XVIII.

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Maureen não sabia o que deveria esperar quando seguiu sua avó para dentro de uma floresta fechada amplamente conhecida por ter "Proibida" em seu nome; não era coisa boa. Dava passos leves e tentava ficar atrás das árvores para que não fosse notada.Quando sua avó parou de andar, a garota também parou, tirando um tempo para visualizar a cena.

Estavam em meio a uma clareira, mas ainda com fechada com a copa das árvores, recebendo pouca luz solar. No centro, Haleigh usava uma varinha para gravar um símbolo no chão; não era sua varinha, esta tinha cor de madeira vermelha, mas a sua era branca.

Maureen tentou virar a cabeça para o lado para ver o que estava sendo gravado na grama... já havia visto aquele símbolo antes. Onde? Algum livro de história? Já havia visto um ou outro desenho desses no caderno de pessoas de sua casa. Era o símbolo das relíquias da morte, com a varinha relativamente maior do que os outros objetos, seguido de dois grandes "G" que eram ligados nas laterais dos triângulos. Era o símbolo de supremacia bruxa; o símbolo de Gellert Grindelwald.

A respiração de Maureen pesou, mas não o suficiente para que a outra pudesse ouvir. Por que ela estava fazendo aquilo? Danificar a propriedade escolar com um símbolo supremacista? Não fazia sentido — e se fizesse, Mare provavelmente estava fazendo o máximo para enganar seu subconsciente e não pensar que era algo negativo. Tinha que haver outra explicação.

Olhou para o chão, mais perto de uma pedra, e conseguiu ver dois corpos deitados ali. Não estavam numa posição de quem acabou dormindo pelo local e sim de quem foi desmaiado e deixado cair de qualquer forma. Forçou seus olhos para tentar ver quem eram, focando principalmente nas roupas: um de verde, sonserina e outro de vermelho, grifinória.

Quando Haleigh acabou de fazer a gravura, passou um enorme "X" por cima e Maureen não entendeu. Era algo contra a supremacia bruxa? Ela estava defendendo os trouxas? Ela jamais havia feito isso em sua vida; odiava traidores de sangue, odiava grifinórios. Maureen achava que era por causa de uma mentalidade antiga, sonserina e puro sangue orgulhosa, mas as coisas pareciam mais serias agora. Não ia abaixar sua guarda por causa desse "X".

Viu que o corpo de verde começou a flutuar em direção a avó e instantaneamente reconheceu: era Marcus Flint. A tensão aumentou a cada centímetro que eles se aproximavam.

— Eu me sinto horrível fazendo isso com um dos meus próprios — Haleigh disse, parecendo que estava se desculpando com ele — mas é para um bem maior.

Por que estava se desculpando? Que bem maior era esse? Maureen sentiu que havia algo errado. Assim que Haleigh ergueu a varinha, Maureen também empunhou a sua.

— Avad — quando essas palavras saíram da boca de sua avó, Maureen não perdeu tempo em jogar outro feitiço.

— Everte Statum — disse mais rápido, antes que ela conseguisse lançar aquela maldição.

O feitiço foi bloqueado com sucesso pela avó, que não mexeu nem um músculo em razão deste.

— Dê meia volta e isso nunca aconteceu — sugeriu. Não era uma sugestão, era uma ordem.

— Não — Mare disse, firme.

Por isso, naquele momento, uma série de feitiços de ambas as partes começaram a ser lançados; alguns de ataque e outros de defesa.

Haleigh transfigurou as folhas caídas para que virassem facas e atacassem a neta. A primeira faca passou abrindo um corte fundo em sua perna direita, mas em seguida Mare criou um escudo mágico para conseguir se defender.

Lançou outro feitiço na avó, na esperança dela ficar petrificada, mas esta desviou e lançou outro na neta. Mesmo que Maureen caísse no chão, fosse jogada e arremessada, sempre voltava a ficar de pé depois, pronta para outra rodada.

𝐓𝐇𝐄 𝐐𝐔𝐈𝐃𝐃𝐈𝐓𝐂𝐇 𝐂𝐇𝐑𝐎𝐍𝐈𝐂𝐋𝐄𝐒 ↬ 𝒐𝒍𝒊𝒗𝒆𝒓 𝒘𝒐𝒐𝒅Onde histórias criam vida. Descubra agora