Capítulo 8.

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Os olhos de Draco eram inquestionáveis, mas ao mesmo tempo, assustados, Draco vestiu as roupas rapidamente, aproveitei seu momento de distração breve e corri o mais rápido que conseguia.

Encontrei as duas vassouras que havíamos deixado encostadas em uma árvore, antes que eu levantasse voo, Draco segurou minha cintura, me tirando de cima da vassoura.

-Eu posso te explicar.- falou segurando meu rosto.

-NÃO TOCA EM MIM!- gritei me desvencilhando do seu toque.

-Deixa eu te explicar primeiro.- falou se afastando.

-O quê? Vai mentir pra mim como sempre faz? Poupe o seu tempo e suas palavras Draco! - olhei pro céu, aquelas lágrimas idiotas teimavam em descer pela minha bochecha - Que droga Draco! Prometemos não mentir mais um pro outro, porque isso sempre separava a gente e olha o que você fez.

-Me ouve antes de tomar qualquer decisão precipitada. - passou as mãos pelo cabelo.

-É por isso que você estava tão carinhoso nesses últimos meses, tão prestativo, tão diferente, sempre falando que me amava, que era apenas para eu te amar, que estávamos criando memórias... Palmas- falei batendo as mãos- Você é um ótimo ator.

-Nunca mais repita isso!- se aproximou segurando minhas mãos- Nunca duvide do meu amor e meus sentimentos por você, isso nunca foi e nunca vai ser mentira!

-Isso é amor pra você? Viver sempre mentindo?- puxei as minhas mãos.

-Eu fiz isso pela minha família S/n, pela minha mãe, o desgraçado do seu pai, ameaçou a vida dela! Você acha que eu tive escolha?

-Por que você não me contou? Eu poderia ter ido até ele e polpado você! Mas você preferiu mentir, esconder isso de mim, não sei como fez isso...

-Eu fiz isso pra...

-Não fala que era pra me proteger, me poupar, eu não preciso que você me salve sempre! Eu não sou aquela idiota de dois anos atrás que aceitava ser humilhada e pisada pelas pessoas! Eu amadureci Draco.

-S/n, por favor acredita em mim.

-O que ele mandou você fazer?- questionei, já que Draco possivelmente não teria sido simplesmente escolhido sem uma tarefa.

-Nada, ele só pediu para que eu assumisse o lugar do meu pai, nas reuniões, quem irá fazer o trabalho sujo não sou.

-Está mentindo de novo.

-Não, eu juro, ele me acha fraco, acha que eu não tenho coragem, eu juro.- disse se aproximando com cautela- Acredita em mim.- seus olhos estavam marejados.

-Eu preciso pensar.- falei respirando com dificuldade.

-Eu sei que é pedir demais, mas não me deixa, por favor, eu preciso de você.- tocou meu rosto.

Fechei os olhos, sentindo o seu toque, aquilo parecia um pesadelo pra mim, o garoto que eu amava estava envolvido naquilo que eu mais temia, eu estava em uma encruzilhada, queria acreditar nele, mas era quase impossível, eu não sabia o que fazer.

-Melhor a gente ir.- me afastei do garoto.

Ele ficou calado e assentiu, subimos na vassoura e voltamos até o veículo que havia sido deixado na noite anterior, entramos no carro sem dizer uma palavra, encostei a cabeça no vidro, Draco nada dizia, mas sempre me olhava e suspirava.

(...)

Subi as escadas e corri até o quarto, entrei rapidamente no ambiente, fiquei aliviada ao ver que Liya não estava ali, encosei na porta e me permitir derramar as lágrimas que eu havia segurado durante o trajeto de volta na presença de Draco.

-Por que tinha que escolher ele? Por que seu desgraçado?- falei com toda a raiva que existia em meu corpo no ambiente vazio.

Abracei meus joelhos e chorei novamente, eu me sentia incapaz, sozinha, confusa, estava de mãos atadas, eu amava Draco, minha razão dizia: acaba tudo, ele não merece você, ele mentiu. Mas o meu coração gritava mais alto: ele esteve com você quando mais precisou, não deixe ele ir, lute por ele.

E naquele momento eu estava ouvindo meu coração e e esquecendo a razão, algo que me arrependeria mais tarde.


Draco Narrando.

Vê a garota que eu amava, correndo de mim, se afastando ao meu toque, era como ser ferido com uma espada e cada vez mais sentir ela afundando no meu peito.

Eu havia me descuidado, havia esquecido se reaplicar o feitiço, ela me deixava assim, irresponsável e rendido a ela, ter o seu corpo nu contra o meu, os seus fios espelhadas sobre o meu ombro, o seu aroma doce e ludibriante, me deixava á mercê dela.

A nossa noite especial, todo aquele amor vivido naquela noite, tinha ido por água abaixo em segundos, eu poderia perder ela e não á culparia por isso, então fiz aquele pedido egoísta, no qual ela não havia me respondido e tinha permanecido calada.

Meus pensamentos foram atrapalhados pela porta abrindo, virei o rosto na esperança de ser ela, mas era Goyle, o garoto viu a minha expressão triste e se aproximou.

-O que rolou, pensei que você chegaria ontem.

-Ela sabe.- falei cortando sua fala.

Goyle me olhou incrédulo.

-Como ela sabe? Você contou porra? - disse irritado.

-Ela viu a marca, o efeito do feitiço tinha passado e eu não vi.- massageei as têmporas.

-Puta que pariu, se ela abrir a boca pro Potter...

-Ela não vai, eu inventei algumas coisas.

-E você acha que ela acreditou? Se toca Draco, ela sabe quem é o maluco do pai dela! Se ela falar, vamos ter tomar as medidas.

-Ninguém vai fazer nada com ela.- falei me levantando irritado.

-Se você não fizer eu faço, não é só você que tá metido até o pescoço nisso.

-Se você ousar tocar nela, eu mato você.- falei pegando na gola de sua camisa.

-Então torça pra ela acreditar nas suas mentiras.- se desvencilhou do meu toque e saiu do quarto fechando a porta.

Peguei um vaso e joguei na parede irritado, a raiva consumia as minhas veias, eu odiava aquele desgraçado, eu odiava a minha escolha.


NOTA DA AUTORA.

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Beijinhos da Autora.



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