a professora do meu filho (duanca)

capítulo 35

- amar é proibido viviane? -falei indignada.
- tantas pessoas no mundo e você vai se envolver justo com a mãe de um aluno nosso? me desculpa maria eduarda, mas eu não posso tolerar isso.
- porque não? qual o problema nisso? eu não tô fazendo nada de errado, e o meu namoro com a bianca é só fora da escola.
- primeiro que a bianca é mãe do seu aluno, segundo que ela é uma mulher e se mãe de algum aluno descobrir vai sobrar prar mim.
- eu te garanto que nenhum pai de aluno vai descobrir porque como eu disse meu relacionamento com a bianca é fora do meu ambiente de trabalho.

Assim que falei isso avistei o arthur entrando na escola.

- titio -théo vai correndo até ele.
- oii théo -arthur pega o théo e eles se abraçam.

Eu e a diretora olhamos pro arthur.

- o que tá acontecendo aqui?
- arthur você acha certo sua irmã namora com a mãe de um aluno?
- claro, se elas se amam eu não vejo problema nenhum nisso.
- ah mais eu vejo.
- e quem disse que isso importa? quem é você pra opinar na vida da minha irmã? tenho certeza que a vida amorosa dela tá bem melhor que a sua.
- quem você pensa que é pra falar assim comigo? e maria eduarda você não coloca os pés na minha escola enquanto não terminar com a bianca, passar bem -ela fala com muita raiva e sai.

Quando ela disse isso eu senti meus olhos encherem de lágrimas, aquele choro era de raiva e de tristeza por ainda existir pessoas com esses tipos de pensamentos homofóbicos.

- oh irmã vem aqui -arthur me abraça.
- mamãe não chora -o théo fala com seus olhos cheios de lágrimas.
- te amo filho -peguei ele no colo ainda chorando e dei beijinhos na bochecha dele.
- também te amo mamãe -ele me abraça chorando.
- vamo embora -arthur falou pegando as minhas coisas e as do théo.

Fomos pra casa, um silêncio durante todo o caminho, eu tava tentando entender e calcular tudo que tinha acabou de acontecer, eu fui demitida por amar a mãe de um aluno.
Quando chegamos em casa...

- o que você pretende fazer agora? -arthur pergunta.
- eu não sei arthur.
- você não tá pensando em terminar com a bianca né?
Esqueci de falar mas o théo dormiu no caminho e quando chegamos em casa eu coloquei ele na minha cama e fui pra sala com o arthur.

- você não tá pensando em terminar com a bianca né?

Eu respirei fundo, olhei pro arthur e falei:

- lógico que não, eu amo a bianca e não é a viviane que vai mudar isso!!
- é assim que cê fala, você é muito talentosa e tenho certeza que você vai encontrar uma escola que merece você.
- eu não queria deixar de dar aula pro théo -falei um pouco pra baixo.
- quando a bianca souber disso ela vai querer mudar ele de escola na hora.
- eu espero...
- eu acho que agora você precisa de um carinho do seu irmão, enquanto a sua namoradinha não chega -ele fala se sentando do meu lado e me abraçando.

Acabei adormecendo ali no peito do meu irmão enquanto ele fazia cafuné em mim.
Do nada eu sinto um toque delicado no meu rosto, um lábio encostando na minha bochecha e aquele cheiro apaixonante, abri meus olhos lentamente e quem tava ali era a bianca.

- oii namorada -ela fala sorrindo.
- oie namorada -falei sorrindo e pulando no colo dela.
- tô indo pro meu quarto, qualquer coisa eu tô lá -ele fala e sai.
- que saudade neném -ela fala beijando meu pescoço.
- também tava com saudade minha vida -falei sorrindo e iniciamos um beijo lento e calmo que se finaliza com selinhos.
- eu te amo muito sabia? -ela fala colocando meu cabelo atrás da orelha.
- eu te amo mais ainda sabia? -falei dando um cheiro no pescoço dela.
- cade o théo?
- ele tá dormindo lá no meu quarto.
- como foi o dia lá na escola?
- quer mesmo saber? -mudei totalmente minha expressão.
- claro, aconteceu alguma coisa? -ela me olha preocupada.
- eu fui demitida bianca -me segurei pra não chorar.
- o que? porque? -ela pergunta sem acreditar.
- a viviane descobriu que eu e você estamos namorando.
- como? quem contou pra ela?
- ela deixou o théo tão irritado com comentários desnecessários que ele acabou falando sem querer
- merda! eu sabia que isso uma hora ou outra ia acontecer.
- é, e agora eu não sei o que eu faço.