XXXVI.

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A semana foi agitada. Todos os alunos conversavam animados sobre o torneio e alguns, corajosos e curiosos, colocavam seus nomes no cálice. Esperavam que Maureen também o  fizesse por causa da sua natureza atlética e competitiva, mas ela se recusava. Ficava no canto do lugar, vendo quais as pessoas iriam colocar seus nomes no cálice. Ela só queria jogar quadribol. 

Gritou e ajudou a empurrar Cedric dentro do círculo. 

— Se a Eleanor perguntar se eu sei de alguma coisa, vou fingir que nem te vi esses dias — falou ao amigo e ele riu, afirmando com a cabeça. 

Enfiou um pedaço de pergaminho com seu nome e as chamas do cálice o engoliram quase que instantaneamente. Pucey e Roger também colocaram seus nomes, sendo saudados com uma salva de palmas dela e dos outros companheiros.

Quando chegou a hora, todos se reuniram no Grande Salão para ouvir quem seriam os escolhidos. Dumbledore pediu para que os alunos se sentassem nas mesas e diminuiu a luz das chamas no local, fazendo com que a cena ficasse intimidadora. O primeiro nome a ser sorteado foi o de Viktor Krum, que recebeu vários gritos e assovios animados. A próxima foi o de Fleur Delacour, que também recebeu gritos e assovios animados.

O participante final, de Hogwarts, deixou todos os alunos apreensivos. Quando o nome de Cedric Diggory foi ouvido, todos gritaram e bateram palmas, animados por terem o golden boy representando a escola. Seu sorriso ia de orelha a orelha e, enquanto passava pelos amigos para se juntar aos outros dois campeões, cumprimentava os amigos. Eleanor não parecia muito feliz com aquilo. Ele sequer havia comentado com ela que iria participar? Dumbledore continou a falar: 

— Agora já temos nossos três campeões. Porém, no final, apenas um levantará a taça da vitória — apontou para um ambiente oculto e, com um piscar de olhos, o pano que estava em cima dele saiu, deixando com que a taça reluzente brilhasse aos olhos de todos. — A Taça Tribruxo.

Maureen se lembrou de quando Bole disse que o diretor gostava de fazer as coisas por estilo; com certeza contaria isso para ele numa futura carta. Riu consigo mesma, enquanto batia palmas saudando a taça. Entretanto, numa virada de eventos, o cálice começou a se comportar de maneira irregular. A alegria cessou e todos encararam com medo e curiosidade. O cálice havia escolhido mais um nome: Harry Potter.

Os cochichos voltaram. 

— Se ele pode se inscrever, por que eu não? — Bletchley sussurrou para o grupo.

— Você acha que ele se inscreveu? — Derrick perguntou.

— Como o nome dele iria parar no cálice? Tropeçou e deixou cair um pergaminho? — Madeline caçoou.

— Estranho demais — Pucey cortou eles.

E, se os sonserinos já não gostavam muito de Potter, agora tinham um outro motivo muito mais plausível: ele podia quebrar as regras e eles não? A cada comentário que se fazia no grande salão, mais os alunos pareciam compreender que havia algo muito errado com Dumbledore e com a forma em que ele governava sua escola.

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Maureen recebeu um bilhete durante o almoço do dia seguinte. Era de Cedric. Procurava por dicas do que fazer (ou não) na entrevista do Profeta Diário sobre os campeões selecionados – e, de alguma maneira, ela era a pessoa mais experiente e acessível que ele conseguia pensar naquele momento. Ela concordou em ajudá-lo, em uma especie de "relações públicas gratuita", afim de melhorar a imagem do amigo. 

Se encontraram no final do corredor, em direção a sala em que as entrevistas ocorreriam e as fotos oficiais tiradas, pouco antes do horário marcado. Quando Maureen chegou, não encontrou o amigo agitado ou impaciente, como imaginava que os outros estariam diante dessa situação, porém, ao momento em que a primeira palavra saltou de sua boca, a situação se mostrou contrária:

𝐓𝐇𝐄 𝐐𝐔𝐈𝐃𝐃𝐈𝐓𝐂𝐇 𝐂𝐇𝐑𝐎𝐍𝐈𝐂𝐋𝐄𝐒 ↬ 𝒐𝒍𝒊𝒗𝒆𝒓 𝒘𝒐𝒐𝒅Onde histórias criam vida. Descubra agora