𝐴𝐾𝑈𝑅𝐼𝑁 - 1.7

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Depois de alguns minutos andando sem rumo paro em uma praça e abro uma das garrafas e começo a beber enquanto como as jujubas, aquele silêncio tava me irritando eu precisava escutar eles, nem que fosse para falar merda.

"Kuri ele não vai vai falar, que porra ele tá acumulando?"

--- Alguém tá afastando o maninho de mim... Crow tá com medo de perder de novo...

"Mas ele não vai sumir você viu o olhar dele"

--- Fala isso pro Crow. Se conseguir... Só vantagens. - quando percebo já estava no final da segunda garrafa. --- Não era a primeira...?

"A não... Sério Crow? Vai mexer nas memórias agora?! A gente não pode se perder no tempo agora."

--- Mais um dia normal, quando ele não faz isso...

"Ele vai cortar as memórias com o Kei... Certeza que é normal?"

--- Desisto... - viro a garrafa na boca finalizando o liguido que havia nela. --- Por que vamos jogar com essas cartas... Tipo... Vai doer cortar as memórias.

"Não ligo!"

--- Cadê o As?

"Não é da sua conta"

--- Tá bom, corta as memórias de toda uma vida, vai lá. O que pode dar errado?

"Você só sabe reclamar."

--- Digo o mesmo de você.... Ele é nosso irmão.... Você também ama ele.

"Não amo ninguém."

--- Crow... A gente tá com medo de perder alguém especial de novo, você fez a gente sentir esse medo... Você não faz isso atoa por que eu sei que é uma resposta da infância, então...

"Ele nos deixou sozinho, vai pagar com a vida! Eu vou.... Quer saber, foda-se."

Novamente minha cabeça fica em um silêncio total como se fosse uma grande sala branca e vazia, Crowley nos colocou em limbo, um lugar longe de todas as emoções possíveis, não sentir e não demonstrar um completo vazio pacífico.

Abro a última garrafa de vinho e começo a tomar enquanto como as jujubas, uma tentativa falha de me manter sobreo por um tempo já que doce me deixa elétrico assim como o álcool. Fazia tempos que não sentia esse início de vazio não sei mais como lidar com ele, meu celular toca com uma notificação e vejo que era uma mensagem de D.w perguntando se eu estava dormindo, parecia que Keisuke não me viu em casa. Eu ignoro a mensagem e vejo que eram quase 2 da manhã, eu perdi a noção do tempo de novo?

Eu não podia ficar na rua, e também não queria ir pra casa da minha mãe pra encontrar com o Keisuke... E se eu for pra minha casa D.w vai ficar me enchendo o saco...

"Não queria que isso doesse de novo... Odeio sentir essas emoções."

Finalmente o Crowley que conheço acorda e começa a fuzilar minha mente com seus gritos desesperados de ódio mas que imploram por ajuda, os gritos que só eu escuto e sei decifrar... Ele queria acabar com tudo isso e acabamos entrando em uma crise no vazio.

No mesmo instante que Crowley grita todo seu ódio por relembrar a dor de uma ferida da infância eu começo a chorar por reviver aquelas emoções de ter sido abandonado pelo meu primeiro amigo no Texas, o choro silêncio começa por um nó se formar na minha garganta quase me impedindo de respirar, só eram aliviados quando eu machucava meu braço.

"É a mesma coisa daquela época, e se você falar que aquele arrombado tá se sentindo mal por isso eu te mato Akurin!"

--- Mas ele tá... Dava pra ver no olhar dele... Não faz isso com a gente... - Crowley começa a gritar na minha cabeça e arranho meu braço com mais força pra tentar fazer ele parar.

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