𝐴𝐾𝑈𝑅𝐼𝑁 - 3.3

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Alguns dias se passam e Kazutora havia começado a fazer terapia sendo obrigado por mim, D.w tentou me obrigar a ir mas desviei o assunto fazendo ele desistir, o bananinha começou a estudar na mesma escola que eu graças as habilidades de hackeamento de Darwin.

Hoje era o segundo dia do pirralho trabalhando comigo, ele parecia menos nervoso do que ontem, foi o que achei até ele derrubar algumas coisas que estava arrumando na prateleira.

--- Vou descontar do seu salário! - fico olhando pro corredor esperando alguma resposta do garoto.

--- Ele não é o mesmo garoto que tentou roubar minha loja épocas atrás...?! - o olhar sério de Odasaku sobre mim me faz desviar o olhar do corredor e ficar olhando pro nada.

--- São águas passadas coroa, quem vive de passado é museu.

--- Vai ver o que ele aprontou. - Odasaku bate na parte de trás da minha cabeça com o jornal em suas mãos.

Vou para o corredor onde estava Kazutora e vejo alguns enlatados no chão e o garoto sentado do outro lado observando o pequeno estrago que fez, vou até ele e tiro as latas do chão colocando de volta na prateleira e depois me abaixando ficando na altura dos olhos dele.

--- Nossa é quase como olhar para um espelho.... O que foi?

--- Eu sei que você e o Mikey me perdoaram mas.... Por que? Porque você tá cuidando de mim...? Eu.. machuquei o Keisuke e... Quase...

--- Credo... Você parece eu no começo do ano, senhor.... Só para um pouco. - coloco minha mão sobre o rosto do garoto para fazê-lo ficar quieto. --- Kazu você tava sendo manipulado, daí surtou e fez merda.... Tá tudo bem criança, eu sei mais ou menos o que tá passando nessa sua cabeça de vento então tenta pegar leve... E eu tô cuidando de você por que eu vejo você como meu carma então... É minha responsabilidade cuidar de você já que minha progenitora te mandou pra cadeia.

--- Eu só tô te dando trabalho... Você devia ter me deixado assim como todo mundo... - a voz trêmula de Kazutora mostrava que ele tava quase que para chorar.

--- Tio Oda! - chamo pelo mais velho e em segundos ele aparece no corredor com um olhar preocupado. --- Sala do fundo...

--- Vai lá, eu cuido do lugar. - o mais velho joga o molho de chave para mim que pego no ar.

Levanto do chão e ajudo Kazutora a se levantar e levo ele em direção a salinha aos fundos da loja. Entramos no local e coloco ele sentado no sofá e fecho a porta, como era o início de uma crise então eu não acendo as luzes por que achei que ela podia incomodar.

C - "Vai continuar procurando redenção pelo Katsuo até quando no Kazutora?" - aquele olhar frio...

"O que...?"

A - "Agrediu com palavras e some? Crowley volta aqui mermão!"

C - "Vocês só estão tentando salvar ele para tentarem tirar a culpa de terem deixado ele ser preso, e vocês também sabem que esse estado do Kazu o Kat já teve, mais um motivo para vocês quererem proteger ele."

--- Por que você ainda tenta....? Eu não tenho mais jeito...

--- Porque eu tô vendo o Kat em você, e o medo e a culpa por não ter ajudado ele tão sendo refletidos agora... E também por que eu piorei mais ainda sua vida então me sinto responsável por isso.... - me sento ao lado de Kazutora e bagunça seu cabelo.

--- Isso dói...

--- Eu sei, e vai doer bastante... Aguentar sua cabeça a mil por hora, fuzilando todo dia o quão inútil você foi, a bela perda de tempo que você foi é tão.... Sei lá, faz parte do processo de ser uma bomba relógio que se destrói de dentro pra fora e machuca quem tá a sua volta. - olho para Kazutora e sua expressão chorosa mostrava que ele se identificou com o que falei. --- A gente é muito farinha do mesmo saco, credo.

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