Sim

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— Sim — Shoto falou, quando finalmente se encontrou sozinho com Izuku em seu dormitório.

A ligação de Tsuyu tinha provocado uma confusão sem precedentes na turma deles. Monoma foi declarado o inimigo número do 1°-A da UA por unanimidade.

A princípio ninguém entendeu muito bem o que estava aparecendo nas telas de seus celulares, mas considerando que Shoto e Izuku estavam se agarrando antes de Monoma disparar para fora do prédio e aparecer na filmagem completamente ensandecido, eles não demoraram a pegar a essência da situação.

Assim que a ligação foi encerrada, todos começaram a fazer perguntas para Izuku e Shoto, muitos deles declarando que nunca tinham gostado de Monoma e oferecendo apoio caso eles precisassem. O representante de sala logo quis levar o caso à diretoria e Mina decidiu dedicar o resto do ano letivo a fazer Monoma se arrepender de ter ousado estragar a festa de aniversário dela, e de fazer as outras maldades também, ela acrescentou depois de um tempo.

Quando Izuku e Shoto finalmente conseguiram convencer a turma de deixá-los irem até onde estavam Ochaco e Tsuuyu, ambas entraram no prédio, parecendo muito satisfeitas consigo mesmas. Izuku se jogou nas amigas envolvendo as duas num abraço e depois de os quatro serem interrogados pelos colegas mais um pouco. Ficou decidido que não levariam o caso a direção, já que o avô de Shoto havia garantido que Monoma sairia da escola de qualquer jeito e Izuku não queria que sua mãe fosse chamada pelo diretor. Shoto também preferiria manter o assunto longe dos ouvidos do pai.

Mas é claro que a fofoca se espalharia como fogo na palha pelo colégio e não havia como evitar que Monoma fosse desprezado por todos.

Depois disso, Tsuyu continuou alimentando a animação de todos com a narrativa de seu peculiar ponto de vista dos fatos, sendo ocasionalmente interrompida por Bakugou sempre que ela estava se referindo a ele com descrição pouco lisonjeira, Ochaco colocava ordem nas coisas e a conversa animada continuava. Foi só então que Shoto conseguiu tirar Izuku do meio daquela confusão e levá-lo até o próprio quarto. Os outros estavam tão entretidos que provavelmente ninguém iria notar que os dois haviam fugido juntos

— O quê? — O esverdeado perguntou enquanto analisava o quarto decorado à moda tradicional japonesa, que até então era desconhecido para ele.

— Estou dizendo sim ao seu pedido de namoro antes que você tenha a chance de voltar atrás — Shoto fechou a porta atrás de si, vendo um sorriso doce se abrir no rosto de Izuku.

— Nem acredito que as coisas deram tão certo assim. E agora você é meu namorado — o rosto delicado ganhou um tom rubro, mas o sorriso continuava nele — Eu preciso pensar em uma forma de agradecer às meninas.

Shoto se aproximou de seu anjinho e abraçou a cintura dele, para poder olhar bem de perto para aqueles lindos olhos verdes.

— Nós resolveremos isso depois. Mais importante, é como eu vou te agradecer por me fazer a pessoa mais feliz desse mundo — deu um selinho nos lábios macios de seu namorado e abriu um sorriso. Não sabia como descrever a alegria que estava sentido por poder pensar em Izuku como SEU NAMORADO. Embora soubesse exatamente como gostaria de agradecer a ele.

— Sou quem tenho que te agradecer, Sho — o sorriso largo que ele deu combinava com o seu. Shoto sentiu os dedos delicados se entremeando em seu cabelo de forma carinhosa — eu nem sabia que poderia ser tão bom estar apaixonado por alguém. Você mudou o meu mundo.

Era a primeira vez que Shoto ouvia Izuku dizer que estava apaixonado por ele. E era tão bom que nem parecia ser verdade. Não teve como não se emocionar. Seu anjinho estava ali, em seus braços se declarando para ele depois de pedí-lo em namoro e nada poderia atrapalhá-los.

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