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Lealdade. Honra. Vingança. Amor...
Qual sentimento mais importante no mundo da máfia?
Vamos descobrir juntos quais segredos e surpresas envolvem nossos personagens que juram não ter coração, até encontrar a pessoa que vai bagunçar todo seu mundo.
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Um capo fraco. É isso que meus homens devem sussurrar pelos cantos. A Itália, nosso maior inimigo, vem ganhando domínio... Primeiro tiraram a vida de minha mãe e agora mantiveram Savas em cativeiro e só não o mataram graças a Giulia. Malditos... Preciso de vingança, quero puni-los por tamanha ousadia, ver a ruína de Dom Fiore... Lealdade é algo raro em nosso mundo, um bom Capo governa através do medo e respeito, se um desses elos estiver enfraquecido, o poder oscila, fazendo com que os homens questionem seu comando. Me tornei o chefe da Yasa após dar um fim na vida miserável do meu pai. Por sangue e sucessão o cargo seria meu de qualquer modo mas, meu feito eccoou por todas as famílias da máfia, fazendo os homens temerem meu nome, afinal quem tem coragem de matar o próprio pai, é capaz de tudo. Foi assim que por muito tempo mantive as coisas sob controle, mas agora com a notícia da tortura de Savas somado a uma mulher e filho italianos, alguns grupos mais resistentes podem vir a questionar minha capacidade como Capo. Preciso de algo grande... Entregar a cabeça de Dom Fiore traria estabilidade novamente e as fofocas sobre mim cessariam.
O silêncio do meu escritório é quebrado por um barulho estranho. Já é madrugada e todos devem estar dormindo... O som não pára e sacando minha arma vou para o andar de cima sorrateiramente no escuro. Conforme me aproximo dos quartos, identifico o barulho como sendo choro de bebê, ou melhor de Lucca. Claro que para mim foi estranho porque nunca tive uma criança por perto... E agora tenho um sobrinho! Savas é mesmo cheio de surpresas... Virou meu irmão de sangue, arrumou uma mulher italiana e um filho, tudo em menos de um ano. Agora de lobo solitário, passei a anfitrião de um bando barulhento, além de tio, cunhado e irmão...
Entro no quarto da criança e lá está a menina que veio junto com eles, Anna. Quando a vi ainda mais cedo no estacionamento do bar, levei um choque com sua beleza. Não que me falte opções, todas as mulheres mais lindas sempre se jogaram aos meus pés, mas tem algo nessa Italianinha que é diferente. Ela está com Lucca no colo, embalando o menino sem parar enquanto seu choro aumenta ainda mais.
- Me dê ele.
Anna que estava de costas para a porta saltou tão longe quanto foi possível e gritou histericamente. Droga... Avancei sobre ela tapando sua boca com minha mão. Seus olhos arregalam-se em uma proporção assustadora. Mesmo tendo o menino entre nossos corpos, podia sentir o martelar frenético do seu coração.
- Quer acordar a casa inteira? Maluca!
Ainda com meus dedos pressionando seus lábios, ela balançou a cabeça em negação.
- Ótimo. Agora vou te soltar, fique quieta e me dê a criança.
Lucca ainda chorava desesperadamente e foi só eu solta-la para que ela seguisse embalando-o de costas para mim, nitidamente ignorando minha ordem. Meu sangue ferveu. Se fosse um homem a fazer isso com certeza seria seu último gesto em vida, mas Anna é mulher e eu jurei sobre o túmulo de minha mãe, nunca maltratar uma.
