CAPÍTULO 44

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POV: Kate Lockhart

Faltava pouco tempo para o sol nascer quando acordei, percebi pela pouca luz que entrava pela fresta da janela.

Olhei para meu lado e vi Camila dormir em meu ombro, ela respirava profundamente, denunciando um sono profundo.

Eu me peguei sorrindo enquanto olhava para ela, nem parecia a mulher mais teimosa que eu conhecia, naquele momento ela tinha um semblante calmo e fazia um bico com seus lábios.

Ela me deixava mole demais, boba demais. Ao que parece era isso que o amor fazia com as pessoas.

Aquela havia sido a melhor noite sono desde a minha suposta morte, mesmo dormindo poucas horas, não tinha nada haver com sexo, era por estar com ela em meus braços, era o aconchego que eu sentia dormindo ao seu lado e eu queria mais noites como essa, queria infinitas noites dormindo e acordando ao lado dela.

Eu suspirei e fechei os olhos, podia tentar dormir mais um pouco e aproveitar mais dessa paz no meio de todo caos que já havíamos vivido e que talvez ainda fossemos viver.

Ouvi meu celular vibrar!

Então abri os olhos e estiquei o braço até a mesa de cabeceira e peguei o aparelho.

Era uma mensagem de Hanna.

- Vem até o bar, agora!

Droga!

Coloquei o celular de volta no móvel e comecei a me desvencilhar do abraço de Camila.

Assim que conseguir sair da cama, peguei minha roupa que estava no chão e me vesti rapidamente.

Enviei uma mensagem pra Hanna, dizendo que estava a caminho.

Peguei o celular e sai do quarto sem fazer barulho.

Não demorei pra chegar no bar e encontrar com Hanna.

- O que foi?

- Eu ia te ligar antes, mas deixei você aproveitar. (Hanna)

Eu apenas mantive minha expressão séria enquanto ela cedia um sorriso de canto.

- O que aconteceu? (Hanna)

- O seu amiguinho misterioso, ele saiu mais cedo hoje. (Hanna)

- O que? Para onde ele foi?

- Não se preocupe, eu o segui e acho que achei a localização do seu alvo! (Hanna)

- Que horas?

- Era umas 3:30h da madrugada. (Hanna)

- Então ele recebeu alguma ligação antes de ir! Vamos olhar a câmera na casa dele.

Entrei em casa e dou de cara com Camila de roupão em pé na entrada do corredor.

Ela olhou para mim e em seguida para Hanna.

Camila não falou nada a respeito de Hanna, mas não ia demorar. Principalmente pelo olhar que ela deu para a mulher que estava logo atrás de mim.

- Bom dia. (Camila)

- Bom dia. (Hanna)

Abri o computador sobre a mesa e puxei a gravação do horário que Hanna havia dito.

Dava para ver a luz ascender, ele pegou o telefone.

Ativei o som da câmera.

- Oi, algum problema? (Homem)

...

- Agora? (Homem)

- ...

- Estou a caminho! (Homem)

O PODER DE UM OLHAROnde histórias criam vida. Descubra agora