No dia seguinte, Maureen se encontrava nos jardins de Hogwarts conversando com Pucey. Já não havia mais neve, mas o clima permanecia de frio e, aquele lugar, era o único quente o suficiente para se aguentarem fora do castelo. O sol batia diretamente neles e ambos conversavam com os olhos semicerrados, aceitando a vitamina D diária que lhes era oferecida. Quando a presença de Cedric fez uma sombra na parte da grama em que se sentavam, ambos olharam-no.
– Eai, Diggory? – ela sorriu. – Vai sentar ou continuar bloqueando o sol?
Ele riu e se sentou de frente para o sol, junto a dupla. Também queria aproveitar a vitamina D e, quem sabe, pegar uma corzinha – estava pálido demais.
– Como você sabia? – perguntou pra Maureen.
– O que?
– Do ovo, do Lago Negro.
– Eu li em um livro – comentou, como se não fosse nada demais
O rosto de Cedric se virou em 90 graus, encarando-a totalmente. Suas sobrancelhas se cerraram e sua cabeça tombou para a esquerda. Havia ouvido certo?
– Você leu? Em um livro? Daqueles sem imagens? Quem é você? – zombou, instantaneamente levando um tapa no ombro. Gemeu de dor.
– Filho da puta, era só agradecer – repreendeu-o por sua brincadeira e tentou se explicar: – Foi o castigo da detenção do Olho-Tonto.
– Seu castigo foi ler? – respondeu, sem conseguir conter uma risada.
Pucey o acompanhou no riso, mesmo sem virar seu rosto na direção da garota. Continua com os olhos fechados, recebendo o sol em sua face.
– Você sabe que ele não tá errado, Mare – comentou.
– Você também? – seu tom aumentou.
Se sentia traída. Todos achavam ela burra? Analfabeta? Não iria admitir para Cedric que o livro tinha sim imagens, o que a deixava muito mais interessada na leitura. Queria saber o que aqueles símbolos significavam ou como haviam construído tantas esculturas como aquelas. Suspirou e se levantou. Ela mesma não sabia, mas era estranho como nenhum de seus amigos tinha percebido que seu problema era clínico.
– Quer saber? Na próxima, eu não te falo nada! – falou, antes de sair andando ferozmente até dentro do castelo.
Então, quando teve que fazer a avaliação sobre o livro, ficou esperando que o pergaminho aparecesse a sua frente. Ele não apareceu. A avaliação foi completamente oral, com um debate sobre o tema. Moody parecia ter percebido.
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Ao final de fevereiro, foi realizada a segunda prova do Torneio Tribruxo.
Maureen gostaria de ter visto a prova, gritando com seus amigos nas arquibancadas e apostando com os gêmeos, como ficou sabendo que várias pessoas haviam feito. Ela jamais apostaria contra Cassius, mas adorava ver outras pessoas fazerem isso. Gostaria de ver o momento em que os campeões ativaram suas habilidades escolhidas para entrar no lago. Porém, pensou que, na posição em que seus amigos estavam, apenas conseguiam ficar contando os minutos no relógio, sem muito divertimento. Mare, por outro lado, estava ao fundo do lago, desacordada, esperando para ser resgatada.
Quando o ar entrou novamente em seus pulmões, recobrou a consciência. Estava envolta por água e suas pernas instintivamente começaram a se debater, tentando mantê-la para cima da superfície. Havia sido resgatada por Viktor Krum, cuja parte superior do corpo estava, aos poucos, voltando a se parecer com um humano. Havia se transfigurado em meio tubarão? Espontâneo.
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𝐓𝐇𝐄 𝐐𝐔𝐈𝐃𝐃𝐈𝐓𝐂𝐇 𝐂𝐇𝐑𝐎𝐍𝐈𝐂𝐋𝐄𝐒 ↬ 𝒐𝒍𝒊𝒗𝒆𝒓 𝒘𝒐𝒐𝒅
Fanfiction┈┄┉┅✧ Aquele em que Maureen sofre por quadribol - mas não apenas por isso. Não havia nada que Maureen O'Hare gostasse mais do que Quadribol. A sensação de estar voando, do vento batendo em seus cabelos, dos rodopios no ar e a felicidade de se marcar...