- Chapitre trente cinq

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— Já fazem três dias!  — Esbravejei irritada, meu namorado estava desaparecido faz três dias. Todos já estavam sabendo do acidente que havia rolado e até mesmo May havia notado tamanha semelhança com o acidente que envolveu o irmão há quase dezessete anos atrás.

— Ele desativou o localizador! Você quer que eu faça o que? Magia?  — Tony pergunta de maneira grosseira, puxando os próprios cabelos. May havia retornado de viagem no dia anterior, me deixando ainda mais preocupada. A barriga parecia ter crescido muito nos últimos quinze dias e todo aquele estresse não fazia bem para ela e nem para o bebê.

— Não sei, isso tudo é culpa sua! Você não deveria ter dito aquelas coisas para ele!  — Cruzei os braços extremamente irritada.

— Você nem sabe o que aconteceu entre nós dois.  — Tony revirou os olhos, me deixando à beira de um surto.

— Tudo bem, eu realmente não estava presente. Mas por ironia do destino, o Peter que já estava esquisito e distante, ficou mais ainda. Além do papo furado que precisava ser o melhor para a cidade e para mim.  — May olhava de um lado para o outro, acompanhando ansiosamente toda aquela discussão.  — Sei que o que disse não foi coisa boa e se você for um herói de verdade, você vai atrás do Peter e vai trazê-lo em segurança até em casa.

— Você acha que é fácil assim? Estalo os dedos e pronto, tudo resolvido. Não é garota, o mundo não é como você acha que é.

  — Olha, não vem com esse papo que eu não sei como as coisas funcionam. Nós dois sabemos muito bem que eu já lidei, e não vai ser você que vai se crescer pra cima de mim como fez com o Peter.   — Minha respiração estava ofegante, me sentia exausta. Não pregava os olhos desde que meu namorado tinha saído de casa.  — Então pela última vez, você vai atrás do Peter, o trazer de volta em segurança e estaremos resolvidos.

— Eu não sigo ordens de uma criança.  — Ele me dá as costas e sai do cômodo, indo até a cozinha. Aquilo é suficiente para me fazer perder a cabeça, então vou até o quarto do Peter reviro o closet para achar o antigo lança-teias, o primeiro que ele projetou. Pego alguns cartuchos e recarrego o dispositivo. Volto ao meu quarto, coloco uma roupa melhor, coloco joelheiras, cotoveleiras e um capacete de bicicleta. Meu corpo inteiro doía, mas não deixaria de tentar encontrá-lo.

  — Michelle, aonde você vai vestida desse jeito?  — Happy me perguntou assustado.

  — Atrás do Peter.  — Digo nervosa, testando os lança teias algumas vezes.

— Filha! nem pense nisso, você não está em condições.  — May barrou a minha passagem até a porta.

— Deixa ela, May. Está se sentindo tão adulta e valente. A própria Mulher-Aranha, um protótipo de lança-teias, equipamento de proteção de ciclismo… Uau!  — Tony me provocou.

— Bom, não sou eu que tenho um uniforme de bilhões de dólares. Então estou me virando com o que eu tenho  — Respondi extremamente irritada. Por ironia do destino a campainha toca e Simba vai correndo arranhar a porta. Happy é quem abre a porta, dando passagem à Rhodes e Peter quase carregado.   

— Acho que isso pertence á vocês.  — Rhodes brincou sem jeito, tentando aliviar o clima tenso existente no lugar.

— Céus!  — May suspira aliviada ao ver o sobrinho aparentemente bem. Porém antes de abraçá-lo, Peter faz de tudo para ir até seu quarto, mancando durante todo o trajeto.

— Onde ele estava?  — Happy perguntou aflito.

— Preso em um Outdoor, não sei o que aconteceu, mas acho que ele..

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