Capítulo 68.

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Os dias sem passavam, Adrian e S/N estavam cada vez mais próximos, os sentimentos aumentavam e os desejos também.

-O que acha desse?- S/N questionou erguendo um quadro antigo.

-Eu acho que não devíamos mexer nessas caixas.- opinou.

-Elas estão empilhadas aqui há anos, devíamos sim mexer nelas.- rebateu se levantando- Ande, me ajude a pendurá-lo na sala.

Adrian revirou os olhos e fez como ela havia pedido, ele segurou uma pequena escada, enquanto ela subiu com um prego, martelo e o quadro debaixo de uns dos braços.

-Tem certeza que não quer que faça isso?- perguntou preocupado.

-Eu consigo martelar uma parede, fique quieto.

-Merlim...Ajude a minha casa.- brincou Adrian.

S/N entregou o quadro nas mãos de Adrian, posicionou o prego e começou a martelar, quando sentiu que o prego estava firme, pediu o quadro e pendurou o mesmo.

-Eu disse que sabia.- falou orgulhosa.

Mas antes que se virasse pra descer, se desequilibrou e caiu nos braços de Adrian, os dois se olharam e trocaram risadas.

-Eu amo você. -Adrian falou impulsivamente.

S/N apenas o beijou, não estava preparada para dizer algo tão forte de volta para outro que não fosse Draco.

-QUE MERDA TÁ ACONTECENDO AQUI?- a voz estridente de Blásio gritou, interrompendo o beijo do casal.

S/N correu até os braços do amigo, que a recebeu calorosamente, as lágrimas de felicidade saíram de seus olhos.

-Você tá vivo...- seus olhos desviaram para sua mãe.- Mamãe!- a abraçou fortemente.

Fez o mesmo com a sua tia, avó e Theo.

-Onde está Pansy?- questionou olhando para o lado de fora.

-Temos muito que falar.- Blásio acariciou o braço da garota.

S/N sentiu a tristeza invadi-la, ela sabia que algo estava errado.

-Antes preciso de um banho- disse Blásio.

-Eu os levo para cima.- Adrian se ofereceu.

-Acho melhor você fazer algo para comermos, igual aqueles sanduíches maravilhosos que fazia.-Blásio comentou.

Um clima sútil de tensão se firmou na sala

-Eu te ajudo- disse Charlotte, querendo quebrar aquele clima- Vamos.

Adrian assentiu e se dirigiu a cozinha junto com Charlotte, os demais subiram para cima, S/N instalou-os nos devidos quartos e seguiu com sua mãe até o dela.

-Que saudades de você minha pequena.- Kate sorriu.

-Também senti muito mãe, precisei tanto de você.- abraçou a mais velha.

-E o que aconteceu entre você e Adrian?

S/N desfez o abraço e sentou-se na cama, mexeu nos dedos nervosamente e respirou fundo tomando coragem para falar.

-Estamos juntos.

-E Draco?

-Ele vai ser pai.

Kate tentou não demonstrar nenhuma feição de desaprovação para a filha, mas era impossível.

-Não tem como isso acontecer.- afirmou a mais velha.

-Mas aconteceu, seja lá o que vocês achavam que sabiam, acharam errado.

-Filha- se sentou ao lado dela- eu juro por tudo que é mais sagrado, ela não pode engravidar dele, nem você de Adrian, a ligação não permite.

-E como ela pode estar grávida? 

-Bom, talvez o filho não seja dele.

S/N não queria se iludir com aquele achismo, afinal, não sabia muita coisa sobre a ligação que deles.

-Mãe, eu não quero ter esperanças, se aquele filho for ou não for dele, não muda o fato de que nunca ficaremos juntos.

-Não se precipite filha, essa guerra não vai durar muito e você pode se arrepender dessa decisão mais tarde.

-Não irei.

-E se acontecer? Como fica Adrian? 

-Mãe, eu não quero mais ter essa conversa, acho melhor você descansar.

Kate apenas assentiu, sabia que sua filha não seria flexível ao assunto.

S/N saiu dos quartos as pressas e por falta de atenção trombou com Theo.

-Me desculpa.- pediu a garota.

-Tudo bem, foi só um esbarrão.

Theo notou que ela parecia perturbada sobre alguma coisa.

-Você está bem S/N?- perguntou.

-Claro, sempre estou.- forçou um sorrio que deu a certeza que ele precisava.

-Eu sei que não estamos mais tão próximos como antigamente, mais saiba que sempre estarei aqui pra te ouvir e te ajudar no que precisar.

S/N fixou seu olhar ao dele, aquelas palavras eram puras e sinceras, não havia segundas intenções nelas.

-Posso te pedir um abraço?

Theu balançou a cabeça positivamente e recebeu ela em seus braços, com um aperto forte e seguro, ela se sentiu protegida e aconchegada.

-Atrapalho?- a voz de Adrian soou atrás do garoto.

O abraço foi desfeito lentamente e aquilo ativou o ciúme de Adrian.

-Não, ela só estava com saudades de mim.- Theo provocou levemente.

-Theo...- S/N chamou sua atenção.

-O quê, não menti, é um abraço, sem maldade nenhuma.

-Acho que esses dois machos alfas tem que brigar lá fora.- Blásio se intrometeu.

-Eu não falei nada demais.- Adrian defendeu-se - Ele que veio cheio de respostinhas.

-O que foi Pucey? Não quer admitir que tem ciúmes de mim com ela?

-Chega, se querem se matar façam isso lá fora, agora deixem minha amiga em paz.-Blásio  puxou S/N até o quarto e fechou a porta.

-Obrigada.- suspirou agradecida.

-Eu sempre tenho que te salvar né garota? Você só se mete em confusão! Primeiro fugiu daquela casa, depois deu sonífero pra gente, agora está com esse bocetudo aí.

-ZABINI! - S/N exclamou rindo alto.

-Foi mais forte que eu.- disse Blásio rindo junto.

Os dois se abraçaram, sentiam falta um do outro, eles eram como irmãos, sempre um pelo outro.

-Senti falta das suas loucuras.

-E eu das suas confusões.- respondeu Blásio.

-E então o que aconteceu com Pansy?

Blásio passou a mão pelo rosto e suspirou.

-Melhor se sentar.- disse com um semblante triste.

S/N sentiu seu coração disparar.


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Beijinhos da Autora.





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