Ficantes (parte 12)

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Autora Pov on

- Abre essa porta, seu filho da puta desgraçado... - Kim esmurrava a porta de Park com fúria e preocupação. - Tô falando sério, Jimin, já fazem três dias, cara. - Suspirou fundo fitando o chão e controlando a vontade de desabar novamente. - Todos estão preocupados com você... - apertou os punhos e mordeu os lábios. - eu estou de cabelos em pé, então abre logo a porra da porta, antes que eu chame a polícia.

Nenhuma resposta foi recebida, apenas um silêncio vazio e torturante.

Taehyung olhou ao redor, um saco para dormir, mochila e outras coisas suas estavam enfeitando a entrada do moreno.

Sim, seu melhor amigo havia acampado em sua porta, desde que o mesmo não deu mais as caras depois que voltou do apartamento de S/N, se é que ele voltou..

- Eu sei que você está aí dentro, te conheço melhor que ninguém para saber que o Batman sempre retorna para o seu abrigo sombrio. - riu nervoso, estava surtando e enlouquecendo gradativamente. - Ok, chega de ser bonzinho, vou arrombar essa maldita porta agora.

O rapaz de lindas madeixas onduladas (por conta de um permanente que havia feito recentemente), deu alguns passos para trás e estava decidido quebrar um ou os dois ombros se fosse preciso, mas tudo que ele pensava naquele momento, era se o amigo estava bem.... vivo.

- Me espere, minie. Eu vou te salvar! - respirou fundo e apertou bem os punhos, respirou mais uma vez criando coragem necessária, mas estava prestes a correr até a grande e grossa estrutura de madeira reforçada, quando...

- Você é um pé no saco. - a porta foi destrancada e alguém surgiu, um alguém pálido, magro, com olheiras enormes, pálpebras inchadas e bochechas rosadas. Ele fedia a álcool e também tinha uma nova e confusa tonalidade de cabelo, algo como um platinado meio manchado e opaco.

- JIMIN!! - Kim correu até o outro e o abraçou como se fosse a última vez que fossem se ver. O apertou forte e começou a chorar como criança.

Ji por sua vez não correspondeu, apenas ficou parado com um olhar estranho, meio perdido e sem brilho algum.

Depois de um tempo, a raiva do ondulado logo voltou e ele se afastou do menor o repreendendo.

- QUE MERDA ESTAVA PENSANDO?? Não me respondeu uma única vez, nem atendeu minhas ligações, nem sinal de vida ou de fumaça você fez. Sabe como eu fiquei preocupado? - ele colocou para fora tudo que conseguia, mas nada que nos últimos três dias ele não tenha sussurrado na porta do amigo. - Não vai responder? Que porra fez no cabelo? E que cheiro de bar de quinta categoria é esse? - tampou o nariz e adentrou olhando cada canto do apartamento.

A cada garrafa espalhada, mancha de bebida por toda parte, petiscos velhos no chão e lixos acumulados, Kim tinha um mini infarto, não acreditava que o amigo esteve vivendo nesse estado.

- Você esteve mesmo aqui? - sua raiva logo passou e sua preocupação tomou de conta do seu rosto.

- Onde mais eu estaria? - deu de ombros indo até a cozinha. - Nem mesmo posso encher a cara por aí sem ter que lidar com a mídia me azucrinando. - pegou uma garrafa de soju e a colocou na bancada.

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