CAPÍTULO 20

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POV: Camila Martin

Ao chegar na entrada, que na verdade era a entrada para o jardim da mansão no lado oeste da propriedade, havia um portão enorme cercando todo o jardim, um tapete vermelho foi colocado até o portão onde vejo um homem de recepcionista, ele checando o convite de cada pessoa que chegava, retiro o meu da minha bolsa de mão e ao me aproximar, ele sorrir.

- Boa noite.

- Boa noite.

Ele tem um tablet em mãos.

Entrego meu convite, no entanto ele não pega.

- Esse convite fica com a senhora, como lembrança, só preciso escanear o código no verso.

Ele escaneia o código no verso do convite.

- Perfeito, tudo certo! Seja bem vinda, Sra. Martin.

- Obrigada.

Eu passo por ele e caminho por entre o jardim que era bem alto, o tapete se estendia até um portal de flores onde chegamos na parte de trás da grande casa, que tinha uma piscina grande, ao redor um jardim de rosas impecável, mais na frente um salão imenso ao ar livre, com muitas luzes e uma decoração chique com rosas naturais.

Havia várias pessoas espalhadas em torno da piscina e no salão de frente a mesma.

Todos bem vestidos, os homens com seus ternos chiques de alfaiate, as mulheres com seus vestidos caros de puro glamour, odiava esses lugares assim como odiava os restaurantes chiques que Elise gostava de ir.

Um garçom se aproximou com uma bandeja cheia de taças de champanhe.

- Senhorita.

- Não, obrigada.

- Deseja algo diferente?

Eu não ia beber cerveja naquela festa, provavelmente nem tinha. Eu odiava champanhe, uma bebida totalmente sem graça.

- Cosmopolitan.

- Sim, senhora.

O garçom saiu em direção ao bar enorme, muito bem montado, alguns homens estavam no balcão tomando seus whiskys.

Caminhei próximo a piscina enquanto observava ao redor, havia muita agente, todos conversando enquanto uma música clássica era tocada ao som de piano e violino por alguns músicos, que estavam num palco montado no meio do salão em frente a piscina.

Havia pilastras com um designer grego em em torno do salão, havia dois degraus para subir, ao subir vi no meio do salão uma mesa redonda com uma caixa grande, dourada com um cadeado com segredo.

Me aproximei da mesa e olhei bem, em cima da caixa havia uma abertura, espaço suficiente para passar um papel.

- Muito extravagante?

Uma voz masculina, grave falou bem próximo de mim.

- Talvez!

Respondi sem olhar quem havia falado, mas assim que virei percebi quem era.

- Senhor Bradford!

- Senhorita Martin, é um prazer lhe ver novamente! (Thomas)

Ele estendeu a mão para me cumprimentar, pegou minha mão e levou até seu rosto, dando um beijo suave sob o dorso de minha mão.

Não conseguia ver aquele homem como um traficante sexual. Isso era inacreditável, como alguém poderia ser tão dissimulado?

Ele se afastou da minha mão e manteve suas mãos atrás das costas.

O PODER DE UM OLHAROnde histórias criam vida. Descubra agora