Capítulo 21.

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Draco Narrando.

Ficar sem ela, por aqueles dias, era difícil, definitivamente meu mundo não existia mais sem ela.

Eu nunca fui o cara de acreditar no amor, não fui criado por um pai amoroso, mas a minha mãe, tentava me mostrar o que era amor, mas eu era tão infantil que pensava apenas em agradar o meu pai.

Eu queria ser o menino dos olhos dele, queria dar orgulho pra ele, queria ser forte como ele, mas eu aprendi que aquilo não era ser forte, era ser malvado, ser o pior ser humano da face da terra.

Meu pai nunca foi o marido perfeito para mãe, era fiel, dava tudo que ela precisava materialmente, mas sentimentalmente, nunca.

Eles não se abraçavam, não se beijavam, não trocavam olhares amorosos, era tudo tão frio, que na minha concepção, aquilo era como se tratava uma mulher.

''Se quiser um casamento que você mande, esqueça o amor, ou ele te dominará e te destruirá''- dizia meu pai.

Mas ao longo daqueles dois anos ao lado de S/n, mesmo com altos e baixos, eu aprendi a forma mais pura de amor.

Quando nos beijamos pela primeira vez, eu caí no seu feitiço, ela chegou como uma bola de demolição, eu nunca havia amado, tudo que eu queria era romper as barreiras dela, mas foi ao contrário, eu queria me enganar, porque eu nunca havia entendido o que eu sentia e ela me destruiu.

Sim, ela havia me destruído, ela havia quebrado as minhas barreiras e agora eu era refém dela, refém do seu amor, eu precisava dela, ela era o que queria.

Quando eu havia aceitado a proposta de ser um Comensal, eu não tive a intenção de começar uma ''guerra'' com ela, eu só queria que o seu pai nos deixasse em paz, mas dessa vez eu que havia errado.

Quando ela arrancou o colar e jogou aos meus pés, dizendo que havia acabado, ela me destruiu mais uma vez, ela quebrou as minhas estruturas.

Droga eu amo aquela garota, eu amo tanto que chega a doer.

No carro de volta pra Hogwarts, o silêncio era predominante, Blásio dirigia ao meu lado e volta e meia me olhava.

-O que está pensando?- Blásio disse de uma vez por todas.

-Eu sei quem fez isso.- respirei fundo.

-Quem? -Blásio falou em tom de surpresa.

-Goyle.

-Você tem certeza?

Assenti e Blásio bateu as mãos no volante.

-O que pretende fazer?- questionou o garoto.

-Vou matá-lo.- suspirei.

-Draco, vai sujar sua varinha com esse imundo? Sabe as consequências de quem tem a varinha marcada por umas das maldições imperdoáveis.

-Que se foda, ele matou o meu filho, eu não ligo pra mais nada, eu perdi ela e perdi o bebê, acha mesmo que eu me importo com alguma coisa?

-Ela precisa de você, dê um tempo a ela...

-Não, eu sou todo quebrado e fodido Blásio, eu não tenho mais conserto e eu não vou destruir a vida dela, ela podia ter morrido...- senti um bolo se formar em minha garganta.

-Mas não morreu, pense com calma.

-Não, eu vou acabar com a vida dele e será hoje, se quiser me ajudar bem, se não quiser, fica na sua e não atrapalha.

Blásio levou a mão aos lábios e respirou fundo.

-Eu acho que ele não agiu sozinho.- disse me encarando.

Sobre Nós // Draco MalfoyOnde histórias criam vida. Descubra agora