Ninguém mais

230 47 6
                                    

Midoriya

Conforme combinado, depois que Bakugou saiu da casa de Monoma os três foram direto para o café, onde tinham prometido encontrar as meninas.

Elas os esperavam, cada uma com uma xícara de chá quente nas mãos para espantar o frio da manhã. Como ainda era bastante cedo, o lugar tinha pouquíssimas pessoas.

— Finalmente chegaram! Pensei que teria que encontrá-los na delegacia. — Tsuyu falou assim que eles se aproximaram delas.

Izuku se acomodou no booth oposto ao que Ochaco e Tsuyu estavam e Shoto se sentou ao seu lado. Bakugou arrasou uma cadeira e sentou á ponta da mesa.

— Bom dia. — O nerd cumprimentou e as garotas responderam.

— Nós nem demoramos! — Katsuki falou impaciente.

— Suas aulas foram muito úteis, Tsuyu. Graças a você não tivemos problemas para entrar ou sair. — Shoto falou de forma amigável, enquanto rodeava a cintura de Izuku com um braço.

Foi Uraraka quem respondeu a isso.

— É realmente incrível, não é? Saber de algo assim. E vocês dois aprenderam bem rápido. — Ela disse orgulhosa e animada.

— Não foi difícil. — Shoto disse.

— É fácil falar, né meio a meio. Depois de ter deixado para que eu fechasse tudo sozinho.

Izuku suspirou, pensando que eles voltaram a implicar um com o outro como tinham feito durante todo o caminho até ali. Já estava cansado daquilo.

— Foi você quem ficou se gabando por conseguir ser mais rápido. — O bicolor respondeu com um sorrisinho de superioridade. — Além disso, eu estava ocupado.

Izuku franziu o cenho pensando no que poderia ter impedido Shoto de ajudar Bakugou a fechar a casa, até que se deu conta que a ideia de ocupação do bicolor era ficar se agarrando com ele na rua.

— Parem de falar besteira e contem logo o que descobriram. — Izuku tratou de mudar de assunto. Não queria ficar com mais vergonha ainda.

Então os garotos começaram a descrever o que tinham visto na casa e no quarto invadidos, falando das bizarrices de Shoto que tinham encontrado no lugar e das pastas no computador que tinham sido copiadas para o pendrive, mas que ainda não podiam acessar. Enquanto isso, fizeram seus pedidos e Izuku já estava na metade de seu chocolate quente quando terminaram o relato.

Shoto terminou o capuccino e se aconchegou melhor a Izuku. Ele era carinhoso e grudento o tempo inteiro, mas Izuku tinha a impressão de que quando Katsuki estava por perto, Shoto ficava mais propenso a demonstrar carinho em público, como se tivesse ciúme do loiro. Mas deveria ser só impressão sua, apesar de que seria um pouco fofo se fosse verdade.

— E como a gente vai abrir esses arquivos? — Ochaco perguntou.

Ambas as meninas tinham demonstrado repulsa com os objetos que foram encontrados no quarto de Monoma, mas estava na hora de ser objetivo. Provavelmente depois voltariam a falar mal do garoto de novo.

— Nós tínhamos esperança de que o Deku conseguisse usando as habilidades de nerd dele. — Bakugou falou, mas a palavra "nerd" não soava mais tão ofensiva na voz dele.

— E-eu não posso dizer que consigo, sem verificar primeiro e, mesmo que eu consiga, como meu computador não é muito avançado, pode ser que demore bastante. Talvez a transferência do pai de Monoma aconteça primeiro. — Izuku viu o semblante de todos ficando mais sombrios, especialmente o de Shoto, e depois de pensar um pouco, acrescentou: — Mas eu sei quem pode ajudar, só não posso prometer nada.

FixaçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora