Midoriya
Levou quase uma hora para que Bakugou e Shoto dominassem a técnica que Tsuyu demonstrava com admirável perícia na porta do quarto de Izuku. No fim, ambos conseguiram realizar em um minuto e meio o que a garota fazia em quinze segundos, mas já era o suficiente.
Enquanto os três estavam nessa empreitada, Izuku e Uraraka tentavam decidir os outros detalhes. Concordaram que seria melhor irem no sábado de manhãzinha, sairiam de casa no horário em que o metrô começasse a funcionar. Era mais vazio e não devia haver muitas pessoas na rua para testemunhar o que fariam. O nerd decidiu que iria com os garotos, mesmo que não fosse entrar na casa, e ficaria vigiando para alertá-los de qualquer perigo.
Uraraka se mostrou uma ótima espiã quando revelou que tinha descoberto os três primeiros números da senha do celular de Monoma. Ao falarem disso para os outros meninos, Shoto informou que os dois primeiros correspondiam ao dia de seu aniversário, o que todos acharam extremamente bizarro, até mesmo Bakugou.
Também ficou combinado que as meninas se encontrariam com eles na casa de Izuku, quando terminassem. O nerd só pôde pensar em como Inko ficaria feliz ao saber que seu filho receberia a visita de amigos, mas então se lembrou que ela não gostaria de ver Bakugou e, delicadamente, perguntou se não seria melhor se encontrarem num café, ninguém pareceu desconfiar de seus motivos, mas os olhos carmesim perderam um pouco do brilho.
Izuku sabia que teria que contar tudo à mãe em algum momento, mas não achava que era a hora certa. Explicar para ela o que acontecia sem que estivesse resolvido, só traria dois resultados: ou ela iria transferi-lo de escola, ou ficaria preocupada sem ter o que fazer. Não adiantava falar com nenhum adulto quando na realidade nada tinha acontecido e, para ser sincero, aquilo tudo parecia um pouco difícil de acreditar. Monoma poderia simplesmente negar tudo. E, de uma forma ou de outra, o que tinha acontecido com ele no fundamental viraria o assunto da escola se o garoto fosse chamado para explicar as acusações.
De alguma forma, aquilo tudo estava deixando de ser apenas sobre ele. Claro, também não seria bom para Bakugou se a hitória se espalhasse, sendo a verdadeira ou a versão distorcida de Monoma. Mas Izuku estava cada vez mais preocupado em afastar aquele psicopata de Shoto. Essa obsessão era medonha e Izuku temia que Monoma fosse maluco ao ponto de não fazer mal apenas a ele, mas a Shoto também.
Após tudo estar conversado, Bakugou, Uraraka e Tsuyu se retiraram, mas, para sua felicidade, Shoto falou que ficaria mais um pouco.
O bicolor foi até a porta e esperou os demais saírem antes de fechá-la. Então, Izuku o assistiu caminhar lentamente até ele, que aguardava na cama. Nenhum dos dois fez questão de esconder o sorriso.
Mesmo que Shoto tivesse que voltar para o quarto logo, eles finalmente tinham um tempinho a sós. Quando Shoto apoiou um joelho no colchão, sustentando o corpo acima do seu e se aproximou para beijá-lo, Izuku simplesmente rodeou o pescoço dele com os braços, puxando-o para mais perto até que estivessem ambos deitados. E eles ficaram assim pelos próximos minutos, se beijando com calma e recebendo os carinhos que o outro dava, sem trocar uma palavra até que tiveram que se despedir.
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Izuku estava encostado em um muro em frente a casa de Monoma. Era tão cedo que o dia nem tinha clareado ainda e Bakugou e Shoto já tinham entrado.
Bakugou estava certo sobre o muro, embora não fosse tão alto assim, seria uma prova de força de vontade para Izuku ultrapassá-lo. A casa era bonita e ficava localizada num bairro de classe média alta, numa parte mais rica da cidade. Shoto disse que não ficava muito longe da casa dele e tinha sido o primeiro a chegar.
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Fixação
Fanfiction"Que ficasse bem claro: Shoto Todoroki não estava mais disponível e se alguém tinha interesse em Izuku Midoriya teria que rivalizar com ele"