- Chapitre vingt-deux

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A mídia veio pra cima com tudo. Não conseguia nem sair de casa. Eram manchetes e mais manchetes sobre o juiz que matou a família e como a filha havia escapado do massacre. Eu não podia sair para caminhar com o Simba, como eu fazia com a May todas as tardes, não podia sair para ir para a terapia e muito menos sair apenas para esticar a perna. Não me sentia confortável em andar por aí sozinha, ainda tinha medo de acabar encontrando com o meu pai e ele tentar fazer algo contra mim. Então  sempre saia acompanhada por May e um segurança. Sim, um segurança. Mesmo que ele não ficasse na nossa cola, ainda assim ficava nas proximidades. Segundo o Stark era para não nos manter pressionadas, mas mesmo não estando tão próximo, era horrível ter que andar com um segurança.

Mudava de canal preguiçosamente, procurando algo de interessante na televisão, a maioria dos canais de noticiário falavam sobre o meu pai, e sobre o que havia acontecido. Stark fez de tudo para que minha foto não fosse colocada nos noticiários, a fim de me dar um pouco de privacidade, mas de qualquer forma, fotos minhas estavam circulando na Internet.

—  Simba, desce do sofá. —  May apareceu na sala, abrindo a cortina brutalmente, fazendo os raios solares adentrar o apartamento queimando as minhas retinas. —  Querida, você tem visitas.

—  Visitas? Sério? —  Revirei os olhos de maneira preguiçosa.

—  O Policial Carl quer falar com você. —  Ela diz e eu finalmente me ajeito no sofá, fazendo um coque meio desengonçado apenas para melhorar meu visual desleixado. Sinalizo para que a mais velha deixe o policial entrar e desligo a TV.

—  Bom dia, Srta. Watson. —  O homem fardado me comprimento, sentando— se na poltrona de couro.

—  Bom dia, eu não uso meu nome do meio. Pode me chamar só de Michelle. —  Digo, suspirando cansada. Nem havia começado o novo interrogatório e eu já estava com dor de cabeça.

—  Tudo bem, Michelle. Bem, uma equipe especial localizou o paradeiro do seu pai, estamos averiguando os fatos. É possível que consigamos capturá- lo ainda hoje. —  Ele diz, fico contente com a notícia, mas saber do meu pai não era uma das coisas que eu gostava muito. —  Mas não viemos falar disso, a perícia encontrou amostras de teia sintética no local do crime. A amostra é semelhante à teia usada pelo Homem— aranha, ele tem algum envolvimento no caso?

—  Não. —  Sou rápida em responder. Não era mentira, é também havia sido instruída a responder esse tipo de coisa, mais cedo ou mais tarde levantariam essa questão. —  Trabalho com o Tony Stark, e as teias achadas na cena do crime são um projeto que vinha trabalhando, acabei usando a favor da minha defesa. —  O Policial faz algumas anotações em seu caderno, parando algumas vezes para analisar minhas expressões. Sabia como os policiais detestavam toda essa história de Super— Heróis fazendo o trabalho deles. Principalmente quando se tratava de Tony, que tinha um código extremamente burocrático em relação às investigações.

—  Tudo bem, temos um mandado de busca para apreender seu celular e computador. —  Reviro os olhos, pois era a segunda vez que aprendiam as minhas coisas. Meu celular novo não tinha muitas coisas como o primeiro. Desde quando Peter revelou sua identidade, tomamos o maior cuidado com as mensagens que trocávamos caso acontecesse algo como esse. Alcanço meu celular na mesa de centro.

—  Só tem fotos do Simba, já que vocês pegaram o outro. E bem, meu computador fica com a May. —  Digo e lhe entrego o celular. May se levanta do sofá e vai buscar o computador. Após entregá- lo se senta ao meu lado. —  Tudo que vocês vão achar aí são as minhas terapias em vídeo, e a chamada com o meu namorado. No máximo umas pesquisas. Mas já que insistem, podem levar. —  May me olha de cara feia, me repreendendo por ser tão grosseira.

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