𝐴𝐾𝑈𝑅𝐼𝑁 - 0.1

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Depois das coisas que passei no Texas, e das coisas que fiz lá após o acidente com meu irmão, minha mãe me mandou de volta pro Japão para morar com meu pai por que ela não aguentava mais olhar para a minha cara e me culpar pelo o que aconteceu com meu irmão.

Meu pai tinha construído outra família, então ele me deixou morando sozinho, mas me ajuda com as despesas da casa e me visitava em alguns finais de semana.

Para não depender tanto assim do meu pai comecei a trabalhar meio período em uma conveniência, de manhã eu ficava na escola e de tarde cuidava da loja. O dono foi super compreensível com a minha situação, ele sabia da minha fama da infância e como ele gosta de dizer...

--- É como ter um cão de guarda. Vou sair pra resolver uns assuntos, cuida da loja Akurin. - o mais velho me comprimenta com um aceno enquanto abre a porta.

--- Pode deixar chefia... - o mais velho sai da loja e eu fico alguns segundos encarando a porta.

Depois de voltar meus pensamentos ando pela loja para ver se estava tudo organizado e arrumo a posição dos espelhos que instalei para cuidar os corredores caso alguém tentasse roubar algum produto.

O barulho do sininho da porta chama minha atenção então volto para a frente da loja, de relance vejo dois garotos no local eles se separam e cada um vai pra um corredor. Fico no balcão lendo um mangá enquanto olho os dois andando pelas câmeras e pelos espelhos.

Um dos garotos vem até o caixa carregando alguns pacotes de doce e de comida, começo a passar os produtos e no reflexo de um dos espelhos vejo o segundo filho da puta roubando umas bebidas.

--- Aí quatro olhos, é melhor a sua dupla devolver o que ele pegou se não as coisas vão ficar um pouco complicadas. - encaro o garoto a minha frente e seu olhar de puto mostrava que ele não era um adolescente qualquer.

--- Sabe com quem tá falando pra nos ameaçar assim seu merda?

--- Um filho da puta que não conseguiu dinheiro com a mamãe pra comprar o lanchinho?! - minha expressão de deboche irrita mais o garoto, ele estava se preparando para avançar em mim até o outro corno chegar.

--- O que tá acontecendo?

--- Esse fodido tá falando que você roubou alguma coisa da loja.

--- É só olhar a garrafa de vodka no bolso do moleton, ele tá segurando ela só com uma mão para disfarçar o peso no casaco. - encaro o mais alto e ele fica sério e em silêncio me olhando.

--- O dono nem percebia quando fazíamos isso.

--- Tá Wandinha devolve a garrafa, os pacotes de biscoito que estão no seu bolso da calça e eu não falo pro dono que vocês tentaram roubar.

--- Me chamou do que? - o mais alto fecha a cara e me encara por conta do apelido.

--- Tá com o pau no ouvido é? Anda devolve essas porra antes que eu pegue a força!

--- Aí seu merda olha como você fala com meu irmão! - o quatro olhos começa a latir mais alto, eu só o encaro de canto de olho e ele parece exitar por um tempo.

--- Cala a boca Laguna, você e a Annabelle vão sair daqui sem levar nada! Vamos devolvam tudo, ou terei que quebrar os dois? - pego um taco em baixo do balcão e deixo uma parte dele apoiado no meu ombro enquanto encaro os dois.

A duplinha começa a devolver as coisas que roubaram, eles ficam reclamando boa parte do tempo mas fazem o que mandei. O quatro olhos tenta avançar em mim mas subo no balcão e empurro ele pro chão e o imobilizo, o trancinhas tenta me bater mas ameaço socar o garoto no chão.

꧁☠︎︎O Sétimo Fundador☠︎︎꧂Onde histórias criam vida. Descubra agora