XIV.

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Depois que Dumbledore chegou ao local, acompanhado de Minerva, o corpo de Colin Creevey foi retirado propriamente e levado à enfermaria, para que pudesse receber o atendimento necessário assim que as mandrágoras estivessem disponíveis. Oliver e Maureen não sabiam o que fazer, sendo instruídos para irem cada um ao seu próprio dormitório.

As semanas se passaram e, como sua avó também estava em Hogwarts, ambas decidiram não retornar para casa durante as festas de fim de ano. Na Irlanda, Darren resolveu passar esses dias com alguns velhos amigos e colegas de time, bebendo até cair e curtindo o máximo que pudesse deste feriado.

O clima no castelo estava péssimo desde que encontraram o corpo do garoto e, por causa disso, Gilderoy Lockhart decidiu organizar um evento para animar os jovens bruxos. Decorou o Grande Salão com grandes flores cor-de-rosa — aquelas usadas em funerais — e com confetes em forma de coração que caiam do teto. Também contratou uma dúzia de anões para que usassem asas douradas e carregassem harpas, fazendo-os parecidos com cupidos.

Durante todo o dia, os anões ficavam entrando nas salas — às vezes no meio da aula — para entregarem cartões de dia dos namorados. Em sua aula, Snape pegou todos os cartões dos "cupidos", colocou em um caldeirão e ateou fogo; McGonagall gritou com todos e os trancou do lado de fora da sala, para que não pudessem entrar e interrompessem mais aulas. Foi um dia engraçado, mas talvez não para os professores.

Oliver Wood recebeu dois ou três cartões com cantadas relacionadas ao quadribol, mas após verem sua expressão de cansaço e desgosto os recebendo, as outras pessoas que planejavam mandar repensaram suas ações. Em contraponto, Maureen recebeu vários, um mais fofo que o outro — mesmo que ela preferisse os engraçadinhos.

Alguns vinham com nome, outros não, mas ela sorria e comentava todos com o time, nunca sendo maldosa ou mesquinha, apenas comentando sobre o quanto havia gostado deles.Ela gostava dos que tinham relação com quadribol, e as cantadas que precisavam de percepções acadêmicas básicas para entender acabavam não atingindo seu objetivo.

Saindo pelos corredores, conseguiu ouvir um grupo de segundanistas conversando a sua frente.

— Pensei que tivesse odiado o que o Lockhart fez — Harry comentou para o amigo.

— E eu odiei — confirmou o ruivo.

— Mas mandou um cartão pra Maureen — Hermione complementou.

— E você mandou pro Lockhart — Ron replicou, deixando a amiga envergonhada.

Ela não esperava por isso, mas tinha certa noção que mesmo sendo incompatíveis, algumas crianças iriam mandar cartões para ela. Crush's platônicos eram normais, principalmente com esportistas, como ela mesma sabia; era só perguntar a qualquer aluno do quinto ou sexto ano se eles não haviam tido algum tipo de atração por Charlie Weasley... dariam um suspiro e um sorriso de canto, dizendo "como aquele homem jogava bem". 

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Isso havia sido o suficiente para animar o astral de alguns e destruir completamente a vontade de viver de outros, que não haviam recebido cartas. Outros professores apenas mantinham um certo desprezo de longa data por Lockhart, certamente atenuado por suas ideias mirabolantes. Porém, melhor para levantar o ânimo das pessoas do que cartões de dia dos namorados, era a continuação da temporada de quadribol.

— Acho que a gente teria um time incrível se você fosse da Corvinal, que nem seu pai — Roger comentou, já em cima de sua vassoura, antes da partida começar oficialmente.

— Daí talvez a Corvinal tivesse alguma chance contra a Sonserina — respondeu, sorrindo confiante.

O jogo contra a Corvinal havia sido mais difícil do que haviam imaginado. Roger Davies, pelo visto, havia decidido ser um capitão bem melhor naquela temporada e isso deixou Maureen muito intrigada; ele havia utilizado das dicas que a garota havia dado na reunião, incrementado um pouco a mais ou a menos e às adaptado para que coubesse em seu próprio time. Sim, com certeza era algo que Mare havia notado.

𝐓𝐇𝐄 𝐐𝐔𝐈𝐃𝐃𝐈𝐓𝐂𝐇 𝐂𝐇𝐑𝐎𝐍𝐈𝐂𝐋𝐄𝐒 ↬ 𝒐𝒍𝒊𝒗𝒆𝒓 𝒘𝒐𝒐𝒅Onde histórias criam vida. Descubra agora