XIX.

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As vestes de Dumbledore quase se arrastavam na grama, enquanto ele andava lentamente até a clareira. seu semblante mostrava desgosto, tanto pela situação quanto por não ter conseguido chegar a tempo para impedir o que tinha acontecido. Esperava pelo melhor, mas também não poderia ter certeza do que havia acontecido.

Olhou para o chão, identificando o símbolo de Grindelwald gravado no solo. Memórias da Guerra Bruxa Global começaram a passar por sua cabeça; pensamentos sobre a ajuda de Haleigh no meio da guerra, das promessas que havia feito ao seu grande amor, das vidas perdidas. Podia ser a muito tempo, mas ainda tinha que respirar fundo quando lembrava... e principalmente quando via esse símbolo. Passou a varinha por cima, fazendo com que nascesse grama em cima da parte marcada, fazendo com que ficasse igual a outra.

Olhou em volta. Viu Oliver colocando a cabeça de Katie Bell em seu colo e Roger fazendo o mesmo com Flint, enquanto Cedric estava parado olhando para mais dentro da floresta.

— Não tentem acordá-los — comandou, recebendo balançadas de cabeça em afirmação.

Olhou para a direção que Cedric encarava, andando até lá. Seguiu com os olhos a destruição que a luta havia gerado. Abaixou o olhar e encarou a pequena figura que se diminuía e se mesclava ao chão. Escondia o rosto no meio dos braços e das pernas, estando sentada quase em posição fetal, enquanto uma das mãos segurava a mão da vó. Chorava alto e de seu nariz escorria ranho, que se misturava com as lágrimas de seus olhos; não era um choro bonito.

Levantou o olhar, encarando Dumbledore.

— Ela queria que você soubesse que foi ela — disse, em meio a soluços.

— Eu já imaginava.

A mandíbula de Maureen tensionou. Seu olhar estava fixo ao sangue, não conseguia parar de pensar naquilo.

— Foi ela que matou minha mãe, não foi? — foi o que saiu de sua boca. Não pensou se realmente queria aquela resposta, talvez fosse melhor viver sem saber.

— Sinto muito — falou em tom de condolência.

Esticou a mão e a garota aceitou, se levantando do chão e caminhando do lado do homem, voltando para o centro da clareira. Assim que Albus saiu de seu lado, Cedric foi a primeira a envolvê-la em um abraçado, deixando que ela se agarrasse o mais forte possível, sem medo de se sujar de sangue. Nunca foi treinado para saber o que deveria fazer em uma situação dessas, mas sabia que deveria estar lá para a garota, que provavelmente estava tão confusa e apavorada quanto todos eles — se não mais.

— Eu não queria. Não- eu — gaguejou.

— Tudo bem, a gente resolve isso — respondeu, passando a mão no cabelo dela.

Dumbledore fez um sinal positivo com a cabeça, indicando para Cedric que seu ato estava correto. Então se aproximou de Katie e se agachou no chão ao seu lado. Trocou um olhar com Oliver para que o grifinório confiasse nele.

— Obliviate — falou, vendo a luz se iluminar em sua varinha.

As memórias de Katie sobre o incidente foram apagadas. Em seguida, se aproximou de Flint e fez o mesmo. Enfim se levantou e encarou os quatro jovens.

— Vocês foram extremamente corajosos hoje. Poucos entenderiam o que aconteceu aqui — olhou para as pessoas a qual havia acabado de apagar as memórias. — Confio em vocês.

Dumbledore tranquilizou-os sobre o que deveriam fazer. Os aconselhou a levarem Maureen para a enfermaria, sendo que assim o fizeram. Caminharam por um pedaço do caminho, até que ela desmaiou e foi, pelo resto do caminho, sendo carregada por Diggory. Albus não perdeu tempo em recolher as memórias de Haleigh, além de enviar Katie e Marcus de volta para o castelo, com a ajuda de Firenze.

𝐓𝐇𝐄 𝐐𝐔𝐈𝐃𝐃𝐈𝐓𝐂𝐇 𝐂𝐇𝐑𝐎𝐍𝐈𝐂𝐋𝐄𝐒 ↬ 𝒐𝒍𝒊𝒗𝒆𝒓 𝒘𝒐𝒐𝒅Onde histórias criam vida. Descubra agora