a professora do meu filho (duanca)

capítulo 46

- mas e o théo? ele tá com quem? -perguntei.
- ele quis dormir na casa dos meus pais -ela responde.
- ah que bom, vamo tomar um banho e ir dormir?
- aham, pode ser -ela responde pensativa.
- tá tudo bem vida? -perguntei preocupada.
- tá sim vida, relaxa.

Tomamos um banho, depois trocamos o lençol da cama e fomos dormir.
Duda narrando off

Bianca narrando on
Não consegui dormir nada, mesmo estando ali de conchinha com a mulher que eu amo eu só conseguia pensar em uma coisa, eu precisava contar a verdade pra ela, eu não aguento mais esconder isso dela, e uma hora ou outra ela vai acabar descobrindo e o melhor é que ela descubra pela minha boca.
No outro dia "acordei" já sabendo que hoje seria o dia em que a maria eduarda saberia da verdade.
Ela tava toda linda dormindo do meu lado, e eu apreciava cada detalhe do rosto dela sorrindo, sua cabeça estava no meio seio e eu podia sentir sua respiração suave, até que ela acorda e me olha com os olhinhos quass se fechando, PORRA COMO EU SOU APAIXONADA POR ELA.

- bom dia minha princesa -falei sorrindo fazendo carinho no rosto dela.
- bom dia vi -ela fala cheirando meu pescoço.
- tava te apreciando enquanto você dormia -falei fazendo cafuné nela.
- eu sou bonita dormindo? -ela me olha?
- vi você é bonita de todos os jeitos -falei com os olhos brilhando colocando o cabelo dela atrás da orelha.
- eu te amo neném -ela sorri e me da um selinho.
- eu te amo mais neném -falei sorrindo e ela retribuiu com beijinhos no meu rosto.

Ela deitou a cabeça no meu peito e eu fiquei fazendo cafuné nela.

- acho que eu tô com fome -ela fala olhando pro teto.
- vamo levantar e tomar café.
- mas eu não queria sair daqui -ela me olha.
- depois a gente volta pra cá.

Levantamos e fomos pro banheiro, fizemos nossas higienes pessoais e fomos até a cozinha preparar nosso café, comemos e logo voltamos para a cama.

- vida você não tem que buscar o théo? -ela fala mais eu a ignoro- vida? -ela me cutuca.
- ah...oi amor -falei caindo na real e saindo dos meus pensamentos.
- você não precisa buscar o théo?
- busco ele mais tarde, não tem problema.
- vida cê tá estranha, tem algo que você queira me contar -ela fala preocupada.
- na real tem sim uma coisa que você precisa saber -falei respirando fundo.
- pode falar, eu tô aqui pra te ouvir -ela fala fazendo carinho na minha mão.

Na hora minha coragem de contar sumiu, eu não ia conseguir explicar tudo pra ela, acho melhor deixar do jeito que tá.

- é que... eu te amo muito e acabo me perdendo -inventei uma desculpa pra não ter que contar pra ela.
- fala sério bianca.
- eu tô falando sério vida, era só isso mesmo.
- tem certeza? você sabe que entre a gente não pode existir segredo.
- eu sei, tá tudo bem neném -falei e ela me abraçou.
Bianca narrando off

Quebra de tempo, uma semana se passa...

Duda narrando on
Eram 17:00 horas da tarde, bianca estava no trabalho e eu em casa com o théo.
Estavamos no quarto dele fazendo ele dormir até que escuto o interfone tocando, deixei ele dormindo e fui abrir a porta dando de cara com o matheus.

- matheus? o que você fazendo aqui? -perguntei surpresa.
- eu vim ver o meu filho -ele fala sério.
- seu filho? que filho matheus? -eu não podia acreditar no que tava acontecendo, esse cara é louco?
- cadê o théo? eu sou o pai dele, tenho todo o direito de vê-lo.
- você só pode tá ficando louco, o théo não é seu filho.
- a bianca não te disse? nos já namoramos, por isso ela ficou com tanta raiva quando você ficou comigo.

Assim que ele disse isso, eu consegui juntar todas as peças e fazia muito sentido aquilo.

- matheus isso que você tá me dizendo é verdade mesmo?
- claro, porque eu iria inventar isso? agora cade meu filho?
- você acha mesmo que eu vou permitir que você veja ele? você pode até ter abusado da bianca e engravidado ela, mas você nunca vai ser o pai dele.
- eu sou o pai dele, tenho direito de ter a guarda dele e não é você que mudar isso.
- você acha mesmo isso? você abandonou a bianca enquanto ela tava grávida, você não foi homem suficiente pra assumir a guarda do bebê.
- por isso eu tô aqui, quero conhecer meu filho.
- agora já é tarde, o théo não precisa de um pai como você sabe por quê? porque ele já tem á mim e a bianca que amamos ele mais que tudo nessa vida.
- você não é nada do meu filho -ele aponta o dedo na minha cara.
- eu dou carinho, amor, cuidado, tudo que ele precisa, diferente de você que esperou dois anos pra tentar ser pai.

Na mesma hora que eu falei isso, a bianca apareceu na porta.

- o que tá acontecendo aqui? -ela pergunta surpresa.
- esse psicopata apareceu aqui dizendo que é pai do nosso théo.
- mas eu sou, fala pra ela bianca -ele olhou pra ela.
- é... -ela abaixa a cabeça.
- ele pode até ser o pai do théo, mas ele não tem o direito de ver ele.
- óbvio que eu tenho, eu sou o pai dele.
- você pode até ser o pai dele, mas não foi você que criou ele, não foi você que ensinou as coisas sobre o mundo pra ele, não foi você que tava do lado dele quando ele mais precisava -falei com raiva.
- a maria eduarda tem razão, você me deixou grávida, isso não é ser pai, você é no máximo um filho da puta sem caráter, mas mesmo assim obrigada por ter me dado o melhor presente da minha vida.
- calem a porra da boca, eu quero ver meu filho -ele fala com raiva.
- sai da minha casa agora matheus, você não ver o meu filho porra nenhuma -ela fala com raiva.
- eu vou embora, mas fiquem sabendo que eu vou voltar pra ver o meu filho.
- sai daqui desgraçado -ela bate a porta na cara dele chorando.
- vida -abracei ela.

Ela estava caindo em lágrimas no abraço, esse homem deve ter feito muito mal pra ele, que filho da puta!!
Fui com a bianca até o sofá e coloquei ela sentada no meu colo, ela deita a cabeça no meu peito enquanto chorava.

- tá tudo bem, eu tô aqui com você -falei fazendo cafuné nela.
- eu não quero que o théo conhece ele -ela fala chorando.
- e ele não vai, nos não vamos deixar esse monstro encostar no nosso filho -falei tentando acalmar-lá.
- eu tô com tanto medo -ela me abraça mais forte.

Limpei as lágrimas dela e fiquei fazendo cafuné nela até ela se acalmar e relaxar nos meus braços.