XXXVIII.

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Maureen estava sentada na cama de Pucey, no dormitório masculino

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Maureen estava sentada na cama de Pucey, no dormitório masculino. Outros colegas de dormitório do garoto passavam e se trocavam, às vezes tentando exibir seus próprios atributos físicos para os outros garotos do quarto, mas Maureen apenas ignorava isso. Era uma convidada não muito incomum naquela área, já que quase sempre precisava acordar algum dos meninos para o treino.

Adrian se encarou no espelho. Ajeitou a gravata e passou as mãos nas vestes, pela quinta vez seguida, como se houvesse jeito delas ficarem mais retas. Tombou a cabeça e encarou a amiga, através do espelho.

– Você acha que falta alguma coisa?

Maureen encarou as roupas do amigo e percebeu que não havia nada mais chique; sabia fazer a gravata sozinho, o terno correspondia ao seu tamanho, provavelmente feito por uma alfaiate, a blusa de dentro em total harmonia com o conjunto. Ele já havia estado em festas ainda mais chiques, por que estava tão nervoso? Era por causa de seu par? 

– E se você passar gel no cabelo?

Maureen sugeriu e Adrian balançou a cabeça positivamente. Foi até sua mesa de cabeceira e pegou o tubo de gel.

– Você não vai se arrumar? – perguntou, depositando um pouco da pasta em sua mão.

– Eu já disse que não vou no baile – havia dito mesmo, mas Pucey achou que era apenas drama.

– Como "não vai"?

– Eu ando meio desanimada esses dias, meio cansada, não sei se tô no clima pra festa.

– Maureen O'Hare não tá no clima pra festa? – com certeza tinha algo errado nessa frase e, mesmo Mare percebeu que havia algo estranho na maneira em que estava agindo. Adrian passou o gel no cabelo.

– É – ele afirmou com a cabeça, com expressões tristes, fingindo que entendia, mas então respondeu:

– Que pena, eu não ligo. Você vai sim.

– Não?

– Ah, mas vai sim!

Pucey contornou a amiga e começou a empurrá-la para fora do dormitório. Mare tentou se prender ao batente da porta, mas Pucey tirou seus dedos, um por um, dali, para que não conseguisse mais se grudar a nada. Por que tentava resistir tanto? Quando estavam já a metade do corredor, Maureen os parou bruscamente, se virando ao colega.

– Tá, eu vou. Mas só porque eu já tinha comprado o vestido.

– Isso mesmo. Se não você vai ficar "aiai uiui eu não usei meu vestido, como sou chata" – afinou a voz para fingir que era a amiga falando.

Mare fingiu estar de queixo caído para causar drama, mas o colega não ligou.

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Não muito tempo depois, Maureen estava pronta.

– É assim que as outras vêm o mundo? – falou consigo mesma, dando um sorriso.

𝐓𝐇𝐄 𝐐𝐔𝐈𝐃𝐃𝐈𝐓𝐂𝐇 𝐂𝐇𝐑𝐎𝐍𝐈𝐂𝐋𝐄𝐒 ↬ 𝒐𝒍𝒊𝒗𝒆𝒓 𝒘𝒐𝒐𝒅Onde histórias criam vida. Descubra agora