CAPÍTULO 32

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POV: Camila Martin

Começo a regularizar minha respiração, aos poucos meu coração entrava num ritmo normal.

Estava deitada ao lado de Kate em sua cama, olhava para o teto do quarto enquanto sentia meu corpo todo relaxar.

Então finalmente virei meu rosto e vi Kate na mesma posição, olhando para mim, ela cedeu um sorriso e então se virou e me puxou pela cintura para mais perto, joguei minhas pernas sobre as dela, ela me aconchegou em seus braços, havia uma felicidade em meu peito que era impossível descrever.

Não era pelo sexo em se... Óbvio que foi bom, ninguém nunca conseguiu me fazer perder o ar como ela fazia. Mas estar ali com ela, abraçada, do carinho, eu senti falta dela! De como ela era comigo, como era doce, carinhosa, romantica.

Então ela afastou seu rosto do meu e pude ver seus olhos, já que havia uma luz acessa que vinha do corredor.

- Você se lembra quando nos beijamos a primeira vez? (Kate)

- Claro! Você me beijou e eu surtei e sai correndo.

Ela sorriu, mas logo em seguida balançou a cabeça negativamente.

- Correção, você me beijou primeiro!

Eu sorri.

- E depois você foi na festa na minha casa, atrás de mim.

- Parecia loucura, depois de apenas um beijo, mas eu precisava ir. (Kate)

- Quando eu te vi lá... Fiquei morrendo de vergonha. Depois fiquei com ciúmes porque pensei que você tinha ido por Alisa.

- De jeito nenhum eu tinha ido por causa da sua irmã. (Kate)

- As vezes eu pensava que se eu tivesse feito as pazes com minha irmã, nada daquilo teria acontecido, talvez tivesse sido uma disputa saudável por você.

Eu sorrir, imaginando a situação.

- Não haveria disputa. Para existir uma disputa a pessoa disputada teria que ter dúvida de qual escolher, eu não tinha dúvida por quem eu tinha me apaixonado. (Kate)

Eu sorri e dei um selinho em seus lábios.

- Sabia que eu conheci Alisa, primeiro que você!? (Kate)

- Não! Acho que você nunca comentou isso.

- Foi no mesmo dia que te vi na aula de história. Estava no corredor, procurando minha primeira aula quando Alisa surgiu e ofereceu ajuda. O jeito como ela me olhava... Parecia que ela ia me atacar ali no corredor mesmo. Mas eu apenas aceitei a ajuda e fui embora. (Kate)

- Então você ha viu primeiro e não se interessou?

- Ela era bonita, mas... Eu não queria confusão, só queria ser invisível e terminar o ensino médio. Mas quando eu vi você... Eu não sei o que aconteceu comigo. (Kate)

Eu sorri que nem uma adolescente apaixonada, uma boba, porque Kate sempre me deixava com aquele sorriso bobo. Era assim no passado e pelo jeito é assim no presente.

Eu beijei sua boca, lento e calmo, sentia seu carinho ao acariciar meu braço enquanto trocamos um beijo apaixonado.

Ela separou nossos lábios e pude ver que sua expressão mudou, parecia tentar encontrar as palavras certas para dizer.

- Você sabe que ninguém pode saber do nosso envolvimento? (Kate)

- Por conta do caso!

- Isso! Você é uma civil, dando informações de um suspeito para o FBI, além de trabalhar infiltrada, se as pessoas souberem que nos envolvemos... (Kate)

O PODER DE UM OLHAROnde histórias criam vida. Descubra agora