Ficantes (parte 14)

289 18 14
                                    

Depois de um belo banho, Ji saiu do banheiro e logo avistou seu amigo deitado em sua cama. Se aproximou e notou os olhos inchados do mesmo, ele deve ter passado a noite chorando, o cobriu bem, depois abriu a gaveta do seu criado mudo e pegou uns adesivos anti-inflamatórios, logo colocando no rapaz.

- Sinto muito, por minha causa você passou por tudo isso... - suspirou fundo tentando não chorar logo cedo. - prometo que vou mudar essa situação e vou te recompensar até o dia em que eu morrer. Obrigado por ser sempre o meu melhor amigo. - sorriu e até estranhou, isso era algo que não fazia a muito tempo e está estava quase esquecendo.

Por fim, se levantou e foi até o closet arrumar a bagunça antes de se vestir.

Antes de recolher as roupas do chão, Ji se abaixou e catou todos os pedacinhos da foto que Tae rasgou na noite passada. Aquilo estava sendo muito difícil para ele, de fato era um momento único que Park gostaria de guardar para sempre, mas infelizmente não pôde.

Juntou tudo e colocou em um saquinho para jogar fora, seu coração estava pesado, mas não tinha mais volta. Em seguida, lembrou que o amigo em algum momento jogou sua pulseira para longe, então tratou de rapidamente procurá-la.

Tempo depois, Ji a encontrou debaixo de algumas roupas, aparentemente estava intacta, e de forma natural ele suspirou aliviado.

Minutos depois.

Depois de pronto, seguiu para a cozinha, estava dedicado a fazer um belo e especial café da manhã para o Tae. Claro que o mesmo não estava tentando comprar o outro, mas já era um bom começo.

Com tudo feito, ele saiu de seu apartamento e foi direto atrás de respostas, das temidas respostas que ele tanto fugiu.

>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>

Desceu do carro e antes mesmo de atravessar a rua, seu corpo já começou a recuar, suas mãos não paravam de suar, suas pernas fraquejaram e sua mente estava repleta das malditas lembranças daquela noite.

Maldito seja aquele desgraçado.  Praguejou quem quer que fosse aquele pobre ser humano que estava agarrando "sua" garota.

Park deu um passo para trás e se encostou no automóvel com a mão no peito, se inclinou para frente e tentou ao máximo se acalmar. Ele não sabia a quem recorrer, ele não tinha a quem recorrer naquele momento, mas tinha certeza que não podia mais ir embora.

Respirou fundo, esvaziou sua mente e esfregou as mãos na calça jeans que usava.

- Eu preciso fazer isso, independente de sua resposta, eu vou ficar bem... preciso ficar bem. - levantou um pouco a máscara que usava na tentativa de tomar um pouco melhor o ar, e logo que se acalmou, ele finalmente atravessou e entrou no prédio.

Na recepção, o moreno logo avistou a síndica do lugar, e como já estava dentro e não havia ninguém mais além deles, ele retirou os acessórios, assim fazendo com que a mulher o reconhecesse.

- Ya! Meu jovem, é você mesmo. - a senhora rapidamente saiu da cabine e foi até o moreno. - Deixe-me vê-lo melhor. - na ponta dos pés, ela puxou o rosto do maior para si e começou a analisá-lo bem, apertou suas bochechas, as esticou e tudo mais.

Imagines JiminOnde histórias criam vida. Descubra agora