CAPÍTULO 41

50 5 7
                                    

POV: Camila Martin

Quinze dias!

Quinze dias e ainda não achei nada, nenhuma evidência, pista de onde aquelas duas estão.

Passei esses dias visitando vários hotéis na ilha principal.

Claro que tinha que ser discreta, se alguma das duas soubesse que estava ali, viriam atrás de mim e eu não teria chance.

Minha melhor chance era pegar elas desprevenidas.

Susan não espera que eu venha atrás dela, essa é a minha vantagem.

Por isso não poderia sair por aí mostrando a foto dela para qualquer um.

Então após dez dias nessa ilha, percebendo que ela não estava ali, decidi partir para procurar nas ilhas vizinhas.

O problema era que as ilhas em torno não eram muito adeptas aos turistas.

Então pedir informações era como pedir ajuda a uma parede.

Em alguns momentos chegava a ser perigoso.

Mas o fato era que eu havia achado uma pessoa após os dez dias... O mesmo homem que estava naquela festa de arrecadação de fundos, na casa dos Bradford.

Alto, aparentando uns trinta anos. O FBI não achou nada sobre ele, nem mesmo um nome.

Nas festa ele estava de rosto limpo, sem barba.

A única coisa que me fez lembrar dele foi a tatuagem em sua mão, pois sua barba estava grande.

Durante cinco dias fiquei vigiando todos os seus passos.

Ele estava em um pequeno chalé em uma das ilhas menores.

Ele saia todos os dias, ia até um hotel na ilha principal. Curtia a piscina, bebidas e mulheres.

Em seguida ele voltava para o chalé novamente.

Todos os cinco dias foram iguais.

Mas nada de Susan ou Elise.

Eu já estava perdendo a paciência com aquele ciclo, todo santo dia!

Se alguém sabia do paradeiro de Susan e Elise, era aquele homem. E eu tinha que tirar a informação dele.

Foi aí que decidi comprar uma arma, eu ia precisar de uma de qualquer jeito quando encontrasse Susan!

Eu sabia que ele passaria a tarde no hotel, bebendo, decidi esperar ele voltar para o chalé, já que lá era mais isolado.

Era final do dia e já estava escuro.

O lugar era precário de iluminação durante a noite.

No entanto naquela noite, havia uma lua, que ajudava um pouco.

Fiquei esperando em um pequeno bar na ilha menor.

O bar era praticamente a beira mar, o que dava a visão do pequeno píer onde os barcos pequenos chegavam.

Eu vi quando o pequeno barco chegou com o homem que eu esperava.

Eu observei ele descer e caminhar.

Era o momento de eu me levantar e sair, mas uma mulher surgiu na minha frente.

- Acho melhor você ir!

Olhei a mulher que parou na frente da minha mesa.

Ela tinha a pele bronzeada pelo sol.

Cabelos ondulados, olhos castanhos e um olhar sério. Ela aparentava ter uns vinte e oito ou trinta anos. Ela era bonita.

- Ok.

O PODER DE UM OLHAROnde histórias criam vida. Descubra agora