Sabe quando o dia já começa dando errado? Foi exatamente assim que acordei nesta segunda-feira. Meu corpo inteiro doía, minha cabeça pesava e tudo que eu mais queria era ficar imóvel agarrada ao meu namorado o dia todo. Que por sinal, assim que despertei em sua cama senti a ausência de seu calor, me sentindo abandonada, largada, mal amada. As lágrimas grossas molharam o meu rosto e eu encolhi o meu corpo dolorido na cama, odiando ser mulher e ter que passar por essa situação todo mês.
A porta do banheiro se abre e Peter sai com uma toalha amarrada na cintura, seu cheiro de banho preenche o ambiente. Então ele pára e me olha preocupado.—Deusa? Oh meu Deus, o que foi? — Ele se senta ao meu lado, abraçando meu corpo com força. Soluçava contra seu ombro nú, me ajeitando em seu colo. Não me importava com as gotas de água que pingava de seus cabelos,
— Você me deixou sozinha, pensei que não queria mais namorar comigo. — Desabei em prantos, me agarrando contra seu abdômen, encolhida em seu colo com uma cólica infernal.
— Eu fui apenas tomar um banho meu amor, não pensei que fosse ficar chateada. — Ele beija o meu pescoço, me apertando contra si, fazendo meu corpo doer ainda mais. Acabo chorando de dor e ele se afasta ainda mais preocupado. — Muita força, desculpa. Onde tá doendo?
— Tudo! Tudo tá doendo. Tem um bebê rinoceronte dançando ballet na minha barriga, faz ele parar. — os soluços desesperados saiam dos meus lábios.
— Acho melhor você ficar em casa hoje, não é o seu dia. — Ele pega o cobertor grosso que forrava a cama, colocando sobre minhas costas. — Vai ficar bem quentinha aqui, eu trago um chazinho bem gostoso com biscoitos e ligo a TV. Que tal?
— Você vai ficar comigo? Eu quero você, Peter. Quero carinho, amor e uma massagem. — Digo manhosa, sentindo o fluxo de lágrimas diminuir, me sentindo amada e acolhida.
— Não posso faltar, vida. Tenho prova hoje. — Ele diz e eu volto a chorar desesperada. Não aguentaria passar a manhã sem ele, ainda mais sabendo do ninho de cobras que tinha naquela escola. — Não, não chora. Por favor. Eu vou acabar chorando junto com você e não vou saber o que fazer. — Sua voz era chorosa, e seus braços foram firmes em me abraçar de novo.
— Eu vou com você, então. Não quero aquelas cobras perto de você. — Digo me afastando um pouco, encarando seus olhos úmidos pelas lágrimas acumuladas.
— Amor, você não tá bem. Eu só tenho olhos para você, a mulher mais perfeita do mundo todo. E se a sua preocupação for que eu dê atenção para qualquer garota que não seja você, pode ficar despreocupada. Eu te amo muito e seria burrice te deixar. — Ele beija meu pescoço novamente, subindo lentamente seus lábios até o meu rosto. — Eu te amo demais, gostosa. Não tenha dúvidas disso.
— Eu não duvido, amor. Mas não quero nem imaginar aquelas garotas chegando perto de você. Vou para escola sim! — Me levantei de seu colo determinada, não dando atenção ao meu namorado que dizia que aquela não era uma boa ideia, que eu não estava bem para sair de casa. No final, ele arrumou meu cabelo no carro, fazendo um coque com trancinhas e mechas soltas no meu rosto. — Descemos do carro de mãos dadas e ele se prontificou em segurar a guia de Simba que estava saltitando alegre pelos corredores do colégio.
— Já tomou seu remedinho? — Ele perguntou e eu concordei com a cabeça. — Está se sentindo melhor?
— Um pouco. — Eu o abraço, sentindo a carência me consumir. — Você tá tão cheiroso e quentinho amor. Me dá um beijo?
— Só um? Eu vou dar vários. — Ele me puxa pela cintura e deposita vários beijos molhados em meu rosto. Meu namorado sabia mais do que ninguém que eu ficava extremamente manhosa e grudenta quando estava no meu período e isso o deixava ainda mais atencioso e gentil. — Como eu amo você! Porra, que mulher perfeita. — Seu nariz se perde na curva do meu pescoço, absorvendo meu perfume me deixando zonza.
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This is Love • Spideychelle
Fanfiction𝑪𝒐𝒏𝒕𝒆𝒖́𝒅𝒐 𝒔𝒆𝒏𝒔𝒊́𝒗𝒆𝒍 +18 ᪥ Quando se torna maior do que qualquer necessidade. Quando se torna a luz ao meio das trevas. Quando sentir que se tornou impossível de controlar. Isto é o amor. Um desafio entre a razão, a justiç...