam vida. Descubra agora